Autoconhecimento Comportamento

Amar a si mesmo pode ser mais simples do que parece

Imagem de uma mulher abraçando a si mesma
Goodboy Picture Company de Getty Images Signature/ Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Você sabe amar a si mesmo? Muitas pessoas imaginam que este é um processo difícil, mas a realidade é que ele é mais simples do que parece. Esse ato de cuidado consigo mesmo é tão importante, que se cada pessoa no mundo tivesse a certeza do seu amor próprio, o amor das relações não se tornaria uma dependência emocional. Por isso, é muito importante praticar o ato de amar a si mesmo, tanto físico quanto emocionalmente. Aprenda como elevar ainda mais estes cuidados e garanta os benefícios de praticar o amor próprio em seu dia a dia.

Amar a si mesmo não é tão difícil como algumas pessoas pensam. Na maioria das vezes, o que a sociedade faz é problematizar o assunto, distorcendo o entendimento sobre ele. Muitos costumam encher o peito ao dizer: “Eu me amo”, mas, na realidade, as atitudes que tomam consigo mesmos e também com os outros mostram completamente o contrário do que é o amor-próprio.

Você sabe, por acaso, o que significa amor-próprio? Nós vamos te ajudar a entender um pouco mais sobre o assunto e ainda te daremos algumas dicas para promover o autoamor!

O amor a si mesmo

Amar a si mesmo consiste em se respeitar, cuidar de si, ter uma autoestima saudável e não se submeter sempre aos caprichos alheios. Esse ato de cuidado consigo mesmo é tão importante, que se cada pessoa no mundo tivesse a certeza do seu amor próprio, o amor das relações não se tornaria uma dependência emocional, que é justamente o resultado da falta que o ser humano sente de si mesmo.

Esse tipo de amor é uma compreensão de si como um ser singular, praticado por meio de atitudes respeitosas, de cuidados e de atenção com tudo o que é dito e feito, tendo sempre consciência dos reflexos que tais ações podem causar primeiramente a nós e em seguida ao próximo.

Mas aí você pode se questionar: “Se eu penso primeiramente em mim, sou egoísta?!”, e a resposta é muito simples: “Não”! Colocar-se em primeiro lugar também é cuidar do outro. Se você não estiver bem, dificilmente fará bem a alguém. Tudo o que fazemos para os outros voltará para nós em algum momento da vida – e isso você já deve saber.

Praticar o amor-próprio é se aceitar tanto física quanto emocionalmente! É ser paciente consigo mesmo, respeitar os próprios limites e entender que ninguém é perfeito. É também reconhecer os erros e não se cobrar tanto. A autoconfiança resultante do ato de se amar permite que as frustrações sejam motivos de aprendizado, não meios para culpar terceiros ou pesos a serem carregados. Quem pratica o autoamor vive em constante evolução e serve de inspiração para quem vive ao redor.

Autoestima desde a infância

Imagem de uma mulher sorrindo. Ela usa um vestido de listra preto e branco e em uma das mãos ela segura um balão de coração.
Imagem de Denise Husted por Pixabay

Para desenvolver a autoestima, uma criança precisa ouvir elogios desde cedo. Porém muitos pais erram quando somente elogiam o filho e se esquecem de impor alguns limites. É necessário assimilar as necessidades da criança e manter um equilíbrio entre a compreensão e os limites, porque crianças precisam de limites!

É preciso entender que, na infância, a personalidade está sendo criada, então o excesso de críticas pode desencadear diversos traumas e sequelas, tendo em mente que as primeiras noções que os pequenos têm de autoestima são justamente os olhares que os pais têm sobre elas.

Cuidados excessivos podem prejudicar de forma devastadora a vida de uma criança na fase adulta. Os pequenos devem aprender a lidar com decepções desde cedo. Caso não aprendam, é bem provável que a fragilidade diante das frustrações seja perenizada. Sabemos que um pai não gosta de ver o filho enfrentando alguma dificuldade, mas é importante impulsionar a criança a enfrentar os obstáculos.

Muitos adultos são traumatizados quando o assunto é autoestima e não conseguem encontrar um meio de praticar o amor próprio, pois na infância foram poupados de todas as adversidades e atualmente não sabem como lidar com situações adversas.

A partir do momento em que erramos, compreendemos o que é necessário para acertar e ainda levamos as atitudes erradas como aprendizado. Se você não foi impulsionado a seguir em frente e aceitar as suas limitações quando era criança, você pode desconstruir esse padrão de comportamento não cobrando tanto de si mesmo.

Comece aos poucos, analise as suas vivências e quebre o paradigma da sociedade quanto ao amor-próprio. Você não precisa seguir uma linha, porque você é um ser único, lembra? Se tudo deu errado até agora, saiba que você pode fazer com que tudo dê certo. Confie em si mesmo e ressalte todos os dias o quão capaz você é de enfrentar a vida! Veja algumas dicas para elevar o seu amor-próprio:

1. Seja quem você realmente é

Você tem vontade de pintar os cabelos de rosa? Pinte! Quer vestir uma calça que a sociedade diz estar fora de moda? Use! Quer dançar do seu jeito no meio da balada? Dance! Ignore os olhares e os comentários alheios. Pense somente na alegria que você sente quando faz o que quer ou quando você é exatamente do jeito que é. Isso vale tanto para o seu exterior quanto para o seu interior. A autenticidade te proporciona uma satisfação muito maior do que se manter escondido atrás de uma máscara criada para agradar a alguém. Você deve se amar em primeiro lugar e se importar somente com o que você pensa sobre você!

2. Dê valor às suas ideias e opiniões

Uma das dicas mais importantes para o amor-próprio é ter a capacidade de dizer o que pensa, sem pensar em julgamentos – claro, desde que você mantenha o respeito e seja gentil. Lembra daquele papo de que você é único? Pois é, as suas ideias e opiniões também são únicas, então você deve manter a sua verdade. Não diga o que os outros querem ouvir por medo de desagradá-los! Se por acaso você cometer algum erro ou se a sua opinião não foi aceita diante de alguma situação, não se deixe abater por isso. Todos erram e aprendem com situações como essas.

3. Não dê espaço ao medo

É normal sentir medo diante de algumas situações, mas isso não deve ser motivo para você desistir de algo. Enfrente! Cada vez que você superar as barreiras dos sentimentos que querem te prender, você conquistará um grande desenvolvimento pessoal. Amar-se também significa confiar no seu potencial e acreditar que você consegue!

4. Aprenda a filtrar as críticas

Entre críticas construtivas e destrutivas, geralmente damos mais ouvidos àquelas que só nos colocam pra baixo. As críticas que possuem o intuito apenas de apontar os erros fazem com que uma pessoa se sinta inferior e até mesmo indigna de coisas boas – e, é claro, com grande dificuldade de admirar o seu próprio ser. Ao receber uma crítica ou até mesmo ao fazer uma autocrítica, filtre o tipo de informação e leve consigo apenas o que pode ser usado para evoluir e melhorar. Em vez de criticar, destaque as coisas boas! O objetivo é sempre evoluir, ao mesmo tempo em que é cuidadoso consigo mesmo.

5. Não se compare aos outros

Voltamos à premissa de que cada ser é singular e, por conseguinte, não há como fazer comparações. Cada vez que você se compara a alguém, faz com que o sentimento de inferioridade crie morada no seu ser. Com certeza há pessoas que possuem mil habilidades que você não possui, assim como você é muito bom em certas coisas nas quais os outros não são, ou seja, todos têm seus pontos fortes. Não seja tão duro consigo, porque você é muito especial!

6. Foque nas suas qualidades

Comece a pensar em todos os seus pontos positivos. Você se acha bom em algo? Enfatize isso dentro de você! A partir do momento em que você começar a olhar para as suas qualidades e para aquilo em que você é bom, você se sentirá mais feliz internamente. Lembre sempre que os seus pensamentos bons podem atrair coisas boas. Não seja tão negativo!

7. Comece a praticar o perdão

Imagem de duas mulheres se abraçando como se estivessem perdoando uma a outra
Ketut Subiyanto de Pexels/ Canva

Seres humanos erram. Na prática do amor-próprio, uma das bases é não se apegar aos erros, mas reconhecê-los e aprender com eles para seguir em frente. Isso vale também para as pessoas ao seu redor: perdoe! Guardar mágoas só faz com que você se sinta mal. Prender-se a ressentimentos faz com que parte da sua vida seja parada e não evolua. Pratique o autoamor liberando perdão!

8. Tenha disciplina

Crie metas e persista no que você almeja! Pessoas sem foco geralmente não têm autoestima e empurram a vida com a barriga. Tome a frente das situações da sua vida e seja paciente. Os imediatistas são inseguros e, na busca pelo amor-próprio, você precisa ter um planejamento responsável.

9. Cuide do seu corpo

Amar-se também inclui cuidar do próprio corpo. Alimente-se de uma forma saudável e não seja negligente com a sua saúde física. Pratique exercícios e mantenha uma alimentação regrada, com todos os nutrientes dos quais o seu organismo precisa para manter um bom funcionamento.

10. Distancie-se de certas pessoas

Todos sabemos que muitas relações são silenciosamente abusivas. Existem pessoas que nos fazem mal, nos colocam pra baixo e raramente ficam felizes com as nossas vitórias. Quem não ama a si mesmo comumente tem a necessidade de se autoafirmar em cima dos outros, então você precisa se atentar a esse tipo de gente.

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Entenda que é importante amar a si mesmo antes de amar os outros e, para se amar, você não precisa enfatizar o quanto você é bom a ninguém. A sua melhora como pessoa será percebida naturalmente! Não confunda amor-próprio com egoísmo, pois os egoístas precisam ser o centro das atenções, da admiração alheia e pouco se importam com os outros. Amar a si mesmo em primeiro lugar significa simplesmente cuidar do próprio ser e entender que é necessário estar bem para fazer o bem.

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