Autoconhecimento Psicologia

Liberdade enquanto possibilidade

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Escrito por Tatiane Mosso

Se perguntarmos para algumas pessoas o significado da palavra liberdade, certamente muitas responderiam algo similar ao dicionário: estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral (Dicionário Michaelis). Ou seja, poder ir onde desejamos, dizer o que pensamos e fazer o que temos vontade. Não descartarei o significado do dicionário, mas me atentarei a fazer uma reflexão sobre liberdade a partir da psicologia.

Podemos entender alguém livre como uma pessoa que pode ir a lugares e escolher o que fazer ou não fazer. Ou seja, estamos falando em poder enquanto possibilidade, assim, liberdade é ser aberto às possibilidades.

Quando falamos em ser livre e estar aberto a possibilidades precisamos nos atentar ao fato de que somos livres para fazer as escolhas que nos cabem, mas temos nossas limitações. Algumas coisas não nos cabe escolher, elas nos são “dadas” pela vida independente da nossa vontade. Falar de liberdade é também falar de escolha,. Podemos, por exemplo, escolher entre aceitar uma nova proposta de trabalho ou recusá-la. Escolher entre ir a uma festa ou deixar de ir porque nosso companheiro ou companheira não aprovou a ideia. Essas são possibilidades e as escolhas sempre são nossas, assim como suas consequências, sejam elas boas ou ruins.

Muitas vezes nos deixamos levar pelo burburinho do mundo, permitindo que pessoas decidam por nós. Mas será que o que faz sentido para o outro também faz sentido para você? Muitas vezes, não. Por isso é tão importante o exercício da autenticidade, afinal de contas, as consequências das escolhas serão sempre suas.

Poder escolher, por um lado, nos deixa poderosos e felizes e, por outro, limitados e tristes, pois, quando escolhemos uma determinada coisa, necessariamente abandonamos outra.

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Escolher também é, de algum modo, perder. Por isso é tão importante a busca pelo autoconhecimento, para que possamos nos apropriar de nossos desejos e fazer escolhas que sobreponham a experiência de perda e enalteçam o sentimento de alegria e o exercício de ser livre.

Boas escolhas a todos!

Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.

Simone de Beauvoir

Sobre o autor

Tatiane Mosso

Psicóloga (CRP 06/117983), com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN. Atua na área clinica, em seu consultório particular em São Paulo.

Uma breve elucidação...

A psicologia é uma ciência da área da saúde e minha sustentação dessa clínica se faz na perspectiva Fenomenológico-Existencial, que é uma área do conhecimento inspirada na filosofia e que busca uma compreensão ampla do ser humano, considerando sua história de vida e respeitando sua singularidade. A psicoterapia existencial é apenas um dos caminhos da psicologia para acompanhar a experiência do outro, que se dá a partir da articulação de sentido que se faz e que não é estática, afinal, vida é movimento!

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