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Natal: origem, história e evolução

Árvore de Natal decorada ao fundo, e mesa com comida e bebidas para a ceia natalina.
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O Natal é comemorado no dia 25 de dezembro e é a celebração do nascimento de Jesus Cristo para os cristãos. Há um bom tempo, a data festiva cristã se transformou em um consumismo exagerado: casas enfeitadas com luzes pomposas e decorações extravagantes, presentes grandiosos embaixo de árvores e reuniões familiares onde a meia-noite do dia 25 é esperada ansiosamente para presentear pessoas queridas. Mas o que realmente significa o Natal? Há quantos anos a data é comemorada e o que ela significava às pessoas na antiguidade? Atente-se aos próximos parágrafos e entenda como esta grande comemoração começou!

A história do Natal começou aproximadamente sete anos antes do nascimento de Jesus Cristo.

Entre os dias 21 e 22 de dezembro, ocorre o “solstício de inverno” (no Hemisfério Norte), que é a noite mais longa do ano e o momento em que o sol começa novamente a ficar mais tempo no céu. Na antiguidade, considerava-se uma vitória do sol sobre a escuridão. Desta forma, cada cultura desenvolveu uma forma de celebrar tal momento. Com o poder de aparentemente governar as estações, o solstício causou diversas reações: ritos de fertilidade, festivais de fogo, oferendas, entre outros. Em um tempo em que o homem deixava de caçar para dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava grandes colheitas no ano seguinte, então claramente seria uma grande festa para o povo!

Três pinheiros em miniatura em um ambiente totalmente branco, com neve falsa caindo.

Na Mesopotâmia, a celebração tinha duração de 12 dias. Os gregos aproveitavam o fenômeno para cultuar o deus do vinho e da vida mansa. Os egípcios traziam à memória a passagem de Osíris para o mundo dos mortos. Os antigos romanos festejavam a Saturnália, festival em que trocavam presentes entre si e também os papéis sociais (uma mistura do nosso Natal e do nosso Carnaval).

Podemos notar que as festanças e comemorações ocorriam no mês de dezembro, mas por que o dia 25 foi fixado como data universal antes mesmo de o povo cristão anunciar o nascimento de Jesus Cristo? O imperador Constantino fixou a data do Natal no dia 25 de dezembro, pois neste dia os romanos comemoravam a festa solar em Roma e idolatravam o deus Mitra.

O dia 25 de dezembro era apenas um dia de muitas comemorações pagãs, como podemos ver. O Natal foi denominado dia do aniversário de Jesus por volta do século lV da nossa Era, e isso ocorreu pelo fato de que não se sabia (e ainda não se sabe) ao certo o dia do nascimento de Cristo, então os cristãos aproveitaram as festividades do solstício e “cristianizaram” a data. Nos primeiros séculos de sua existência, o povo cristão não festejava o nascimento de Jesus, mas com o transcorrer das décadas, à medida em que a Igreja crescia e ganhava poder, surgiu a necessidade de englobar os cultos pagãos ao seio da organização cristã. Celebrar solenemente o dia do nascimento de Jesus foi uma das diversas medidas implementadas nesse sentido.

Resumindo, o povo cristão simplesmente incorporou no seu calendário de comemorações as tradições que já existiam muito antes dos mesmos.

Mas por que os presentes? Na antiguidade, os povos, como já citado antes, trocavam presentes e também faziam oferendas aos deuses. No cristianismo, a tradição de dar presentes provém dos magos que levaram ouro, incenso e mirra para Jesus. Mas obviamente a civilização se perdeu no meio deste caminho. Na atualidade, o Natal não é apenas uma data religiosa em que comemora-se o nascimento de Cristo, mas também a data mais comercial do ano. O dia 25 de dezembro se tornou a data festiva quando a população mais gasta dinheiro em presentes e futilidades. Vitrines chamativas, casas reluzentes que praticamente concorrem por quantidade de enfeites e árvores que simbolizam o espírito natalino se estiverem repletas de pacotes coloridos de diversos tamanhos: é esta a imagem que muitas crianças têm do Natal. O nascimento de Jesus e a espiritualidade incumbida na data foram deixadas de lado, pois o que a civilização atual enfatiza é o poder de compra. Assim sendo, já se entende desde pequeno que a data é um grande comércio.

Para empresas, escolas e faculdades, o Natal simboliza o famoso “amigo secreto” e a época de recesso. Para as crianças, a data quando o presente mais esperado do ano pode chegar. Para os adultos, o momento em que a carteira provavelmente ficará vazia, pois a sociedade impõe a necessidade de presentear entes e amigos queridos. No início da comemoração cristã, o Natal era símbolo de união e confraternização entre pessoas e famílias e de celebrar o nascimento do Cristo Salvador ao redor de uma mesa farta e de toda a sensibilidade que a data prega.

Obviamente, existem pessoas que ainda valorizam o verdadeiro sentido da data, que é o nascimento de Jesus. E este fato não é simplesmente um nascimento, mas o início de uma nova Era. Jesus veio para salvar o povo, para vencer os pecados e para morrer por todos os pecadores. Foi culpado e crucificado, mesmo sendo inocente. O amor que Ele pregou foi e permanece sendo maior do que qualquer ressignificação que o ser humano possa querer dar a esta data comemorativa.

Natal é a época de olhar para o outro e de dar vazão à solidariedade para tentar enxergar o mundo da mesma forma que Jesus enxergou. Como os presentes já estão inclusos na nossa cultura, por que não fazer campanhas para arrecadar presentes para dar àqueles que não terão sequer uma ceia farta? Muitas crianças esperam apenas a chegada de um bom velhinho de roupas vermelhas que carrega um saco cheio de sonhos, mas podemos presenteá-las inicialmente transparecendo amor e união.

Menino pequeno em frente de um homem vestido como Papai Noel, que segura uma cartinha enquanto olha para a criança.

O feriado mais famoso do mundo surgiu com a comemoração de dias mais longos, quando os presentes dos trabalhadores eram colheitas fartas e ter o sol por mais tempo no céu. Hoje, com a comercialização da data, é impossível dizer que não há um clima diferente. As pessoas se unem, seja por presentes ou não, a união se torna mais concreta e o povo se aproxima desejando um “feliz Natal”.

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Não importa se você conhece ou não alguém, no dia 24 e no dia 25, a frase que mais sai da sua boca acompanhada de um largo sorriso é: “feliz Natal”. Retorne ao verdadeiro sentido da data e proporcione sorrisos ao próximo!

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