Budismo Espiritualidade

A doce e poderosa energia da Bem Amada Kuan Yin: o poder da transmutação interior

Desenho da deusa Kuan Yin.
artorn26 / 123rf

Kuan Yin é a deusa chinesa da compaixão e da misericórdia, a bodhisattva do amor incondicional e a mestra ascensionada da chama violeta, que transmuta o karma. Arquétipo da Grande Mãe, ela nutre profundo amor por todos os seres e escuta atentamente cada clamor deles.

Sua energia emana doçura, leveza, sabedoria e sublime amor, estimulando-nos a apreciar a vida em sua plenitude, de forma que nos reconheçamos em profunda conexão com o Universo. A sua compaixão por todos os seres convida-nos a sentir paz, bem-aventurança e júbilo. Ela simboliza a proteção maternal, o carinho sempre presente, a humildade de reconhecer o quanto somos interdependentes uns dos outros e da graça do Criador.

As lendas sobre ela expressam as nobres virtudes de um coração amoroso e compassivo. Um coração que suporta e acolhe as dores para conseguir transmutá-las em pura luz e misericórdia.

Em uma de suas lendas, contemplamos como ela foi capaz de perdoar e de salvar a vida de seu pai, que tentou assassiná-la e fez de tudo para que ela desistisse do caminho da iluminação. Suportando as mais duras provas, Kuan abraçou o propósito de sua alma, mesmo contra a vontade de seu genitor. Quando soube, tempos depois, que ele estava doente, foi capaz de oferecer uma de suas mãos e um de seus olhos para que preparassem o remédio de que ele precisava. Seu pai não fazia ideia de que sua própria filha foi quem o salvou, a mesma que ele quis destruir. Depois de curado, ele e sua esposa quiseram conhecer a pessoa que se sacrificou para ajudá-lo. Ao reencontrar sua filha, ele se arrependeu de todo o mal que lhe fez. Kuan Yin, em seu gesto de abnegação e amor, mostrou a seu pai o quanto o amava.

A bem amada Kuan Yin viveu seu propósito de buscar a própria iluminação espiritual para ser um canal da ação divina a todas as pessoas que necessitem de seu auxílio. Com sua benevolência, ela acolhe pacientemente cada ser, sem julgamentos.

Estátua de Kuan Yin vista de cima
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Kuan Yin convida-nos a aceitar as coisas como são, para que possamos compreender as necessidades de nossa própria alma. A partir disso, alcançando a consciência do que realmente é importante para a nossa evolução, ela nos ajuda a transmutar os nossos sentimentos, os nossos pensamentos e as nossas atitudes, para que possamos florescer, crescendo em graça e sabedoria.

Em suas representações, em esculturas ou pinturas, seu semblante sereno acolhe nossa alma com carinho. Do centro da flor de lótus, ela inspira-nos a oferecer o melhor de nós, sob quaisquer circunstâncias. Mesmo nascida no lodo, a flor de lótus emana seu perfume e irradia sua beleza, simbolizando a transmutação das sombras em pura luz.

Kuan Yin potencializa a cura natural e fortalece as práticas de Reiki, Acupuntura, Tui-Ná, dentre outras terapias. Seu sistema de cura age no chakra do coração, promovendo o equilíbrio do corpo e da mente, de maneira que a energia vital flua em harmonia, em alinhamento corpo-alma-espírito.

Entoar o mantra “Namo Kuan Shih Yin Pusa”, que significa “Eu chamo pela bodhisattva Kuan Yin, aquela que vê e ouve o sofrimento do mundo” é uma maneira de sentir a poderosa e doce energia dessa mãe amorosa e compassiva. A quem deseja manifestar sonhos e transmutar sentimentos, a sugestão é entoar 108 vezes o mantra.

Há outro mantra com o qual podemos sintonizar a poderosa energia de Kuan Yin: “Om Mani Padme Hum”. Esse mantra é atribuído a ela e é conhecido como o mantra da grande compaixão. Ele significa: ‘Oh, joia do lótus’ ou ‘da lama nasce a flor de lótus’.

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Sempre que desejarmos paz interior e acolhimento em nossas fragilidades, que possamos lembrar da bem amada Kuan Yin, a Divina Joia do Lótus Sagrado, a sagrada mensageira da compaixão divina.

Om Mani Padme Hum.

Namastê!

Sobre o autor

Maria Cleide Pereira (MCSCP)

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira, ou Maria Cleide Pereira (MCSCP), é professora de língua portuguesa e especialista em gestão de pessoas. Estudiosa da psicologia analítica, é autora do livro "O universo simbólico da obra 'O Saci': um estudo junguiano sobre a obra infantil de Monteiro Lobato".

Fascinada pelas práticas integrativas e complementares, participou de cursos de massoterapia, reiki, medicina tradicional chinesa, fitoterapia, cristaloterapia, sistemas de curas vibracionais, entre outros.

Aquariana apaixonada pela humanidade, sempre acredita no melhor das pessoas. Seu propósito de vida é auxiliar o processo de expansão da consciência por meio do desenvolvimento integral dos indivíduos, aprimorando suas aptidões naturais, reconhecendo seus propósitos e fortalecendo suas competências, habilidades e atitudes.

Poetisa inspirada pela espiritualidade, imprime em seus versos e em sua prosa poética a linguagem do coração, convidando cada leitor e leitora a um profundo mergulho na própria alma.

A escritora é membro das seguintes academias literárias:

Academia Castanhalense de Letras

Academia Internacional da União Cultural

Academia de Letras da América Latina

Academia Literária Internacional de Poetas e Escritores

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Email: mariacleidescpereira@gmail.com
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