Saúde Integral

Falando sobre hipnose

Hypnotising watch on a chain swinging above clouds. Time concept
Escrito por Eu Sem Fronteiras

hipnose não é uma mentira. Ela realmente existe, funciona e, mais que isso, consegue mexer com a estrutura psicológica das pessoas. A hipnose foi introduzida pelo médico alemão Franz Anton Mesmer no século XVIII.

Em 1776, Mesmer recebeu um diploma por sua tese de doutorado na Universidade de Viena. A ideia, que parecia surreal, foi aprovada pela instituição. Dizia que a atração gravitacional entre a terra e os outros corpos celestes afetava a vida das pessoas, sendo responsável por vários tipos de doenças mentais.

As loucuras não paravam por aí. Algum tempo depois, ele passou a acreditar que os corpos das pessoas estavam cheios de fluidos magnéticos que causavam um desequilíbrio prejudicial. Como tratamento para isso, Mesmer sentava numa cadeira em frente ao paciente, pedia concentração e olhava fixamente em seus olhos.

Mas, depois de uma tentativa frustrada de cura de uma paciente com cegueira nervosa, ele foi expulso de Viena e mudou-se para Paris. Mesmer se caracterizava com roupa na cor violeta e não saia sem sua varinha de condão, objeto que inclusive foi inventado por ele. Nesta época, inaugurou sua própria clínica e, depois de atender muitos pacientes, ficou reconhecido por ter poderes de enfeitiçar as pessoas.

As técnicas de Mesmer passaram a ser proibidas, pois alguns acreditavam que ofereciam riscos à vida das pessoas. Mas nomes importantes, como o médico escocês James Braid, entendiam a técnica como uma forma de tratamento. O termo hipnose (“hypnos” é a deusa grega do sono) foi dado por ele em 1843. E foi a partir de então que passou a ser estudada cientificamente, inclusive por pessoas consagradas como Jean Martin Charcot, o pai da neurologia, e Ivan Pavlov, psicólogo russo.

Foi apenas em 1997, por meio de um estudo realizado pelo psiquiatra americano Henry Szechtman, que a hipnose foi realmente aceita pela ciência. A experiência envolvia oito voluntários vendados que ouviam uma gravação com a seguinte frase: “O homem fala muito, mas, quando ele fala, vale a pena ouvir o que diz.”

Já hipnotizados, Henry desligou o som e disse aos colaboradores que o reproduziria novamente, mas não o fez. Ainda assim, os voluntários relatam que ouviram o áudio. Na hora do teste, o cérebro dos participantes foi monitorado. Detectou-se que, durante a gravação e no momento da alucinação, a atividade da mente era idêntica. O estudo provou que a hipnose realmente existe e funciona como uma simulação da realidade, sendo possível ver, ouvir e sentir o que o hipnotizador sugere.

Você é hipnotizável?

Pode ser que você também não saiba, mas a hipnose é mais comum do que se pode imaginar. Certamente você já foi hipnotizado de forma sutil. Por exemplo: ao caminhar para algum lugar que você já conheça, por um acaso se distraiu com seus próprios pensamentos e, ao chegar, não se lembrava do caminho que fez? Seu corpo respondeu automaticamente sem que você precisasse pensar e isso pode ser considerado uma forma de hipnose.

O que conta na hipnose é prender a atenção da pessoa, reduzindo seu grau de inibição.

As palavras ditas para hipnotizar alguém não têm tanta importância; o que realmente importa é o jeito de falar e o tom da voz.

O método mais assertivo e mais comum utilizado pelos pesquisadores da hipnose é conhecido como Escala Stanford. É realizado um teste que dura em torno de 50 minutos contendo 12 exercícios, entre eles: regressar à infância e ficar sem sentir odores fortes, além de esquecer tudo o que foi dito durante a sessão.

Cinco métodos mais utilizados para hipnotizar

1. Fixação dos olhos

Criado por James Braid, este é o método mais tradicional. O hipnotizador pede ao paciente que se concentre fixamente em algum objeto.

2. Narrativa

O hipnotizador pede que o paciente relaxe membro a membro, depois disso faz com que ele imagine uma história.

3. Confusão

Indicado para pessoas resistentes, a técnica funciona de forma a iludir a pessoa, como, por exemplo, propor um aperto de mão que se transforma numa massagem.

4. Desequilíbrio

O hipnotizador propõe que a pessoa pare numa posição desconfortável e difícil para se manter em pé e para isso pede que se concentre em seus membros.

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5. Choque

Inicia-se como uma hipnose comum, mas se passa por movimentos bruscos como jogar a cabeça do paciente pra trás, seguido de um grito, como por exemplo: “Durma.”

  • Texto escrito por Natália Nocelli da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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