Podemos entender alguém livre como uma pessoa que pode ir a lugares e escolher o que fazer ou não fazer. Ou seja, estamos falando em poder enquanto possibilidade, assim, liberdade é ser aberto às possibilidades.
Quando falamos em ser livre e estar aberto a possibilidades precisamos nos atentar ao fato de que somos livres para fazer as escolhas que nos cabem, mas temos nossas limitações. Algumas coisas não nos cabe escolher, elas nos são “dadas” pela vida independente da nossa vontade. Falar de liberdade é também falar de escolha,. Podemos, por exemplo, escolher entre aceitar uma nova proposta de trabalho ou recusá-la. Escolher entre ir a uma festa ou deixar de ir porque nosso companheiro ou companheira não aprovou a ideia. Essas são possibilidades e as escolhas sempre são nossas, assim como suas consequências, sejam elas boas ou ruins.
Muitas vezes nos deixamos levar pelo burburinho do mundo, permitindo que pessoas decidam por nós. Mas será que o que faz sentido para o outro também faz sentido para você? Muitas vezes, não. Por isso é tão importante o exercício da autenticidade, afinal de contas, as consequências das escolhas serão sempre suas.
Poder escolher, por um lado, nos deixa poderosos e felizes e, por outro, limitados e tristes, pois, quando escolhemos uma determinada coisa, necessariamente abandonamos outra. Escolher também é, de algum modo, perder. Por isso é tão importante a busca pelo autoconhecimento, para que possamos nos apropriar de nossos desejos e fazer escolhas que sobreponham a experiência de perda e enalteçam o sentimento de alegria e o exercício de ser livre.
Boas escolhas a todos!
Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.
Simone de Beauvoir