Autoconhecimento

A constância tem a ver com você aprender a ter disciplina “apesar de”

Jovem branca de olhos fechados.
Adrià García Sarceda / Unsplash
Escrito por Andrea Pavlo

São dez e meia da manhã de uma terça-feira, e minha sinusite sazonal está bombando. O nariz dói, uma coriza horrível e uma enorme vontade de acabar de maratonar “The Big Bang Teory” enquanto como um pão de queijo e café com leite. De pijamas. Há dois dias, foi o enterro de um tio querido. Estou passando por muitas mudanças no trabalho, e a vida financeira precisa de revisão.

Mas eu acordei tarde – atrasada em uma hora do meu horário normal. Sentei-me com uma xícara de café e fiquei terminando de ver o episódio de ontem. Nada de treino. Estou com sinusite, não é mesmo? Nada de comer o mamão que está fazendo aniversário na geladeira. Nada de aproveitar a rotina detalhada que eu escrevi no passado.

E eu sigo a rotina. Todos os dias. Acordo, tomo um copão de água e meus remédios em jejum. Depois passo protetor solar e coloco a roupa da academia. Tomo um café da manhã saudável e vejo a agenda do dia no computador ou respondo a algum e-mail. Depois cuido da casa, arrumo a cama e cuido do banheiro do cachorro. Quando tem, coloco a roupa na máquina e lavo a louça do dia anterior. Depois treino, banho, cuidar da pele e ficar linda para a tarde e noite de trabalho.

Eu faço isso. Mas não faço sempre. O que eu notei em mim é que as circunstâncias externas têm mexido nessa rotina há anos. Uma tristeza, uma briga com o namorado, um dente dolorido. De novo. A sinusite, a emergência de resolver uma questão de trabalho, o cansaço de um dia anterior. E, sim, sinto que eu poderia estar bem mais à frente se não estivesse permitindo que o externo destruísse minha constância.

Mulher branca de olhos fechados com mãos na cabeça.
Radu Florin / Unsplash

A constância tem a ver com você aprender a ter disciplina “apesar de”. Apesar de todos os problemas que, pode ter certeza, vão aparecer no seu dia a dia. A vida é uma montanha-russa e nunca vai andar muito tempo na linha reta. A gente nem quer isso, é muito chato, queremos o movimento, porque é ele quem vai nos levar adiante.

Gostamos disso, mas, se não tomarmos cuidado, ele pode nos paralisar. Li o relato de uma senhora de 89 anos que segue a mesma rotina todos os dias. Há anos. Todos os dias, vejo-a arrumadinha, cabelos penteados, boa saúde e lucidez. Adora ler e está sempre com um livro debaixo do braço. Feliz, bela e saudável na sua idade avançada. Gosto de chamá-la de Dona Constância.

E é essa Dona Constância que preciso introjetar, modelar. Trazê-la para dentro de mim. Fazer com que ela me acorde de manhã e me faça levantar no horário “apesar de”. Fazer com que ela me faça comer o mamão “apesar de”. Fazer com que ela me faça me vestir e ir para o meu treino “apesar de”. O segredo é saber que, sim, é possível, quando nos priorizamos. Não podemos ajudar ninguém nem chegar muito longe sem isso. Teremos sempre a sensação de correr atrás do rabo.

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Lembre-se das coisas que você se obriga – ou, até mesmo, é obrigado – a fazer, e como isso dá resultados a longo prazo. E passe a seguir – primeiro escreva a sua rotina, e depois siga – a sua Dona Constância. E isso que vai trazer paz, sucesso e felicidade na hora, mas também a médio e longo prazo. E a maratona que espere meus – aí, sim – merecidos momentos de lazer.

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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