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Mulher, Mãe e Empreendedora, como ser três em uma?

Imagem de uma floricultura e em destaque uma mulher mãe e empreendedora segurando dois casos de plantas.
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Escrito por Priscila Sarmento

O empreendedorismo feminino mostra como as mulheres têm conquistado seu espaço. Com histórias diversas, elas demonstram resiliência e determinação. O aumento do empreendedorismo feminino no Brasil, evidenciado por dados do SEBRAE, reflete essa mudança. Mulheres como Aline e Barbara mostram a força de equilibrar múltiplos papéis, sendo mães e empreendedoras.

Todo mundo sabe que nós mulheres somos multitarefas, fazemos mil coisas ao mesmo tempo, mostrando que de sexo frágil não temos nada. E que, estamos mudando a mentalidade pouco a pouco nos destacando na conquista do nosso espaço.

O empreendedorismo feminino vem crescendo a passos largos e mudando a vida de muitas mulheres que trocaram de profissão, ficaram desempregas e precisavam de uma renda extra ou até mesmo a realização de um sonho.

Cada história começa de um jeito único. Há mulheres que começaram na sua cozinha com aquela panela velha e hoje são donas dos seus restaurantes e fábricas. Ou aquela que começou fazendo bainha na máquina de costura da vó e conquistaram seu espaço na moda. Enfim, a vida sempre arruma um jeito de começarmos, mesmo que seja no desespero.

Devida a essa mudança comportamental, o Brasil vem tendo um enorme reflexo no empreendedorismo feminino segundo pesquisas do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2019, o número de empreendedoras brasileiras é de 24 milhões, um número que até então era praticamente impossível. Algo que nós mulheres já provamos o contrário.

Pesquisas a parte, você já se perguntou como é ser mulher, esposa ou não, mãe e empreendedora? Hoje em dia muitas são chefes de família que na minha opinião, são verdadeiras guerreiras, pois fazer tudo isso precisa de muito equilíbrio emocional e foco. Transformam 24h em 48h, dando atenção aos filhos, marido e ainda tem tempo para o salão, cansei só de pensar.

Uma dessas guerreiras é a empresária Aline Andriolo que é jornalista e bacharel em Direito. Tem dois filhos, Heitor de seis anos e Davi de um ano. Atualmente trabalha na área jurídica e, em paralelo empreende posicionando a marca Jeunesse (Empresa de Orlando que existe em mais de 140 países e fabrica produtos para saúde, bem-estar e antienvelhecimento.)

Sou distribuidora há mais de três anos e completamente apaixonada pelos resultados que os produtos dessa empresa proporcionam.” Diz.

Aline Andriolo
Mulher e mãe brasileira trabalhando em seu ateliê de costura.
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Com a alma de empreendedora, Aline começou aos sete anos quando tentou vender doces para os amigos, montando uma pequena lojinha no portão de casa. E não parou por aí, seguiu outros ramos como lingerie, doces, perfumes e acessórios, mas foi na Jeunesse que ela encontrou seu lugar. “Me encantei com esse modelo de negócio no qual posso fazer nas horas vagas, é totalmente meritocrático, não me preocupo com a parte burocrática, escolho com quem quero trabalhar e consigo ajudar outras pessoas.” Explica.

Ela também contou com a ajuda do seu marido e família que entenderam suas ausências em determinados momentos, o que deu uma injeção de coragem e força para continuar. “Ser mãe, esposa e empreendedora é viver equilibrando pratos. Mas, com muita organização, planejamento e ter a consciência de que nem tudo vai ser do jeito que a gente quer, conseguimos dar conta, pois a maior dificuldade é querer abraçar o mundo. Querer se multiplicar para estar com os filhos e produzir.” Comenta.

A dica que Aline dá para quem quer mudar, mas tem medo é: “Se você está insatisfeita com a sua vida atualmente, pensa como ela estará daqui há cinco anos se você continuar fazendo a mesma coisa. Vai mudar para melhor? Para pior? Dependendo da sua resposta, pensa bem, senão é hora de começar a buscar algo novo. Para quem tem medo de largar o emprego fixo para empreender, busque inicialmente algo que possa tocar em paralelo e aí com o tempo avalia se realmente faz sentido para você esse empreendimento e toma a sua decisão de seguir ou não.” Conclui.

Outra que também mudou a vida empreendendo é a Barbara Coutinho, 42 anos, professora, casada há 11 anos e tem uma filha de 10 anos, quando ficou desempregada a primeira coisa que fez foi buscar na internet fontes de renda extra, foi quando conheceu o marketing digital e hoje é empreendedora do marketing de afiliados.

Comecei a pesquisar sobre o assunto, em conteúdos gratuitos, e quando tinha uma dúvida eu não tinha a quem recorrer, então, fui para os cursos pagos e tudo que sei hoje agradeço aos cursos que fiz. Por isso eu me tornei uma empreendedora digital e quero poder dar a ajuda que não tive.

Bárbara Coutinho
Imagem de uma mulher negra e seu filho. Ela está trabalhando com ele ao seu lado.
FatCamera / Getty Images Signature / Canva Pro

Sempre apoiada pelo marido e família, Bárbara se sentiu mais forte e focada. Faz cursos de aperfeiçoamento na área digital, tem seu Instagram profissional e acredita que pode mudar a vida de muitas pessoas com seu trabalho e conhecimento.

No começo foi bem complicado, mas aos poucos fui adaptando meu dia a dia com a rotina do trabalho. A minha maior dificuldade, foi e ainda é gravar vídeos para postar nos meus stories, ainda tenho vergonha.

Bárbara Coutinho

Bárbara ressalta que para mudar de vida é preciso ter em mente o que você quer fazer, escolher algo que goste, estudar sobre o mercado, pesquisar qual nicho, estudar a persona para quem você quer vender, ou serviço que pretende oferecer. “No começo a gente pode ter, medo, insegurança, dúvidas, mas não deixe que isso te impeça de ser uma empreendedora de sucesso. Mostra para você mesma, o quanto é capaz.” Conclui.

Muitas fazem do sonho de empreender algo ainda maior, ajudar ao próximo. Transformam suas trajetórias de vida em exemplo como a Luiza Helena Trajano, advogada e diretora das lojas Magazine Luiza, mas ela é muito conhecida também pelo seu projeto social onde é líder do grupo Mulheres do Brasil, criado em 2013 com o objetivo de incentivar as mulheres a serem empreendedoras. E não para por aí, Alcione Albanes que empreende desde criança rifando seus pertences para ter um dinheiro, hoje ela é dona de uma loja de materiais eletrônicos e fundadora da ONG Amigos do Bem, que ajuda pessoas em situações de vulnerabilidade a terem uma vida melhor.

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Muito bom saber que essas mulheres não só mudaram suas vidas para melhor como também estão mudando a vida de outras pessoas. Seja você essa pessoa também, se deseja mudar e não sabe ou não tem coragem, de o primeiro passo que é fazer, olhe no espelho é diga que você também pode. Quando acreditamos em nós mesmos, tudo começa a dar certo.

Sobre o autor

Priscila Sarmento

Formada em publicidade pela Escola Técnica de Publicidade e Propaganda — ETEC, em 2000. Superior completo em jornalismo pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2005. Pós-graduada em marketing também pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2009. Especialização em marketing digital EAD na UCAM, em 2019.

Jornalista na empresa de RH Simetria, assessora de comunicação na Fiocruz — INI, desenvolvimento de cooperado na UNIMED.

Realizei alguns trabalhos com criação de materiais publicitário, diagramação e arte como freelancer.

Email: pris.sarmento@yahoo.com.br
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