Comportamento Convivendo

O “normal” é uma percepção individual de acordo com a personalidade

Imagem de 6 pessoas com etnias diferentes
Gabby K / Pexels / Canva
Escrito por Fabiano de Abreu

Ser normal depende de diversos aspectos sociais e culturais: o que pode ser normal para um pode não ser para o outro

O que é ser normal? O que é anormal? Será que o normal realmente existe? Este é o tema abordado em meu artigo “O normal está relacionado a uma percepção individual de acordo com a personalidade”.

Quando dizemos que uma pessoa é normal, queremos dizer que ela apresenta características como aparência e comportamento que são iguais ao padrão da maioria da população. Isso faz com que este indivíduo seja socialmente aceitável e comum. As pessoas “normais” agem segundo o padrão da normalidade: não atraem atenção para suas vestimentas, possuem um gosto musical popular e suas características as fazem comum e semelhantes aos outros com quem convive no seu dia a dia.

Se ser “normal” é assemelhar-se à maioria, logo a minoria que se veste de forma diferente, se comporta de maneira distinta e ouve músicas não populares são considerados “anormais”. Essa conotação de anormal se dá porque para a maioria tida como estranhos são aqueles que não têm comportamentos iguais aos outros.

Antes do surgimento da psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939), este assunto era discutido mas não havia consenso entre os estudiosos. Quando Freud surge, ele define que o “normal” não passava de uma ficção: não existe normalidade absoluta, a definição do “normal” não passa de um reflexo do ego daquele que dita a normalidade.

Ser normal depende de diversos aspectos sociais e culturais. O que pode ser normal para um pode não ser normal para outro. Em países ocidentais, por exemplo, é considerado normal comer carne de vaca. Enquanto em países orientais, como a Índia, o animal é considerado sagrado, por isso é cultuado, em vez de servir como alimento. Muitos dos nossos hábitos e concepções são derivados da sociedade na qual estamos inseridos, por isso Freud considera a normalidade um mito.

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Enquanto uns consideram aqueles de opinião e comportamentos diferentes como loucos, para eles, seus comportamentos são normais, pois esses indivíduos vivem a realidade deles. Diversos cientistas considerados bastante inteligentes, como Nikola Tesla, Albert Einstein, Oliver Heaviside e até mesmo o criador da Apple, Steve Jobs, muitas vezes foram tachados de loucos devido aos seus hábitos excêntricos.

Diversos gênios da História foram vistos como loucos e anormais antes de comprovarem suas teorias em decorrência de sua personalidade rara — sendo que justamente essas características os permitiram realizar feitos brilhantes. Logo, uma maioria que se considera “normal” pode anormalizar os que, por sua vez, são apenas diferentes.

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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