Comportamento

6 razões para abraçar seus defeitos

Mulher abraçando a si mesma enquanto sorri de olhos fechados num plano de fundo lilás liso
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Você já ouviu falar sobre autoaceitação? Autoaceitação é o que acontece quando, em vez de vivermos lutando contra os nossos defeitos e aquilo que vemos como errado ou ruim em nós mesmos, aceitamos que somos assim. Isso não significa se conformar com o que é ruim, apenas fugir da ideia de perfeição e aceitar sua própria humanidade.

Quando você compreende que, como qualquer outra pessoa, tem direito a ter defeitos e cometer erros e falhas, entende que a vida não é uma busca incessante e desenfreada por ser sempre mais e melhor. Enfim, o autoconhecimento nos ensina que aquele que aceita e reconhece suas limitações é mais sábio do que quem vive tentando apenas lutar contra elas.

Por isso, se você ainda não se convenceu de que deveria aceitar mais quem você é, os seus defeitos e os seus problemas, dê uma olhada na lista a seguir, na qual apresentamos 6 razões para abraçar seus defeitos!

1 – Aceitar o seu tempo

Estar formado antes dos 25 anos, estar casado antes dos 30, com um ótimo emprego antes dos 35… Quantas vezes você já se pegou estabelecendo esses planos que, em sua maioria, não dependem de você? E aí, em seguida, quando não os vê realizados, culpa a si mesmo, como se fosse falha sua, erro seu, um grande defeito.

Quando paramos de enxergar as conquistas que ainda não alcançamos como problemas que têm de ser resolvidos para ontem e que ainda não foram por incapacidade nossa, passamos a viver em um tempo que não é o nosso de verdade; é um tempo idealizado, projetado, imaginário.

Aceitar os seus defeitos é também aceitar que a sua evolução e o seu desenvolvimento, seja na vida profissional, seja pessoal, familiar, romântica ou em qualquer outro âmbito, acontece no tempo que precisa acontecer. Ou seja, respeite o seu processo de aprendizado. Não tente acelerar as coisas!

2 – Evitar comparações

Ainda seguindo o conselho do tópico anterior, quando não aceitamos e compreendemos o nosso tempo, a consequência é que passamos a projetar em nós mesmos o tempo do outro. Então vemos conquistas de outras pessoas e pensamos: “Poxa, eu deveria ter alcançado isso também…”.

Quando você não entende os seus defeitos, as suas falhas e as suas ausências como parte normal do processo, passa a projetar para si a vida dos outros. Então vive eternamente descontente consigo mesmo, como se todo mundo desse conta de tudo, menos você. E isso é uma grande mentira, porque todos têm seus conflitos.

Enfim, entender que a sua caminhada é a sua caminhada — única, individual — e que você ainda tem todo o tempo do mundo para corrigir aquilo que precisa ser corrigido — sem pressa, com calma e paciência —, passa a viver de maneira mais leve, não cobrando de si as conquistas no tempo do outro.

3 – Viver é descansar também

Você já ouviu falar sobre as consequências psicológicas das pessoas que passam muito tempo em guerras e conflitos? Os transtornos pós-traumáticos de viver sempre em estado de alerta e combate são muitos e bastante prejudiciais para a sequência da vida emocional de alguém que viveu uma situação como essa.

É claro que, usando o exemplo apenas como metáfora, viver eternamente numa luta contra aquilo que você considera serem defeitos tem um efeito parecido. Ou seja, você vai viver eternamente em estado de alerta e atenção, sempre pronto a revidar, combater e lutar. Dessa maneira, vai deixar o descanso e o repouso de lado…

Rapaz descansando no sofá com pés esticados, braços no pescoço e fones de ouvido
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E descansar é extremamente necessário para o seu bem-estar de maneira geral. O seu trabalho só tem sentido se você puder descansar depois. Então pare de pegar pesado consigo. Aceite os seus defeitos e pare de viver uma luta com eles 24 horas por dia, porque a única baixa nessa guerra vai ser você mesmo.

4 – Fugir da perfeição

Falar que nada é perfeito é chover no molhado. Você sabe muito bem disso. Então, se podemos dizer que nada é perfeito, é igualmente possível dizer também que ninguém é perfeito. Portanto por que você fica exigindo de si uma perfeição que sabe que é impossível e que você também não exige de ninguém?

Se você aceita os defeitos do seu parceiro ou da sua parceira romântica, dos seus amigos e dos seus familiares, por que não consegue aceitar os defeitos da pessoa mais importante da sua vida, que é você? Por que todo mundo pode ter defeitos e ser amado, menos você?

Quando você aceita suas vulnerabilidades, traumas, fragilidades e defeitos, assim como aceita o de todas as pessoas que você ama, a vida vai ficar menos angustiante. Enfim, aceite os seus erros e pare de viver como se cada manifestação do seu dia fosse uma oportunidade de corrigir o que você considera que é um defeito na sua caminhada.

5 – Levar a vida com leveza

O que acontece quando você leva um tombo muito feio na rua? Dá uma raiva, né? Uma frustração, uma impotência… Mas aí, então, semanas, meses ou mesmo anos depois, você olha para trás, contando a história para alguém, e consegue até dar risada lembrando daquele seu tropeço (literalmente!).

E é dessa forma que devemos encarar os nossos defeitos! Como explicado anteriormente, se você enxergar os seus erros como inimigos de uma guerra, vai viver sempre estressado e em estado de alerta. Porém, se você aprender a rir de si mesmo e encarar os seus erros com leveza e até mesmo bom humor, tudo vai ser mais fácil e tranquilo.

A dica, então, é tentar encurtar o tempo de mudança de percepção. Complicado, né? Mas a ideia é simples: em vez de esperar passar um tempão para olhar para trás e rir de si mesmo ao pensar “putz, que bobo eu me preocupar com aquilo!”, tente pensar nisso a curto prazo. Trabalhe seu psicológico para levar tudo com mais leveza e harmonia.

6 – Crescer da maneira correta

O que você acha que funciona mais: disciplinar uma criança aos berros e até mesmo com agressões físicas, ou com um abraço e uma lição ao pé do ouvido, dita de maneira carinhosa? É claro que, se a criança fosse você, o ideal seria a segunda opção, não é mesmo? Quando passado com afeto, um aprendizado surte muito mais efeito.

Então por que você vive se martirizando e se culpando excessivamente pelos seus defeitos, erros e falhas? Por que simplesmente não consegue se acolher com afeto e fazer consigo como fazemos com as plantinhas: regando com regularidade, com cuidado e colocando ao Sol, ela floresce no tempo certo e de maneira linda.

Portanto, se quiser florescer, você precisa cuidar de si mesmo com carinho, com afeto e com disposição, não aos berros ou com negligência. Acolha os seus defeitos, em vez de se culpar por eles, e trabalhe-os pouco a pouco, entendendo que o caminho é tão importante quanto o destino!

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Enfim, essas foram algumas dicas que vão ajudar você no seu processo de autoaceitação. Com calma e carinho consigo, você vai trabalhar todas as características que deseja melhorar! E lembre-se: pedir ajuda não é motivo de vergonha, mas de orgulho, então, se precisar, procure um psicoterapeuta para conversar sobre a sua vida!

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