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A “Empatia” da IA

Imagem de fundo de um cerébro, em destaque uma mão de robô dando o dedo para uma mão humana.
Peshkova / Getty Images Pro / Canva

Conectados por telas, trocamos toques por emojis e desabafos por IAs. Máquinas simulam gentileza, mas não sentem. Empatia é humana, nasce no peito, no colo, no silêncio que acolhe. Não se programa, se vive. O afeto real reside nas imperfeições e na presença, não na digitalização.

Estamos vivendo um tempo curioso: quanto mais conectados pelas telas, mais desconectados parecemos uns dos outros. Basta observar — é comum alguém preferir enviar uma mensagem por um aplicativo a fazer uma ligação ou, quem sabe, atravessar a rua para olhar nos olhos de alguém.

O toque foi trocado por emojis. O abraço, por figurinhas. E, mais recentemente, o desabafo foi entregue a inteligências artificiais, na esperança de encontrar ali algum tipo de escuta e acolhimento.

Mas será que encontramos?

Empatia é coisa que nasce no peito, que se educa com o tempo, que cresce com as experiências. Uma máquina pode até “simular” um diálogo gentil, pode até sugerir uma resposta simpática — mas não sente.

Ela não conhece o frio na barriga, o nó na garganta, a dor de ouvir um amigo chorando e não saber o que dizer. Ela não se emociona com o reencontro de duas pessoas que se perdoam, nem se alegra com um simples “obrigado” sincero. Isso, só o humano sabe o que é.

Veja o exemplo simples de uma criança que cai e se machuca no parquinho. Uma IA poderia sugerir, em um chat, que ela limpe o machucado com água e sabão. Mas só um ser humano se abaixa, oferece o colo, assopra o machucado e diz: “vai passar, eu estou aqui”. Esse tipo de calor não é programável.

Outro exemplo cotidiano: depois de um dia difícil, você desabafa com um amigo. Ele ouve, faz silêncio na hora certa, compartilha uma lembrança, te olha nos olhos e diz: “eu entendo”.

Imagem das mãos de uma pessoa, acessando o notebook para escrever um texto usando a IA.
Peshkov / Getty Images / Canva

E você sente que não está mais tão sozinho. Agora compare isso com escrever para uma IA que responde com frases genéricas. Pode ajudar, mas não acolhe de verdade.

A empatia humana é feita de imperfeições. Às vezes erramos, nos atrapalhamos nas palavras, mas mesmo assim nos estendemos reciprocamente. O mundo parece querer digitalizar tudo — até o afeto. Mas que nunca esqueçamos: empatia não se programa. Ela se vive.

Conheça meu blog sobre saúde mental e relacionamento.

Sobre o autor

Janio Ferreira Costa (Psicanálise Online)

Olá, sou Janio psicanalista, estou feliz por estar aqui. Fazer terapia é ler a si mesmo.

Trabalho com sessão online com adultos, veja meus contatos no final deste artigo. Grato.

Acredito que você é uma pessoa de grande valor e que nasceu para um propósito; dentro de você há um rico depósito de habilidades, mas a vida acontece e surgem situações que obscurecem a visão da gente, fazendo com que você sinta que "não vale a pena". Com isso pode vir a ansiedade ou uma série de transtornos.

Se isso ressoa em você, conecte-se comigo hoje e vamos conversar.
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