Muitos de vocês já devem ter participado, ou pelo menos devem ter ouvido falar ou lido sobre as Constelações Familiares, uma técnica terapêutica que trabalha problemas e dificuldades a partir da visão Sistêmica; que no caso de sintomas na vida pessoal, busca respostas no Sistema Familiar a partir de uma visão mais ampla e abrangente da questão.
Quando Bert Hellinger iniciou seu estudo e desenvolveu seu método foi acompanhado por muitos terapeutas, consultores e administradores de várias áreas que passaram posteriormente a utilizarem a técnica da Constelação em outras áreas tais como: médica, educacional e empresarial, e é sobre a Constelação aplicada ao diagnóstico de problemas de grandes empresas que vou tratar neste artigo.
A Empresa assim como a família é um Sistema que obedece também certas regras e que tem uma Alma, ou seja, um objetivo maior que é determinado pela intenção de seus criadores ou fundadores. À medida que a empresa vai se organizando, cargos, funções e uma hierarquia vai se edificando, tudo isso é realizado dentro de um tempo que vai garantindo maior ou menor direito de atuação no sistema.
Na Constelação Familiar os mais idosos, ou aqueles que vieram antes (avós – pais) tem preferência no Sistema, nas empresas os fundadores, suas ideias e trajetórias precisam ser reverenciadas e respeitadas pelos herdeiros, mais jovens no Sistema. Essa visão também é correta quando se pensa em funcionários mais antigos, que chegaram antes na empresa, e espera-se que aqueles que chegaram depois aprendam com eles, e respeitem os colegas mais experientes.
A exclusão é um acontecimento muito forte nas Constelações Familiares pois para o Sistema “todos tem direito a pertinência”, a expulsão de um membro fará com que os descendentes paguem um preço a fim de incluir o membro afastado. Nas empresas não é diferente, as pesquisas demonstraram que funcionários demitidos sem causa justa acabam deixando um vazio ou uma mácula na função que ocupavam, e no futuro aqueles que ocuparem aquele cargo poderão ter grandes desconfortos para se darem bem porque de alguma maneira o Sistema buscará compensar a injustiça para que seja reparada de alguma maneira.
Uma forma bem interessante de utilizar a técnica para empresas é empregá-la para um diagnóstico em relação a alguma dificuldade apresentada, pois é possível que o dono da Empresa escolha pessoas para representar o problema de forma abrangente, por exemplo: 01 representante para a empresa, 01 representante para os donos ou diretores, 01 representante para a chefia, 01 representante para os funcionários, 01 representante para os fornecedores ou parceiros, 01 representante para os clientes , e a partir da reação de cada um deles será possível identificar como andam as relações dentro deste Sistema.
É muito oportuno realizar o processo sem que os representantes saibam quem estão representando para não serem influenciados pelo papel de cada um, desta forma os administradores poderão se assegurar e até testar dentro da própria técnica possibilidades de mudanças que sejam favoráveis ao todo.
A Constelação pode também ser utilizada para testar novos produtos, descobrir qual o melhor nome para uma linha de produtos, observar como o cliente vê o produto ou a própria empresa, e é muito eficiente para trazer uma grande amplitude de percepção na solução de conflitos, reorganização e projetos futuros.
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Muitas empresas já se beneficiaram desta técnica trazendo informações que passariam despercebidas e poderiam causar grandes transtornos. A Constelação Empresarial traz à tona aquilo que fica oculto e que só é conhecido pela Alma da Organização, que na verdade pode ser definida como “O Espírito presente naquele sistema” que possui uma intenção maior, associada ao bem comum tanto no nível interno quanto na sua ação social em ressonância a sua grande missão que é de oferecer algo positivo e bom para o mundo.
