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Pandemia e o ano 2021: o que podemos incluir em nossa lista de desejos

Pessoa escrevendo em seu diário
Pexels-2286921 / Pixabay / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O ano de 2020 ficará para a história marcado como um período de incertezas, perdas e tensão. A pandemia, causada pela Covid-19, incitou medidas de segurança, desde as mais amenas, como isolamento social e uso de máscara, até as mais radicais, como quarentena e lockdown.

Entre a estafa dos funcionários essenciais, principalmente os profissionais da área da saúde, e a dificuldade de muitos de se adequar às novas normas, a iminente conclusão de 2020 vem carregada de um sentimento compartilhado de fadiga e insegurança. O fim de ano, que costuma ser cheio de celebrações e aglomerações, terá que ser aproveitado de forma alternativa, a fim de preservar a saúde de todos. Mas a gente consegue!

Reunir-se com família e amigos por meio de chamadas de vídeo ou ligações não é o ideal para muita gente, que prefere o contato direto, o calor de um abraço e a comunicação silenciosa do olho no olho. Entretanto, é importante ter gratidão por ter acesso a esses recursos, já que não são garantidos para todos – aliás, para a maioria.

Pessoa celebrando o ano novo e tirando foto pelo celular
RossHelen / Canva

Basta pensar em todos os estudantes que tiveram dificuldades tremendas de continuar os estudos este ano, por não terem acesso à internet, aparelhos eletrônicos e uma estrutura digna para estudar em casa. Então, vamos aproveitar o que temos e usar da melhor maneira possível.

Muita gente perdeu entes queridos, emprego e estabilidade em 2020. O ano foi, sem dúvida, dificílimo para o mundo inteiro. Por causa disso, diversas epifanias acometeram grande parte da população, que entendeu de forma contundente o valor da saúde e da vida.

Olha aí algo bom e produtivo, não é? Trata-se de um momento histórico para a presente geração, que está reavaliando seus valores, prioridades e expectativas. É a partir dessa reflexão que podemos pensar em como encarar o ano de 2021.

Diante de tudo isso, precisamos administrar melhor nossas expectativas para o ano que está por vir e pensar em resoluções que estejam de acordo com as possibilidades da atual conjuntura. Ao mesmo tempo não podemos esquecer que ser realista não exclui ter esperança, muito menos otimismo. Precisamos nos atentar à manutenção do nosso bem-estar físico, mental e emocional, procurando sempre manter perspectiva e olhar para o futuro com uma atitude positiva.

Quais resoluções, então, fazer para 2021? Que desejos se enquadram na gama de possibilidades previsíveis que refletem uma melhora significante na qualidade de vida da população? A seguinte lista pode servir como inspiração para quem anda na dúvida de como planejar o ano novo, criando novos objetivos com um viés esperançoso:

Família celebrando o ano novo fazendo uma videochamada
Macniak / Canva

1. Cuidar mais da saúde – a pandemia deixou muito latente a fragilidade da saúde, mesmo em quem não possuía condições prévias. Em 2021, você pode se responsabilizar mais pelo estado de seu corpo e mente, prestando mais atenção nos sinais do seu organismo e adquirindo hábitos melhores. A vida é passageira, porém podemos tentar prolongá-la com mudanças simples na rotina.

2. Se priorizar – é fácil perder de vista as próprias necessidades, em meio a demandas de trabalho, estudo e relações pessoais. Isso se agrava com as mídias sociais, que nos deixam alertas o tempo todo, com notificações incessantes. Às vezes, fica difícil ter um tempo para si e aprender a apreciar a própria companhia. No próximo ano, tente reservar um momento por dia só para você, seja meditando, vendo uma série, cumprindo rituais de skincare, lendo ou até tirando um cochilo. Se existe algo que o isolamento social ensinou é que precisamos saber como manter o equilíbrio e a sanidade, mesmo quando estivermos acompanhados apenas dos nossos próprios pensamentos.

3. Contatar mais a família – o distanciamento escancarou como relacionamentos podem ficar vulneráveis após um longo período sem contato. Uma singela mensagem por semana, perguntando sobre as novidades dos últimos dias, pode fazer uma grande diferença. Agora é hora de avaliar as promessas vazias que às vezes fazemos a familiares que amamos, de que iremos visitá-los quando tivermos tempo. Não espere circunstâncias ideais para ligar para alguém, por mais breve que seja a conversa.

Mãe e filha fazendo uma videochamada pelo computador
Fizkes / Getty Images Pro / Canva

4. Ler mais – essa é uma resolução que muita gente faz, independentemente de pandemia. É um daqueles objetivos que continuam sendo perfeitamente possíveis, porque exigem um pouco de tempo por dia, um bom livro e concentração. A leitura é um ótimo hábito, pois expande o repertório do leitor em vários aspectos. Comece com livros mais leves, com narrativas instigantes, e tente ler um capítulo por dia ou 15 minutos por dia. Isso faz uma diferença no seu vocabulário, em sua retórica, na sua habilidade de organizar seus pensamentos e em suas referências culturais.

5. Fazer um curso – cada vez mais educadores têm se adaptado a plataformas virtuais, e cursos online estão ficando mais sofisticados e bem-feitos. Alguns deles oferecem diploma e certificado, que podem favorecer seu currículo. Além do mais, cursos online oferecem mais flexibilidade para quem queria estudar, mas não tinha como se deslocar até certo local para fazê-lo.

6. Desafio do cinema – para cinéfilos de plantão, que querem conhecer mais a fundo a sétima arte, um desafio de ver 100 filmes em um ano pode ser uma experiência reveladora. Utilize esse desafio para sair da mesmice, como fazer meses temáticos. Por exemplo: em um mês, veja apenas filmes brasileiros ou apenas filmes da década de 1950. Com muitos museus, teatros e cinemas ainda fechados para evitar aglomerações, assistir filmes em casa é uma opção viável para ainda manter o necessário contato com a cultura. Quem sabe você não encontra uma pérola do cinema polonês ou se encanta com um grande clássico antigo que você ainda não tinha visto?

Você pode adotar esses objetivos ou apenas tê-los como norte para criar os seus. São coisas aparentemente simples, mas que podem fazer imensa diferença no dia a dia. São, também, planos que podem perseverar e serem concretizados, mesmo se as medidas de segurança atuais ainda perdurarem durante a maior parte de 2021 (mas seguimos torcendo pela vacina!).

Pessoa escrevendo em um papel com lápis coloridos
Castorly Stock / Canva

O que não podemos esquecer é que o distanciamento social, o uso de máscaras e, se necessária, a quarentena são normas que explicitam como precisamos pensar em algo maior do que nós e nossas vontades, quando se trata de uma questão de saúde pública.

Entretanto nossos sonhos não precisam ir por água abaixo. É imprescindível ter versatilidade e aceitar que tudo tem seu tempo.

Se um objetivo não é possível agora, como uma grande viagem, assistir um show de um ídolo ou até conquistar o emprego dos sonhos, não quer dizer que não seja possível em outro momento. O que você pode fazer é se dedicar para preparar o terreno para oportunidades futuras, trilhando um caminho que te prepare e te fortaleça para quando essas chances, enfim, chegarem.

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O ano de 2021 tem a capacidade de ser melhor e mais próspero do que 2020, porque já temos uma noção mais sensível e aguçada de como se adequar às bruscas mudanças provocadas pela pandemia. Esse conhecimento precisa ser aproveitado para que as resoluções de ano novo inspirem boas expectativas em quem as faz.

Objetivos que estejam ao nosso alcance são tão indispensáveis quanto nossos sonhos mais ambiciosos – a cada pequena vitória, nutrimos mais nossa autoestima e nossa garra. Isso, consequentemente, nos torna ainda mais aptos para alcançar nossos desejos mais extraordinários, que, muitas vezes, estão escondidos atrás de grandes desafios, como recompensas após uma admirável superação.

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