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Por que a vida humana é tão frágil?

Mulher se admirando
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Escrito por Luis Lemos

Você já percebeu o quanto a vida humana é frágil? Muitas vezes, só nos deparamos com esse fato quando vemos uma pessoa partindo cedo demais, ou quando adiamos nossos planos até que esteja tarde demais para realizá-los. Por meio do artigo a seguir, você terá a oportunidade de olhar para essa questão com o auxílio da filosofia. Reflita sobre o que nos trouxe até aqui.

A vida humana, toda ela, deve ser vivida da melhor forma possível, mas não de qualquer jeito. Ela deve ser vivida extraindo o que há de melhor nela: a amizade, o conhecimento, o respeito, o companheirismo, a paz, a saúde etc. E não existe essa de seguir uma receita para “ser feliz”. Para sermos felizes, o amor é fundamental. Ou seja, não existe felicidade sem amor.

No entanto, como amar se o amor tornou-se matéria escassa? Como enfrentar a fragilidade e a finitude da existência humana? O que fazer para “suportar” as dores do mundo? As nossas dores existenciais? Como “superar” os nossos medos? Como levar uma vida boa e feliz? É possível viver sem sofrimento? Por que a vida humana é tão frágil?

Naturalmente não temos respostas para essas perguntas. O que temos são mais perguntas. Por que as pessoas perdem a vontade de viver? O que causa a falta de vontade de viver? O que dizer para uma pessoa que perdeu a vontade de viver? O que fazer quando a vida não tem mais sentido?

Mulher pensando ao lago.
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Sei que quando estamos amando, a felicidade fica estampada no nosso rosto e a humanidade aflora nas nossas atitudes. O que isso quer dizer? Que o outro deve vir sempre em primeiro lugar e nunca os nossos interesses. O pensamento altruísta é uma forma gloriosa do ser humano amenizar um pouco as suas dores existenciais.
O bom, o bonito e o extraordinário na vida humana é poder viver de forma simples, livre e responsável. Não deixa, porém, de ser verdade que vivemos numa época em que não se valoriza a liberdade, a simplicidade e a responsabilidade.

O importante é que, quando somos livres, simples e responsáveis, a esperança satisfaz de uma vez por todas os sonhos humanos. Com isso, devemos estar preparados para os desafios que se apresentam. A vida humana é sempre bela em sua incompletude.

Nada explica a incompletude humana, a não ser a felicidade. Quando estamos felizes o universo coaduna com as nossas atitudes. A felicidade humana não é um ponto de chegada e sim uma conquista diária. Quem deseja ser feliz deve adotar a travessia como ponto de partida.

Caminhando chegamos aonde quisermos. Tudo é possível para quem busca alcançar os seus objetivos. Quem deseja ser feliz, por exemplo, será feliz, mas desde que não consideremos as coisas limitadamente. Fazer o bem, ser ético, justo, solidário e leal é a melhor forma de se atingir o sucesso.

Por isso, a vida é sempre soberana e bela quando adotamos o ponto de vista da sabedoria popular que diz: “O primeiro passo para a cura é saber qual é a doença”. Daí a grande pergunta que fica é a seguinte: Como prolongar a nossa vida sobre a terra e como vivermos bem sem prejudicar os outros, o planeta?

O indivíduo prudente, que toma precauções para evitar surpresas desagradáveis, torna-se feliz e realizado a vida inteira. Pessoalmente, considero que uma vida boa, realizada e feliz é quando somos defensores da liberdade, da natureza, da justiça e do amor. O amor garante o sucesso da vida afetiva.

Natureza
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Baseado nessa ideia, acreditamos que quando somos solidários, justos e colaborativos, o Divino vem e faz morada na nossa vida. O universo religioso supera a mediocridade do plano material. Em outras palavras, os dons espirituais são superiores aos dons intelectuais.

Como disse o pensador Nietzsche: “Aquele que abandonou a Deus prende-se em redobrada severidade à crença na moral”. A emergência de uma vida boa, feliz e realizada, nos tempos atuais, passa pela junção da fé, da vontade e da coragem de lutar.

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A partir de então, cada um de nós carrega dentro de si a capacidade e a vontade de ser feliz. Sendo solidário, portanto, toda pessoa pode e deve ser feliz. Por fim, digo-lhe uma palavra: a vida humana é extremamente boa, bela e soberana. Nada pode tirar de você a vontade de viver.

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

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