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Reencarnação: um ponto-e-vírgula da vida

Silhueta de homem caminhando até a luz
francescoch / Getty Images Pro / Canva
Escrito por Luiz Guimaraes

“É semeado um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual.”

1 Coríntios 15:44

“A ideia da reencarnação é encontrada praticamente em quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras e em todos os continentes da Terra. Essa disseminação de uma crença tão uniforme é observada também entre os povos muito antigos”.

(Livro “Você e a reencarnação”, pg.22, de Hernani Guimarães).

No Livro “As vidas sucessivas”, pg.29, de Albert de Rochas, há referência de Sir Oliver Lodge, que diz em entrevista: “(…) A ideia de existirmos no passado e de que devemos existir no futuro é tão velha quanto Platão; não há nada de novo nela. Um poeta disse que “somos maiores do que pensamos”, o que significa que a totalidade de nosso ser jamais está totalmente encarnada”.

Considerando que Deus é misericordioso, bom e justo, a reencarnação não poderia ficar ausente desse amor, constituindo-se uma dádiva divina para todos nós. Por meio de Jesus, ficou evidente que o verdadeiro Deus é a essência do bem e aquele “deus” das guerras e vingativo teve seu significado para que, à época de sua exaltação, viesse a tornar-se temido, não amado, para que fossem cumpridas as leis em face da rudeza daquele povo.

Jesus transformou aquele conceito com seu sacrifício, trazendo a concepção sobre o Deus que deveria prevalecer na mente e no coração dos seres humanos, afastando o “deus” da força e da intolerância.

Mãos de pessoa orando no escuro
Himsan / Pixabay / Canva

Nesse contexto deu-se a conhecer o Deus do amor e da misericórdia infinita, que concedeu a reencarnação como forma corretiva das más atitudes que tomamos em nossas existências. Por longos períodos, estivemos afastados das Leis Divinas, transgredindo-as sem avaliar as consequências. Precisamos refazer os caminhos equivocados para comungarmos com aquelas Leis que emanam do amor de Deus. Os frutos que ora colhemos refletem aquilo que semeamos no pretérito e precisam ser reavaliados pela nossa consciência consoante à questão 621 do Livro dos Espíritos: “Onde está escrita a Lei de Deus? – Na consciência”.

Como Pai de bondade infinita, Ele nos oferece oportunidades para a devida reparação afastando-nos da condenação eterna que não se coaduna com um Deus justo. A Doutrina dos Espíritos, à luz das observações científicas, aponta inúmeros casos de reencarnação estudados com muita responsabilidade, trazendo-nos uma realidade inconteste e não hipotética pela fé cega não fundamentada. Observemos os inúmeros trabalhos de terapias de vidas passadas e outras obras que tratam do assunto, como “Muitas vidas, muitos mestres”, de Brian Weiss; “Reencarnação – estudos científicos de casos reais na Europa” e “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”, de Yan Stevenson; “Reencarnação na Bíblia” e “Sobrevivência e Comunicabilidade”, de Hermínio C. Miranda, entre muitas outras que evidenciam a realidade da reencarnação.

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Os fatos do dia a dia corroboram essa linha de raciocínio, a exemplo de crianças de tenra idade que executam com mestria peças musicais complexas, pinturas e outras expressões artísticas, além dos destaques no campo da ciência por inteligências “excepcionais”. Outrora, tudo isso era considerado fenômeno, genialidade e talento “dados” por Deus. Mas Deus, sendo justo, jamais daria “privilégio” para alguns dos seus filhos. As oportunidades ocorrem para todos, só que uns aproveitam e outros desperdiçam. A reencarnação é uma cobrança da nossa consciência para que nos depuremos e tenhamos condições de evoluir e merecer o Reino Celeste.

Esse caminho é irreversível e destina-se a todos nós. A Justiça de Deus sempre estará presente! “Segundo afirmou Allan Kardec: nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre; tal é a lei”. Podemos dizer ainda: “O desencarne é a porta do renascimento; as existências, os estágios probatórios”.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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