Por vezes, perguntamo-nos o porquê de existir tantas diferenças e desigualdades e de o mundo ter tanta diversidade, contrastes e até divergências.
Quantas vezes ficamos inquietos querendo entender como algumas pessoas padecem tanto, vivem em guerra consigo e com os outros ou são capazes de atos tão cruéis, enquanto outras vivem de bem com a Vida, espalhando amor sincero e alegria genuína por onde passam.
Se pararmos para observar por detrás dos cenários caóticos, perceberemos que cada ser humano e até outros seres vivos estão seguindo em suas respectivas escadas. E, conforme o degrau em que estão, desenrolam as experiências e os aprendizados.
Alguns podem estar no chão, encarando a Escada, inseguros ou brigando com a existência.
Outros, no primeiro degrau, vendo a realidade de forma bem restrita.
E existem aqueles que estão no meio da Escada, vendo melhor a Vida do que viam antes.
Há também os que estão em degraus mais altos e vivem a existência de forma mais sábia, alegre e amorosa.
A Escada representa o nível de expressão do Ser e, consequentemente, o desenvolvimento da percepção e da consciência de cada indivíduo.
O Ser é nossa Potência Espiritual e, conforme nos situamos na Escada da Vida, estamos mais próximos ou afastados Dele.
Quanto maior esse nível de percepção, mais o Ser se expressa e a pessoa consegue ver as situações e as experiências com amplitude, clareza, lucidez. E, assim, viver com mais plenitude, confiança, compaixão, paz e gratidão.
Ao entender essa metáfora da Escada aplicada à Vida, fica mais fácil parar de julgar e fazer comparação em relação à existência alheia.
Esse entendimento também nos ajuda a prestar atenção aos nossos movimentos e ao desenvolvimento interno.
Nesse contexto, é possível perceber o quanto avançamos, regredimos ou estacionamos diante da Escada da Vida. E isso pode ocorrer quando recordamos de como éramos e percebemos como somos hoje.
Com base em nosso progresso, nossos posicionamentos diante das experiências, nossa relação conosco, nossa interação com a existência e relação com o próximo, podemos avaliar como estamos ou não expressando nosso Ser.
Uma pessoa que se encontra com o nível de expressão do Ser baixo reflete isso em sua vibração e energia e em suas reações. Um exemplo disso é o indivíduo dominado pelas baixas paixões, pela violência, pela raiva, pelo orgulho e pelo medo.
Se a expressão do nível de Ser é baixa, a pessoa percebe a Vida com estreiteza e projeta no mundo externo muita reatividade, age movida por acentuada inconsciência e ignorância.
Aquele que por algum motivo se encontra desconectado do seu Ser tende a ver a existência de forma restrita e inconsciente, apresentando uma baixa frequência energética e vibratória.
Nesse estado de baixo nível de Ser, a pessoa frequentemente se apega às emoções e aos pensamentos negativos e acaba atraindo sofrimento, infortúnios, limitação e uma série de problemas, compatíveis com sua baixa vibração.
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O Ser está além de nossa personalidade, nosso corpo, nossa mente e materialidade. Ao se expressar, Ele nos dá força, confere energia e potência elevadas e nos dota de maior compreensão.
Ao se expressar livremente e sem as amarras do ego, com seus condicionamentos, crenças e ilusões, o Ser nos torna ditosos, lúcidos e equilibrados.
Quando o ser humano consegue expressar o Ser, de forma mais livre e elevada, ele projeta isso à sua volta, agindo com compreensão, lucidez, serenidade, sabedoria e amor.
Quanto mais elevado o nível de Ser de um indivíduo, menos ele problematiza, julga, carrega preconceitos e age com discriminação, ou seja, para de viver em conflito consigo e com os demais. Assim, consegue desenvolver mais a intuição, ter autoconfiança, viver de forma mais harmoniosa e fluir melhor com a Vida.
A existência nos dá as oportunidades e as possibilidades de percebermos onde e como estamos em nossa escalada individual, para, assim, poder perceber quão próximos ou afastados estamos de nosso Verdadeiro SER.