Vivemos tempos nos quais o nosso consumismo já está cobrando seu preço: aumento na temperatura do planeta, recursos naturais chegando ao fim, crises hídricas, energéticas, financeiras, sociais… Se quisermos que nosso planeta continue funcionando, precisamos nos conscientizar!
E boa parte dessa conscientização passa pelo que chamamos de consumo consciente, ou seja, consumir, mas diminuir o impacto do nosso consumo sobre o meio ambiente, que é afetado por cada uma de nossas atividades. Preparamos uma lista com 10 dicas para consumir de maneira mais responsável que vão além de fechar a torneia e apagar as luzes! Confira:
Índice de conteúdo
- 1. Não compre o que não for necessário
- 2. Use menos o seu carro
- 3. Escolha embalagens recicláveis ou retornáveis
- 4. Separe o lixo para reciclagem
- 5. Se puder, doe
- 6. Evite compras por impulso
- 7. Confira o consumo de energia dos eletrodomésticos
- 8. Atenção aos selos de sustentabilidade
- 9. Descarte corretamente o óleo de cozinha
- 10. Atenção com produtos de origem animal
1. Não compre o que não for necessário
Será que é realmente necessário trocar de celular todo ano? Será que precisamos mesmo ir ao mercado e fazer uma compra gigante e ver os alimentos estragando na geladeira? E quantas roupas você já comprou mas nunca chegou a usar ou usou muito pouco?
É quase impossível viver na sociedade em que vivemos e não consumir, mas podemos mitigar o impacto desse consumo ao comprarmos somente aquilo de que estamos precisando e que temos certeza de que será necessário no nosso dia a dia.
2. Use menos o seu carro
Ter um carro ainda é sinônimo de uma vida bem-sucedida e com posses, mas a verdade é que muita coisa que fazemos de carro poderíamos fazer a pé ou de bicicleta, por exemplo, como uma ida ao mercado ou a algum lugar próximo de onde moramos.
Claro que o carro oferece conforto. O problema é que esse conforto custa muito para a natureza, porque os carros emitem grandes quantidades de dióxido de carbono, além do consumo de combustível e de toda a poluição gerada na cadeia de produção dele. Isso não significa que você nunca deva usar o seu carro, apenas que deve escolher melhor quando vai utilizá-lo.
3. Escolha embalagens recicláveis ou retornáveis
Segundo o Atlas do Plástico, levantamento da Fundação Heinrich Böll, o consumo de plástico deve crescer 50% até 2025, e um dos seus principais usos atualmente é em embalagens. Então é essencial que optemos por embalagens mais sustentáveis, uma vez que o plástico é um dos maiores vilões do meio ambiente.
Quando você vai ao mercado e leva uma sacola de pano, por exemplo, evita o uso de muitas sacolinhas plásticas que seriam colocadas no mundo e descartadas futuramente na natureza. Então prefira embalagens que podem ser retornadas ou que sejam feitas com material reciclável ou, ao menos, biodegradável.
4. Separe o lixo para reciclagem
A seleção do lixo á um hábito muito difundido em alguns países, mas pouco popular no Brasil. Porém as coisas estão mudando. Segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), em dados divulgados em 2018, o Brasil é capaz de reciclar 71% do papelão dispensado, 87% do alumínio descartado e até 100% dos descartes de vidro, números maiores, inclusive, do que os dos Estados Unidos.
Como temos tanta capacidade de reciclagem, precisamos cuidar para que esse lixo seja descartado corretamente e encontre as centrais de reciclagem, onde passarão pelos métodos necessários para evitar o descarte na natureza. Então faça também a separação do lixo reciclável em sua casa para contribuir com o meio ambiente.
5. Se puder, doe
Muitas vezes, temos a tendência de descartar no lixo aquilo que não queremos mais, como roupas, móveis, livros, CDs, entre outros objetos que não terão mais função em nosso dia a dia, mas uma boa maneira de fazer um descarte mais útil é procurar alguém que vá dar uso a esses objetos.
Existem muitas campanhas de doação de roupas e muitos sebos aceitam livros e CDs, por exemplo. Quanto aos móveis, anunciar nas redes sociais ou imprimir um anúncio da doação podem ser boas opções para encontrar alguém que esteja precisando deles. Enfim, encontre maneiras de aumentar a vida útil daquilo que não lhe serve mais.
6. Evite compras por impulso
Muitas vezes, quando vemos algo que nos parece útil, bonito ou divertido, fazemos uma compra por impulso e, pouco tempo depois, percebemos que o produto que compramos não tem tanta utilidade quanto imaginávamos que teria…
Portanto sempre que pensar em fazer uma compra, o ideal é voltar para casa, pensar direitinho em valores, utilidade e relevância e só então decidir o que fazer com o produto desejado.
7. Confira o consumo de energia dos eletrodomésticos
Quando for comprar um eletrodoméstico, não leve apenas em consideração o preço dele. Todos os eletrodomésticos, por imposição da Anvisa, devem vir acompanhados com um selo que mostra em que faixa está o consumo de energia. As faixas vão de A (menor consumo) a E (consumo mais alto).
Muitas vezes, um eletrodoméstico tem consumo de energia muito maior do que o de uma empresa concorrente, o que vai impactar no seu bolso e também em mais consumo de energia. Portanto vale a pena conferir esse índice e levá-lo em consideração no momento da compra.
8. Atenção aos selos de sustentabilidade
Hoje em dia, temos muitos institutos e muitas fundações que promovem selos de sustentabilidade e premiam os produtos que têm responsabilidade sustentável em seus processos. Esses selos vão desde empresas de papel que usam madeira de reflorestamento a empresas que recebem embalagens retornáveis e as reciclam.
Então sempre que for comprar um produto, de um móvel a um simples pacote de arroz, procure as marcas que sejam premiadas com esses selos de sustentabilidade, que fazem bastante diferença para o nosso meio ambiente.
9. Descarte corretamente o óleo de cozinha
Você sabia que apenas um litro de óleo pode contaminar 1 milhão de litros de água? E os danos desse descarte malfeito não incluem apenas malefícios ao encanamento da sua casa, porque podem entupir tubulações do seu bairro e da sua cidade e, eventualmente, chegar aos rios e às nascentes.
Ah, e jogar no lixo comum não adianta também, porque ele acaba indo para o lençol freático quando é dispensado nos centros de coleta de lixo. O ideal é coletar em uma garrafa e encontrar um ponto de coleta próximo de sua casa para fazer o descarte adequado e sustentável.
10. Atenção com produtos de origem animal
Quando falamos sobre vegetarianismo e veganismo, não estamos discutindo apenas o direito de os animais não serem mortos e tratados como produtos. Estamos falando também sobre o impacto que essa indústria tem no meio ambiente, e não é pouco!
Para se ter uma ideia, segundo dados de 2019 e 2020 divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), 75% do território desmatado da Floresta Amazônica está ocupado por pastos de animais para abate. Então quanto mais consumirmos carne e produtos derivados de animais, mais contribuímos com a expansão desse negócio que faz mal ao meio ambiente.
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Consumir de maneira consciente é uma forma de cuidar melhor do nosso planeta e de garantir um futuro decente para os nossos recursos. Se cada um fizer sua parte, ainda que isso pareça pequeno, conseguiremos construir um mundo mais sustentável e seguro!
