Ego e sabedoria
As nossas percepções de mundo vão se moldando ao longo da vida. Ou seja, a partir de nossas novas experiências vamos não só tendo um maior embasamento sobre as coisas, mas também formando o nosso próprio caráter e nosso jeito de ser. Nós somos frutos de tudo: pensamentos, convivência, sentimentos, anseios materiais etc. Mesmo assim, nada, absolutamente nada é garantia de que o ego que será formado seguirá um rumo pré-determinado. Uma criança que receber todas as orientações positivas poderá ter poucas características boas no futuro, pois não se trata de uma ciência exata.O ego é algo que deve ser lidado com muita cautela. Estimulado em excesso, uma criança pode passar de autoconfiante para um adulto arrogante que não ouve ninguém e se acha superior. Já uma criança que tem seu ego controlado em excesso pode tornar-se um adulto sem autoestima e não confiar em si próprio para alcançar seus objetivos, sendo que o ideal era se tornar uma pessoa sensata e com os pés no chão.
Considerando que o ego não é um fenômeno isolado dentro de nós, mas a consequência da interação entre o indivíduo e o social, muitas pessoas costumam focar-se apenas no que deve ser melhorado e mudado nas outras pessoas, em vez de pensarem em si mesmas… Afinal, vamos admitir, analisar e propor soluções para os problemas dos outros é muito mais fácil do que pensar em nossas falhas. Faz todo o sentido, inclusive biologicamente falando: os nossos olhos observam o mundo exterior e não conseguem se enxergar. Para isso, utiliza-se algum artefato externo, como um espelho, que nos ajuda a enxergar nossa face.
Moldando o nosso ego a ser criterioso com ele próprio, a gente pode buscar a paz de espírito e evoluir intelectualmente. Uma pessoa que busca se aperfeiçoar e corrigir seus próprios erros, controlar suas vaidades e ter cautela na relação com o próximo será uma pessoa adiantada e, principalmente, um exemplo para todos.
Escrito por Diego Rennan da equipe Eu Sem Fronteiras