Fonoaudiologia Saúde Integral

Quem é o fonoaudiólogo?

Escrito por Neusa Botana

O fonoaudiólogo é um profissional de saúde com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua de forma autônoma e independente nos setores público e privado. É responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação, diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas.

Onde o fonoaudiólogo atua?

Onze especialidades são hoje reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia: audiologia, linguagem, motricidade, saúde coletiva, voz, disfagia, fonoaudiologia educacional, gerontologia, fonoaudiologia neurofuncional, fonoaudiologia do trabalho, neuropsicologia.

“O fonaudiólogo é responsável, entre outras funções, pela promoção da saúde, prevenção, avaliação, diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação).”

Qual é a origem da profissão?

A Fonoaudiologia é uma ciência estudada de forma sistemática nas universidades em mais de uma centena de países do mundo e existe formalmente há mais de um século. A primeira referência formal data de 1900, quando a Hungria reconheceu a profissão e criou a primeira faculdade de Fonoaudiologia do mundo.

No Brasil, sua história é ainda mais antiga, se considerada a sua associação com a educação especial. A primeira marca identificatória da profissão é da época do Império, com a criação, em 1854, do Imperial Colégio, voltado para meninos cegos (hoje, Instituto Benjamim Constant).

A iniciativa foi seguida, no ano seguinte, pela criação do Colégio Nacional, destinado ao ensino dos deficientes auditivos. Em 1912, com o início de pesquisas específicas relacionadas aos distúrbios da voz e da fala e com a implantação de cursos de orientação a professores, comprovou-se que a Fonoaudiologia já se diferenciava da educação especial.

Uma profissão que deve ser valorizada.
Quando foi regulamentada no Brasil?

Desde a década de 1930 já se detectava a idealização da profissão de Fonoaudiólogo, oriunda da preocupação com a profilaxia e a correção de erros de linguagem apresentados pelos escolares.

Três décadas se passaram até que se desse início ao ensino da Fonoaudiologia no país. Isto ocorreu na década de 1960, com a criação dos cursos da Universidade de São Paulo (1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1962), ligado ao Instituto de Psicologia. Ambos ainda estavam voltados à graduação de tecnólogos em Fonoaudiologia.

“Em 1912, com o início de pesquisas específicas relacionadas aos distúrbios da voz e da fala e com a implantação de cursos de orientação a professores, comprovou-se que a Fonoaudiologia já se diferenciava da educação especial.”

Nos anos 1970, surgiram movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Foram criados, então, os cursos em nível de bacharelado. O da Universidade de São Paulo foi o primeiro a ter seu funcionamento autorizado, em 1977. Hoje, são 31 cursos reconhecidos no país.

Sancionada em 9 de dezembro de 1981, pelo então presidente João Figueiredo, a Lei nº 6965, que regulamentou a profissão de Fonoaudiólogo, veio ao encontro dos sonhos de uma categoria profissional que ansiava ser reconhecida.

Além de determinar a competência do Fonoaudiólogo, com a lei foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia (hoje os Regionais são em número de sete; o da 2ª Região possui jurisdição sobre o Estado de S. Paulo), tendo como principais finalidades a fiscalização e orientação do exercício profissional. As atividades dos Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia tiveram início efetivo em 1983.

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Em 15 de setembro de 1984 foi aprovado o primeiro Código de Ética da profissão, que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional. Este texto foi revisado em 1995, em decorrência do crescimento da profissão, da ampliação do mercado de trabalho do fonoaudiólogo e da maior conscientização da categoria.


Fonte: Site Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região – CRFa2.

Sobre o autor

Neusa Botana

- Formada em Fonoaudiologia e Psicopedagogia pela PUC - SP.
- Especialista em motricidade oral, leitura e escrita, método reorganização neurofuncional – Padovan.
- Pós graduada em Distúrbio de Aprendizado pela PUC-SP.
- Pós graduanda no setor de pediatria do Instituto da criança do HC- FMUSP.
- Professora convidada para cursos de pós graduação na área de Distúrbio do Aprendizado em indivíduos portadores de dislexia, autismo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
- Fonoaudióloga em equipe multidisciplinar no Ambulatório do Distúrbio do Aprendizado – Instituto da Criança do ICR – FMUSP.

Fonoaudióloga – CRF2: 3296

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