Durante um dos encontros da minha mentoria, “O Caminho da Imperatriz”, um tema pulsou forte no círculo de mulheres: a reconquista da nossa própria voz.
Falamos de um tipo de empoderamento que não se aprende em livros nem se conquista com palavras de ordem. Um empoderamento silencioso, profundo, que nasce da alma: o empoderamento psíquico e espiritual.
Muitas de nós crescemos em lares onde mulheres se calaram para manter a harmonia. Aprendemos, mesmo sem palavras, que era perigoso sentir demais, falar demais, brilhar demais.
E, assim, nos desconectamos da nossa verdade. Perdemos a voz.
Mas o corpo se lembra.
A alma sussurra.
E um dia… a voz volta.
O conto da mulher que perdeu a voz:
Compartilhei com as alunas um conto terapêutico que escrevi especialmente para esse momento:
Uma mulher que sonha com uma árvore ancestral, que a convida a descer para dentro da Terra… lá, ela encontra a voz perdida de suas ancestrais — a voz de todas as mulheres que vieram antes dela, caladas.
Esse conto, que pode parecer simbólico, é uma realidade que muitas mulheres sentem no corpo.
E é por isso que o verdadeiro empoderamento começa dentro, na alma, no inconsciente.
Da vitimização à autonomia:
O sistema patriarcal nos ensinou que somos frágeis, que precisamos de aprovação, que devemos servir. Isso gerou gerações de mulheres vivendo em modo de sobrevivência, repetindo padrões de vitimização e escassez.
Mas há um novo caminho surgindo. Chamamos isso de empoderamento psíquico:
Quando a mulher escuta a própria voz interna.
Quando ela se torna protagonista da própria história.
Quando ela reconhece sua força sem precisar se masculinizar.
E isso só é possível com autoconhecimento, com cuidado com o campo energético, com terapias que honram o feminino e acessam as camadas mais profundas da psique.
O feminismo espiritual e a cura sistêmica:
Há uma nova onda de mulheres despertando — não apenas para lutar por direitos (isso foi e continua sendo importante), mas para curar o que sustenta a dor.
Nós a chamamos de feminismo espiritual, ou ainda, feminismo arquetípico e simbólico.
É um caminho de reconexão com o sagrado, com a ancestralidade feminina, com os ciclos da natureza, com a escuta do corpo.
É o feminino que cura. Que reconstrói. Que reencanta.
Na Contoterapia Sistêmica, prática terapêutica que desenvolvi, unimos os contos de fadas, as constelações familiares e a psicologia arquetípica para liberar os bloqueios psíquicos, energéticos e espirituais que impedem as mulheres de se realizarem.
A cura que começa em si e alcança o mundo.
Uma mulher curada não é uma mulher perfeita.
É uma mulher inteira.
Que se escuta. Que se sustenta. Que se respeita.
E, por isso mesmo, ela cura ao redor — com sua presença, sua palavra, seu campo.
Quando uma mulher volta a confiar em si, ela muda sua relação com o dinheiro, com a criação, com o trabalho.
Ela começa a dizer “não” com amor, a escolher com sabedoria, a construir com leveza.
E isso, minha irmã, é uma revolução silenciosa.
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Um convite:
Se esse texto tocou algo dentro de você, talvez seja o momento de dar o próximo passo.
Reencontrar a sua voz.
Honrar a mulher que você é.
E se permitir florescer com força, beleza e verdade.
Você não está sozinha. Somos muitas… caminhando juntas.