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A homossexualidade na ótica espiritual

Bandeira lgbtqia+
Sara Ruiz de Getty Images / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A homossexualidade para a espiritualidade revela-se muito abrangente. Márcia Sensitiva, por exemplo, acredita que as outras reencarnações de uma pessoa influenciam nesse interesse pelo mesmo sexo; e Allan Kardec também refletiu sobre isso. Gostou da prévia? Aprenda mais sobre essa visão a respeito da homossexualidade.

A sexualidade é. Ela se impõe. “A gente não escolhe, não tem como escolher. Aqueles que acham que a homossexualidade é um desvio, é uma aberração da natureza, dizem isso por ignorância”, afirmou Drauzio Varella em seu canal no Youtube, no ano de 2014. De acordo com o médico, se a homossexualidade fosse uma escolha, ela seria exclusiva do ser humano, o que não acontece, uma vez que diversos animais, de variadas espécies, já foram observados com comportamento homossexual. Desta forma, por que será que tantas pessoas continuam insistindo em ser contra algo que sequer afeta a vida delas? E para quem é homossexual, transexual ou bissexual, isso tem a ver, de alguma forma, com a espiritualidade da pessoa ou com sua relação com o divino?

Há muitas ações e falas preconceituosas escondidas atrás de crenças e religiões, mesmo que isso vá contra o que a própria religião possa vir a pregar. Com base na visão espiritual, a homossexualidade possui um motivo que vai além do que esta vida pode mostrar: por meio da vida eterna e da reencarnação, a sexualidade da vida atual pode ser influenciada pela(s) vida(s) passada(s). Segundo a médium brasileira Márcia Fernandes – também conhecida como Márcia Sensitiva -, é possível que uma pessoa seja homossexual porque nas outras reencarnações ela tinha outro sexo. Por exemplo: um homem gay pode ter desejos afetivos por pessoas do mesmo sexo por ter sido mulher nas outras vidas e, portanto, ter desejos femininos. Ainda de acordo com Márcia, esta mudança ao reencarnar acaba fazendo com o que o DNA espiritual de uma pessoa seja de um sexo e a pessoa venha com o físico de outro sexo, por isso a homossexualidade, a transexualidade e a bissexualidade não podem ser entendidas como um pecado, uma vez que são naturais, incontroláveis e de outras vidas.

Conforme Allan Kardec, educador e autor de famosas obras espíritas, a crença da encarnação, portanto, nos leva a entender que os espíritos não possuem sexo, mas que uma alma, ao escolher como irá reencarnar para que possa evoluir por meio de determinadas provações, pode escolher viver num corpo masculino ou num corpo feminino, pois passará por situações adversas pelo gênero que escolher, de acordo com sua posição social.

Casal lgbtqia+
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Diferentemente do corpo físico, que é estritamente classificado em dois sexos: feminino ou masculino, que se manifestam por meio dos órgãos reprodutores, o consciente e o interior podem se manifestar de diversas formas sexuadas. A filosofia oriental, mais precisamente a taoísta – originada pelo filósofo chinês Lao-Tsé -, parte do princípio de que toda matéria do universo vai se desdobrando e se manifestando a partir das forças do bem e do mal, ou seja, yin e yang. Além disso, contudo, há muito mais do que apenas o bem e o mal que regendo a sociedade e fazendo com que as coisas aconteçam.

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É o contrário do que muitas religiões pregam que acaba passando uma visão de extremos: ou é bom, vai para o céu, ou é mau, vai para o inferno. Pensando de acordo com a religião cristã e com as pregações de Jesus, um dos principais objetivos é amar ao próximo. Sendo o amor algo puro e capaz de fazer florescer até o terreno mais destruído, como poderia a homossexualidade ser errada por querer amar? Da mesma forma que, na heterossexualidade, homens e mulheres se amam, se respeitam e se apoiam, assim acontece na homossexualidade.

“Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós.” (Mateus, VII: 1-2).

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O ser homossexual, transexual, bissexual ou outros deve possuir liberdade e respeito para viver em paz neste mundo. A família, inclusive, tem um papel importantíssimo no acolhimento amoroso de um filho, seja ele heterossexual ou não, ajudando-o e apoiando-o em suas escolhas para que seu objetivo de vida seja alcançado e assim haja crescimento espiritual.

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