Espiritualidade

Uma breve análise dos significados dos planetas em um mapa astrológico

Ilustração dos planetas alinhados e os nomes
Christos Georghiou / 123RF
Escrito por Tereza Gurgel

A Astrologia, como o conhecimento dos antigos sobre as diferentes características de personalidade dos seres humanos e suas relações com os planetas do sistema solar, se esforçou por estudar e compilar observações acumuladas através de eras. Foi uma tentativa primordial de tentar identificar e compreender a profundidade do caráter e inclinações das pessoas, em uma época que a ciência ainda estava engatinhando.

A Astrologia se esforça por reduzir a influência dos astros sobre os seres humanos e sobre os acontecimentos a eles relacionados, formulando leis através da frequência e permanência de certas configurações planetárias.

Colocando a perspectiva histórica na análise destes conhecimentos, vamos tentar resumir as ocorrências planetárias na carta astral como expressão de certas características pessoais dos seres humanos.

Em uma carta astral, encontramos posicionados, segundo a data e horário de nascimento de uma pessoa, os planetas segundo se encontravam no céu, neste momento. Os planetas percorrem, nos céus, certas trajetórias, medidas em arcos, que são divididos em graus, minutos e segundos. Cada região do céu tem características próprias, sendo importante conhecer exatamente a hora de nascimento de uma pessoa para posicionar, com precisão, os planetas em seu estudo astrológico.

Os “planetas” astrológicos são:

Ilustração de planetas um ao lado do outro
Vadim Sadovski/123RF

Sol – representa a vitalidade e o ego. O Sol irradia luz e força, como o indivíduo irradia sua personalidade de seu centro ou núcleo. No mapa astrológico, o Sol representa a essência ou o centro de nosso ser, a vontade.

Lua – refletindo a luz solar, a Lua está em constante mutação. Representa o lado inconsciente da personalidade, os instintos e desejos. Enquanto o Sol é uma unidade, a Lua é dual, cresce e decresce; simboliza também o processo duplo da morte e renascimento.

Mercúrio – o “mensageiro alado dos deuses”, segundo as mitologias antigas, é um elo entre o Sol e a Lua. Corresponde à vitalidade de uma criança que corre de um lado para outro, se comunicando e explorando tudo à sua volta. Mercúrio mostra como uma pessoa comunica sua essência e como classifica os efeitos que influenciam seus sentidos.

Vênus – expressa o desejo de harmonia, a sublimação dos impulsos instintivos em formas socialmente aceitáveis de relacionamento. Os sentidos são regidos por Vênus e nos capacitam a viver na terra cercados pela beleza harmoniosa.

Marte – guerreiro e agressor, representa as paixões e desejos impulsivos. Enquanto Vênus expressa o amor, a harmonia e o espírito, Marte mostra o espírito limitado pela matéria.

Júpiter – rei dos deuses, representa o princípio do crescimento e da expansão sobre a Terra. Expressa também a ordem social, que determina o comportamento e a moral. Júpiter confere o dom da profecia e a fé otimista. Nos estimula a olharmos para além dos nomes e formas das coisas.

Saturno – também chamado de Cronos, é o deus mais antigo dos gregos, o legislador. Representa o senso de justiça perfeita e a realização mais elevada; solidifica e fixa a energia, dando estrutura. Porém, Saturno pode também ser frio e constritor. Representa a responsabilidade material.

Urano – é o planeta que desperta a humanidade para uma nova era. Sua órbita é a mais excêntrica de todos os planetas e seu movimento de rotação é diferente de todos, pois gira inclinado em torno de sua própria órbita. Urano é rebelde e individualista, retrata tudo o que não é convencional. Urano invalida velhos padrões e estruturas e rege a percepção intuitiva que surge em lampejos.

Netuno – ou Poseidon, deus do mar. Flui em cada indivíduo como o potencial para sintonizar a consciência cósmica e a realidade transcendente. Netuno leva o amor ao nível da compaixão e ao misticismo. Sua vibração positiva dá origem à música, poesia e dança; sua vibração negativa faz com que os indivíduos tentem escapar da realidade através da fantasia, drogas e outras ilusões.

Plutão – o deus do inframundo, permanece metade do tempo acima da superfície e a outra metade abaixo dela, sendo assim capaz de perceber as profundezas (ou o subconsciente). Plutão leva os seres da terra através dos processos da morte, renascimento e purificação, assim como através das mudanças das estações. Quando sua força explode, é como um vulcão em erupção.

Além destes, também são encontrados alguns asteroides, aprofundando a compreensão das características individuais. Localizados entre Marte e Júpiter, proporcionam informações adicionais:

Ceres – ou Deméter, era a grande Mãe Terra dos gregos, deusa dos grãos e da fertilidade. Sua predominância em uma carta astrológica aponta uma inclinação do indivíduo para a cura.

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Vesta – ou Héstia, a deusa guardiã do fogo sagrado, símbolo de proteção. Indica uma pessoa que trabalha arduamente e possui um forte sentimento de devoção e misticismo.

Juno – ou Hera, deusa do casamento, rege o ciclo feminino de reprodução. Juno lança luz sobre como as ligações e compromissos funcionam na vida de alguém: se mantemos a nossa individualidade ou se nos perdemos através de uma união.

Palas Atena – representa a independência, envolvimento em causas sociais, artes e negócios.

Quíron – também indica a inclinação de alguém para a cura.

Referências

“Astrologia e Mito” – Roberto Sicuteri – Editora Pensamento, São Paulo, SP

“Tratado de Astrologia” – Alpherat – Editorial Kier S. A. – Buenos Aires

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

E-mail: zenrunic7@gmail.com
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