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Pansexualidade: Entendendo a forma de amar além do gênero

Mulher com bandeira pansexual
Tim Samuel de Pexels / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A pansexualidade ganhou mais espaço na sociedade, com a expansão da diversidade e descoberta de novos gêneros. Diversos famosos como Janelle Monáe, Reynaldo Gianecchini, Rainer Cadete, Preta Gil, Miley Cyrus, a empresária e influenciadora digital Bianca Andrade e outros têm abertamente declarado sua pansexualidade. A orientação sexual também ganhou a sua própria bandeira, criada em 2010, que possui três cores: rosa, amarelo e azul. A pansexualidade se destacada por não se prender a gêneros tradicionais. Quer entender mais sobre essa orientação? Então vem com a gente e descubra, de forma mais profunda, essa forma de amar.

Nos últimos anos, o termo pansexual emergiu das sombras e se tornou uma parte essencial da comunidade LGBTQIA+.

Embora a diversidade de orientações sexuais sempre tenha existido, foi somente na era moderna que a sociedade começou a nomear e a reconhecer as diferentes formas de expressão do afeto e da atração.

Essa diferenciação é fundamental, pois dá visibilidade a indivíduos que, por muito tempo, permaneceram escondidos, sem compreender plenamente sua identidade.

Por isso, hoje, a pansexualidade está cada vez mais presente nas conversas e discussões sobre sexualidade e identidade de gênero e desempenha um papel vital no contexto do Orgulho LGBTQIA+, merecendo compreensão e respeito.

Ao longo deste artigo, convidamos você a conhecer essa orientação sexual de forma mais profunda, promovendo a inclusão e o entendimento no caminho para uma sociedade mais diversificada e acolhedora.

Pansexualidade: origem do termo

Pansexualidade
Mark Poprocki Creative, LLC / Canva

O termo pansexual tem raízes na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, que, no início do século XX, explorou a sexualidade humana além das categorias tradicionais de heterossexualidade e homossexualidade.

Embora tenha sido atestada, pela primeira vez, em 1917, a definição de pansexual ganhou mais notoriedade e ficou mais clara em tempos mais recentes.

Já sua inclusão na comunidade LGBTQIA+ não tem uma data específica, pois ocorreu de forma gradual e orgânica quando ativistas reconheceram a necessidade de representar ainda mais a diversidade de orientações sexuais. Ou seja, apesar de existir há mais tempo, a pansexualidade ganhou notoriedade nos anos 1990, sendo associada ao ativismo e ao debate de gênero, visando incluir pessoas fora da binaridade e destacar todas as possibilidades de sexualidade.

O que é pansexualidade?

Afinal, o que é uma pessoa pansexual? De modo resumido, é a pessoa que sente atração ou interesse romântico e/ou sexual em pessoas independentemente de suas identidades de gênero.

Isso quer dizer que alguém pansexual é atraído por todas as identidades, sem restrições, rompendo barreiras e não se prendendo, em suas relações, a rótulos de gênero.

Essa orientação tem ganhado destaque nos últimos anos, com diversas personalidades públicas se identificando como pansexuais e, assim, ajudando a ampliar a visibilidade e o entendimento da diversidade de orientações na comunidade LGBTQIA+.

Famosos como Janelle Monáe, Reynaldo Gianecchini, Rainer Cadete, Preta Gil, Miley Cyrus, a empresária e influenciadora digital Bianca Andrade e outros têm abertamente declarado sua pansexualidade.

Essas figuras públicas contribuem para promover a compreensão e a aceitação de pessoas pansexuais, demonstrando que o amor e a atração não estão limitados pelas convenções de gênero.

Bandeira pansexual: entendendo as cores

Bandeira pansexual.
Miguel Guasch / Canva

Criada em 2010, de forma online, a Bandeira do Orgulho Pansexual possui três faixas horizontais: uma rosa, outra amarela e a terceira azul.

O rosa representa o feminino, o amarelo abrange todas as outras identidades (as pessoas não binárias), e o azul simboliza o masculino.

Juntas, as três cores representam a diversidade e inclusão do desejo das pessoas pansexuais.

Dia internacional do Orgulho Pansexual

O Dia Internacional do Orgulho Pansexual é celebrado em 08 de dezembro. Ele tem suas raízes na crescente conscientização e visibilidade da pansexualidade ao longo das últimas décadas. Essa data busca celebrar e empoderar a comunidade pansexual, fornecendo um espaço para que indivíduos possam expressar sua identidade com orgulho e sem medo de discriminação.

Já no dia 24 de maio é celebrado o Dia da Consciência e Visibilidade Pansexual e Panromântica, data que surgiu como um esforço para educar e sensibilizar o público sobre a pansexualidade e panromanticidade. Essa data destaca a importância de reconhecer e compreender as experiências únicas desse grupo na comunidade LGBTQIA+, promovendo ainda mais igualdade.

Ambas as datas visam promover a aceitação da pansexualidade, trazendo para o debate questões que envolvem a sexualidade e o respeito pela diversidade. Além disso, servem como um lembrete importante de que a diversidade de orientações sexuais e a de identidades de gênero merecem reconhecimento e respeito.

Datas como essas representam um marco no avanço da conscientização sobre a diversidade de orientações sexuais e identidades românticas, bem como na luta contra o estigma e a discriminação, que, muitas vezes, afetam as pessoas pansexuais e panromânticas.

Bissexual e pansexual: qual a diferença?

Bandeiras LGBTQIA+
alessandrobiasciol / Canva

A diferença entre bissexualidade e pansexualidade é, muitas vezes, mal compreendida, mas ambos os termos se relacionam com a atração por pessoas de diversos gêneros.

Inicialmente, a pansexualidade surgiu para combater o preconceito contra pessoas trans na comunidade LGBTQIA+. Isso ocorreu porque muitas pessoas bissexuais eram percebidas rejeitando pessoas trans ou não binárias, tanto no movimento quanto em relacionamentos. No entanto, essa conceituação evoluiu ao longo do tempo.

Desse modo, a diferença entre essas orientações está no contexto histórico, na maneira como cada uma é definida e no modo como cada pessoa sente atração.

Enquanto, na bissexualidade, a pessoa pode ter preferência por apenas alguns gêneros, na pansexualidade a atração não é limitada. Ou seja, para pansexuais, isso não é um fator relevante em sua atração. É como afirmar: “gosto de pessoas, não importa o gênero”.

Portanto, a principal diferença reside na maneira como o gênero é considerado na relação: na bissexualidade, pode haver limitações, enquanto na pansexualidade, ele não é um fator determinante.

No entanto, é importante destacar que a pansexualidade não é um subgrupo da bissexualidade e que esse pensamento acaba invisibilizando as pessoas que se identificam como pansexuais. É fundamental compreender a pansexualidade para construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com todas as orientações sexuais.

Tudo sobre outros tópicos da comunidade LGBTQIAP+

A pansexualidade, que inicialmente surgiu como um termo nos estudos de Freud e depois foi incluída na comunidade LGBTQIA+ como forma de inclusão para pessoas trans e não binárias, demonstra como as orientações sexuais evoluem ao longo do tempo, desafiando estereótipos e rótulos.

Ao dar visibilidade à pansexualidade e a outras identidades na comunidade, promovemos um ambiente mais inclusivo e respeitoso, onde todos podem expressar sua identidade de forma autêntica.

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O respeito pelas diferentes orientações sexuais é fundamental para construir uma sociedade mais igualitária e acolhedora para todos. Compartilhe esse conteúdo nas redes sociais, com seus amigos e familiares, e ajude a disseminar informações para acabar com preconceitos.

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