Espiritualidade

8 curiosidades sobre Iemanjá

Pequeno altar à rainha do mar Iemanjá
CarlosFredericoSantAnnaPinheiro / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Iemanjá é um nome que a maioria das pessoas já ouviu pelo menos uma vez. Ela também é chamada de Rainha do Mar, Sereia, Janaína, Dandalunda e até Princesa de Aiocá. Independentemente de qual nome você escolha para chamá-la, essa divindade é um orixá feminino africano que está presente em religiões como candomblé e umbanda.

Em yorubá, idioma que deu origem à crença, Iemanjá é uma palavra que significa “mãe cujos filhos são peixes”, por esse motivo, a divindade só poderia ser associada ao mar, onde estão os peixes. Mesmo quem não segue as religiões de matriz africana já ouviu falar nesse orixá, que faz parte de muitas representações da cultura brasileira.

Se você já pulou sete ondas na praia, por exemplo, ou já se despediu do mar saudando a Rainha das Águas, talvez você saiba mais sobre Iemanjá do que imagina! Leia estas curiosidades incríveis sobre essa figura divina e descubra por que ela é tão importante e tão referenciada no Brasil!

Curiosidades sobre Iemanjá

1) Mudança na representação

Na representação africana de Iemanjá, ela é retratada como uma mulher preta de seios grandes, principalmente por estar associada à fertilidade. Entretanto, quando a religião de matriz africana entrou em contato com o catolicismo, por meio do sincretismo religioso, a figura do orixá foi transformada em uma versão mais próxima do ideal de pureza defendido pelo cristianismo. Por isso é possível identificar representações de Iemanjá com um corpo branco e sem curvas.

Paisagem do mar com o pôr do sol ao fundo.
BellaWhite/Pexels

2) As sete ondas da virada

Pular as setes ondas no mar durante a virada é uma maneira de invocar sete orixás diferentes (Obaluaê, Xangô, Ogum, Oxum, Oxossi, Cosme e Damião e, é claro, Iemanjá) e os poderes de cada um. Então, ao realizar esse ritual, você está atraindo as energias que essas divindades estimulam, enchendo-se de positividade.

3) Datas comemorativas

As datas comemorativas que celebram Iemanjá são 2 de fevereiro, 15 de agosto e 31 de dezembro. O mais importante nesse tipo de gesto não é acertar o dia no calendário, mas celebrar a força e o impacto do orixá na vida das pessoas que seguem religiões de matriz africana e na cultura de quem apenas compartilha dessa cultura tão presente no Brasil.

4) Para agradar a rainha

As oferendas para Iemanjá são muitas. Há quem prefira escrever bilhetes para a Rainha, que são levados até alto-mar por barcos, outros escolhem perfumes e os enviam para a água. É muito comum, porém, que as pessoas aproveitem as ocasiões comemorativas para oferecer rosas brancas aos mares, como um presente para Iemanjá, além de mentalizarem os melhores pedidos.

Mulher negra festejando na beira da praia.
nappy/Pexels

5) A festa no Rio Vermelho

Na praia do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, há uma festa em homenagem a Iemanjá. Ela é a celebração mais marcante e mais expressiva para o orixá. Além disso, as pessoas que não seguem uma das religiões as quais Iemanjá pertence também podem participar da celebração. O objetivo é agradecer o orixá por pedidos atendidos, por uma boa pesca e pela descoberta do amor.

6) Nossa Senhora da Conceição?

Devido ao sincretismo religioso, mais de uma mudança foi feita em Iemanjá. Outra aparência e um nome diferente são duas transformações pelas quais o orixá passou. No catolicismo, Iemanjá é conhecida como Nossa Senhora da Conceição, uma santa, e pode também ser chamada de Nossa Senhora dos Navegantes, devido ao auxílio que presta aos pescadores.

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7) Uma divindade independente

A força da mulher e a independência dela está presente em Iemanjá. O orixá não só não tem um marido ou um amante como também os trata com impaciência, já que não são necessários para a vida dela. Se você quer um exemplo de uma mulher poderosa que sabe muito bem do que precisa para ser feliz, Iemanjá é quem você procura.

8) A mãe dos peixes

Como dito anteriormente, o nome de Iemanjá diz que ela é a mãe cujos filhos são peixes. Na umbanda e no candomblé, então, as pessoas que são regidas por esse orixá podem ser consideradas peixes, em um sentido puramente simbólico, ainda que estejam intimamente ligadas ao mar.

Já deu para entender por que a grandeza e a força de Iemanjá são celebradas em todo o Brasil, não é? Um orixá que é símbolo de independência e de poder deve ser enaltecido e reverenciado em todas as partes do país. Continue expandindo seus conhecimentos sobre esse ícone e valorize cada vez mais as religiões de matriz africana!

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