Convivendo

Até quando?

Até quando?
Escrito por Fabio Manzoli
Até quando vamos nos silenciar sobre o fato de que muitas crianças (meninas e meninos) sofrem abusos sexuais dentro de casa? (Quase que invariavelmente por parentes BEM próximos).

Até quando vamos continuar acreditando que sexo é sujo e pecado? Até quando manteremos isso como um tabu? Até quando vamos continuar fingindo que o machismo é ruim somente para as mulheres, para os homens gays, para os seres humanos transgêneros, não-binários?

Até quando vamos continuar fingindo que está tudo bem com nossas vidas, fingindo que não temos contas (dores) para acertar com relação ao nosso passado? Até quando vamos fingir que nossa sexualidade não está distorcida?

Mulheres reprimidas sexualmente, muitas relatando que nunca tiveram orgasmos. Homens com ejaculação precoce e viciados em pornografia.

Até quando?

A base disso é a ideia de que sexo é sujo/pecado, de que mulher deve viver pra satisfazer os homens, de que os homens têm que “pegar” todas as mulheres, de que mulher é puta ou santa, de que homem tem que ser sempre forte e insensível … eu comecei esse trabalho por compaixão às mulheres, aos homens gays e aos transgêneros, porque acreditava que o meu mundo, do homem hétero branco, era o mundo dos privilegiados. Sentia que eu mesmo era uma exceção, porque minha vida, especialmente minha vida sexual, era um mar de merda, até eu começar a falar desses assuntos e começar meu processo de cura.

A cada trabalho me cai mais a ficha de que não têm privilegiados nesse sistema, porque em algum nível estamos todos sofrendo em silêncio, com um sorriso estampado no rosto, fingindo que está tudo bem, com medo do que os outros vão achar. Até quando isso?

Meu próximo trabalho é um retiro em Águas de São Pedro, no Roma Ashram, perto de São Paulo. A proposta envolve yoga, meditação, respiração, reiki, deeksha, entre outras ferramentas, com a intenção de curar nossos traumas de infância e nossa sexualidade. Informações diretamente com a Alessandra Junqueira, proprietária do Ashram e que vai facilitar comigo esse retiro.

Enquanto não nos harmonizarmos com o nosso passado, continuaremos buscando nossa felicidade no futuro, e ela não existe no futuro – só existe quando nos ancorarmos no momento presente.

 

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Sobre o autor

Fabio Manzoli

Fabio Manzoli cria seu caminho como terapeuta enquanto percorre sua jornada como buscador de si mesmo.

Formado em administração de empresas pela FGV, depois de 12 anos trabalhando no mundo corporativo, Fábio passou por diversos trabalhos internos que o fizeram encontrar uma vida com mais sentido, mais sentir, mais consciência - que ressignificaram as sensações de inadequação, sua sexualidade, o vazio existencial, as constantes crises de ansiedade, raiva e desequilíbrio emocional que regiam suas relações.

Um terapeuta que tem como sua maior medicina o compartilhamento de sua própria história de desconstrução e reconstrução. Um homem que carrega em si a sensibilidade na identificação de padrões mentais/comportamentais e o potencial de abrir espaços sagrados de confiança, irmandade, respeito e compartilhar genuíno entre homens.

Um condutor que guia a lugares internos de revelação; de suas sombras, vergonhas, culpa e rigidez- com a maestria da compaixão, do acolhimento, da empatia, do não julgamento; com intensidade e profundidade, porém mantendo a simplicidade e leveza características de suas manifestações.

Fabio traz para as suas vivências, ferramentas como o Rebirthing, Deeksha, Meditações Sonoras, dinâmicas de Psicoterapia Corporal, o estudo do Patchwork.

Meus contatos:

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