Autoconhecimento

A Dona Abóbora: aquela pessoa extremamente pessimista

Escrito por Thiago de Camargo

O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas.

(William George Ward)

Quem já acompanhou uma palestra ou treinamento ministrado por mim conhece a Dona Abóbora. Ela representa aquele profissional que enxerga problemas em absolutamente tudo. É o tipo de pessoa extremamente pessimista, que só consegue ver o lado ruim das coisas.

Para descontrair e criar uma sintonia com os participantes, costumo utilizar, para exemplificar essa personagem tão negativa, a expressão “cara de chuchu com câimbra”, ou seja, a Dona Abóbora é aquela pessoa que está sempre com cara feia, amarrada.

Todo mundo tem aquele amigo ou colega de trabalho que insiste em fazer um comentário inconveniente quando você está desanimado, triste, precisando, justamente, do contrário.

Também não é difícil encontrar o tipo de profissional grosseiro, que se expressa por meio de gritos, socos na mesa, piadas de mau gosto, ironias, humilhações, entre outras atitudes indelicadas. Está sempre insatisfeito e reclama de tudo: da sala, da mesa, da cadeira, do computador, do chefe, do colega e por aí vai. Desestimula o novo funcionário, denigre a imagem da empresa, mas continua lá, provavelmente, por medo, insegurança, baixa autoestima.

Lamentavelmente, conhecemos profissionais que fazem questão de tratar mal seus colegas e até mesmo os clientes da empresa. Que agem com indiferença e desvalorizam atitudes positivas e posturas exemplares da equipe. Sabemos quem é aquele que sente prazer em compartilhar informações baseadas em boatos, normalmente em um tom negativo – o famoso fofoqueiro. E tem o que gosta de criticar. O crítico nunca considera o outro de igual para igual, se vê sempre acima dele. Uma superioridade conferida através da depreciação alheia. Infelizmente, não consegue enxergar a si próprio.

Pessoas com esses traços representam, a meu ver, um peso, um incômodo; atrapalham e prejudicam, principalmente, o ambiente corporativo. Aqui, elas são simbolizadas pelas abóboras, justamente por serem pesadas e difíceis de carregar. Poderia ser qualquer outra coisa pesada que você tivesse que levar contigo o tempo todo, independentemente da ocasião: trabalho, casa, restaurante, lazer. Certamente, incomodaria, pois carregar um peso (ou uma abóbora) por muito tempo cansa, causa irritabilidade, gera insegurança, desânimo e outros malefícios.

Obviamente, nem todas as pessoas que têm comportamentos negativos são Donas Abóboras. Depende da intensidade e frequência. Há pessoas que têm a negatividade como uma bandeira e não hesitam em compartilhar o que dizem e fazem, acentuando o lado ruim. Entretanto, todos nós temos dias que não são bons e estamos suscetíveis à negatividade, passíveis de nos tornarmos Donas Abóboras com o passar do tempo. Evitar condutas que levem a isso dependerá exclusivamente de cada um.

No âmbito corporativo, profissionais com esse estilo de vida, mais cedo ou mais tarde, tendem a perder espaço nas empresas. São considerados como indivíduos que afetam diretamente o clima organizacional. São vistos como pessoas despreparadas, imaturas e acomodadas, que não geram resultados.

Nem sempre conseguimos evitar uma atitude ou um comportamento inadequado, afinal, somos humanos. E, enquanto seres pensantes, podemos observar as nossas atitudes e adquirir consciência do peso que é conviver com pessoas negativas. Assim, aos poucos, vamos monitorando as nossas ações, modificando a qualidade do nosso pensamento e mudando a nossa maneira de lidar com as situações. Tudo isso gera, em nós, mudanças positivas. Com o tempo, o resultado é o respeito por si mesmo, a evolução, a maturidade e o reconhecimento dos outros.

Enxergar os desafios como algo positivo irá contribuir com o desenvolvimento pessoal e profissional. E é por meio deles que conquistamos os nossos objetivos e conseguimos superar nossas limitações.

Ao nos arriscarmos, saímos da zona de conforto e estamos prontos para dar novos passos, sem deixar de lado a busca por novos conhecimentos, fator fundamental para se chegar aonde se quer. Por outro lado, as consequências da falta de informação podem ser desastrosas.

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Fica a dica: resista às fofocas, esteja sempre bem-humorado, monitore suas atitudes e fuja das Donas Abóboras (ah… e não seja uma delas! Rsrs).

Sobre o autor

Thiago de Camargo

Thiago de Camargo é engenheiro, escritor, palestrante e consultor técnico e motivacional. Sucesso de público e crítica, foi agraciado com mais de 12 homenagens do CREA-SP, do CRQ-SP, do Instituto de Eng. de São Paulo e com o Prêmio Lavoisier. Autor do livro motivacional “Ai, que alegria... Hoje é dia de ser feliz!”, Thiago de Camargo mostra todo o seu dinamismo e, com maestria, lapida comportamentos e atitudes visando experiências diferenciadas e excepcionais.

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