Sempre que iniciamos uma conversa com alguém que acabamos de conhecer, logo vem a pergunta: e aí, o que você faz? E diante desta pergunta, temos a tendência a automaticamente respondermos com a descrição de nosso trabalho. Sou contador, sou dentista, sou bancário ou em alguns casos, respondemos com o local onde trabalhamos: eu trabalho no Google, na Coca-Cola, no Mcdonald’s.
A formação desta identidade profissional começa muito cedo. Sempre que perguntamos para uma criança o que ela quer ser quando crescer, comumente esperamos que ela responda com uma profissão, quando na verdade deveríamos ensiná-la a querer ser feliz, ser uma boa pessoa, ser honesta, ser saudável, independentemente da carreira que escolha seguir (convenhamos que é muita responsabilidade para uma criança saber qual a profissão terá na vida).
Com esta pressão começando tão cedo, não é difícil de imaginar quanto pode ser duro para alguém passar por um processo de desconexão na vida profissional, enfrentando dificuldade de separar a atividade que ela realiza ou o cargo que ela exerce de quem ela realmente é. O lado bom disto tudo é que apesar de ser uma parte muito importante, o que você é vai além do que faz para ganhar dinheiro.
Se você está passando por um momento assim, vale aproveitar esta fase para se redescobrir. O que eu realmente gosto? É isso que quero continuar fazendo? O que mais posso fazer? O que você realmente é independe da sua ocupação. Você pode mudar de trabalho sem mudar o que você é, e pode continuar sendo você, mesmo que não tenha trabalho nenhum.
E da próxima vez que perguntarem o que você faz, responda: sucesso!