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A vida e suas existências

Imagem do pôr do sol em uma praia e em destaque a silhueta de uma moça agradecendo pela vida.
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Escrito por Luiz Guimaraes

Desde tempos imemoráveis que o ser humano questiona a origem da vida, sua finalidade e sua finitude corpórea. Incontáveis estudos já foram realizados evidenciando que o Espírito é imortal e que a vida não se inicia nessa reencarnação, pois o Espírito precede a vida física.

Desde tempos imemoráveis que o ser humano questiona a origem da vida, sua finalidade e sua finitude corpórea. Incontáveis estudos já foram realizados evidenciando que o Espírito é imortal e que a vida não se inicia nessa reencarnação, pois o Espírito precede a vida física.

Um dos grandes estudiosos sobre a vida futura, Coronel Eugène Auguste Albert de Rochas d´Aiglun, nascido na França, aprofundou-se nas pesquisas do magnetismo e espiritismo, deixando várias obras, dentre elas, As vidas Sucessivas.

Citamos, ainda Ian Stevenson, psiquiatra e pesquisador canadense, que fez intensos estudos sobre a reencarnação, inclusive sobre EQM (Experiências Quase Morte), na Europa. Escreveu os livros Reencarnação e Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação, estudado em diversos países. Por sua vez, Brian Weiss, também estudioso da matéria, escreveu os livros O Passado Cura – A terapia através das vidas passadas e Muitas Vidas, Muitos Mestres, além de inúmeros outros cientistas que se dedicaram ao assunto.

Mas para os que não acreditam nessas verdades, poderemos direcionar esse entendimento somente para a presente existência. Então, cabe indagar: por que nascemos, vivemos e desencarnamos? Com qual o objetivo Deus como Inteligência Suprema e causa primaria de todas as coisas iria criar o Espírito Ser inteligente da Natureza, para viver uns poucos anos e tudo acabar sem nenhum outro sentido lógico?

Imagem de um campo de trigo e em destaque uma mulher de cabelos ruivos, usando um vestido branco e  segurando um ramo da planta.
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Vivemos do berço ao túmulo e nesse interregno, valendo-nos do livre arbítrio, praticamos o mau ou o bem. E ao final tudo acaba igual? Qual o mérito de viver da forma digna ou não? Seria melhor, então viver sem limites nem consequências? Se Deus é Justo e Misericordioso isso não estaria nos seus propósitos. Para os que não acreditam na existência de Deus, basta pensar em tudo que o homem não criou. E quem o fez?

Então, se não cremos em vidas passadas, ao menos a presente é palpável, nós vivenciamos… Porém como viver sem o sentimento de que somos responsáveis pelos nossos pensamentos e atitudes? Qual a razão se não for para um ajuste de contas no futuro sobre nossa conduta? A centelha divina dormita em todos nós. Cabe-nos despertar para o enfrentamento da vida, aceitá-la e compreendê-la. Nesse ponto caímos na vida futura, que se existe, teve uma passada, já que o Espirito vem antes da vida corpórea. E a de hoje, também tem o seu pretérito.

Observemos o que diz o Apostolo Paulo em 1(Coríntios 15:35,44): “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão. “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Em Mateus 17,9-13; Marcos 9,9-13, encontramos: “É verdade que Elias deve retornar e restabelecer todas as coisas; porém vos declaro que Elias já veio e eles não o reconheceram e o trataram como lhes aprouve”. O Espírito é um diamante que para reluzir precisa ser lapidado.

As reencarnações são os períodos em que vivemos para esse mister. Daí, a depender das imperfeições o burilamento será mais longo e doloroso, para que sua luz resplandeça à altura de merecer chegar ao Alto. Como corrigir equívocos se não nos debruçamos neles? Somos como alunos reprovados que necessitam voltar ao estudo não exitoso.

O arrependimento é necessário para corrigirmos os desvios. Mas a reparação daquilo que fizemos equivocadamente é imperiosa. Assim, ela somente acontecerá se vivenciarmos as situações e consequências dos males praticados.

Homem se confessando para padre, com as mãos juntas, em sinal de perdão.
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Não existe penas eternas, pois Deus com sua bondade infinita jamais nos daria esse castigo. Aliás, quem nos julga é a nossa consciência. A Lei de Causa e Efeito vige sempre. A reencarnação é uma das maiores evidências da Misericórdia de Deus para todos nós. Pela sua Justiça, ninguém é privado dessas oportunidades de se corrigir e evoluir.

No livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel, pg.16, encontramos: “A Parábola da Ovelha Perdida mostra bem claramente que as almas transviadas não ficarão perdidas no labirinto das paixões, nem nas furnas onde medram os abrolhos” (…); “O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade”.

São através dessas passagens reencarnatórias que o Espírito evolui ao se reeducar para o caminho do bem, buscando com a vontade e seus próprios esforços a porta estreita que dará lugar à luz que o aguarda nesse incessante caminhar.

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No Livro Jesus e Atualidade, pg.11, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, consta: “A psicoterapia que Ele utilizava era centrada na reencarnação, por saber que o homem é o modelador do próprio destino, vivendo conforme o estabeleceu através dos atos nas experiências passadas.

Por tal razão, jamais condenou a quem quer que fosse, sempre oferecendo a ocasião para reparar o prejuízo e recuperar-se diante da própria, bem como da Consciência Divina”. (…). Ainda na mesma obra, pg.42, temos: “Como pastor de almas, Jesus fez-se-nos responsável, elucidando-nos a respeito dos deveres, das necessidades reais, dos legítimos objetivos da nossa vida” (…). (A vida é um ciclo infindável de experiências para o Espírito).

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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