Espiritualidade

Quais chacras são ativados quando há amor e paixão?

Escrito por Nadya Prem

Será que dá para definir os limites entre paixão e amor?

Na relação entre duas pessoas, eles se confundem, mas existe uma grande diferença entre um e outro.
Sentir atração por alguém é o começo de tudo. Você olha para aquela pessoa e algo lhe chama atenção, um desejo que vem e uma emoção que faz o coração bater mais forte. É como se tudo ao redor parasse e você se volta completamente para aquele ser.

O jogo de sedução tem início e quando é correspondido,  um mundo de expectativas se abre. Este é o inicio da paixão. Energeticamente falando, os laços da paixão se desenvolvem nos três chacras inferiores:

Chacra Muladhara (base da coluna)

Nos primeiros contatos com o parceiro o olfato é o sentido que aproxima. O perfume que a pele exala e que desperta a sexualidade, os sentidos animalizados, as forças telúricas.

Chacra Swadhisthana (baixo ventre)

A energia sexual, a sedução, a união profunda, a libido e as sensações de dor e prazer.

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Chacra Manipura (gástrico)

A região das emoções, dos desejos, do ego que alimenta as paixões, o poder pessoal, querer e possuir para si.

É muito bom se sentir apaixonado! A vida ganha novas cores, o humor melhora, o corpo parece mais saudável… A paixão é uma força que nos aterra e a gente se sente vivo!

Quem nunca viveu uma paixão?

Porém, ela pode nos colocar em armadilhas e sofrimentos. A paixão é vivenciada na esfera do ego e movida por desejos de posse, de emoções fortes e ativadas por nosso lado mais “animal”.

Mulher sentada com as pernas cruzadas, e pontos coloridos marcam seu corpo e ao lado o nome do chacra está escrito da mesma cor.
Shuttershock

A razão passa para segundo plano e sonhamos com um parceiro idealizado. Claro, que as expectativas, com o passar do tempo se frustram e nenhuma paixão sobrevive por si só. Por isto, para que a relação cresça e continue a ser saudável, a empolgação inicial tem que ser amplificada, aos poucos, pelos laços do amor.

A participação consciente dos chacras médio cardíaco e superiores começam a agir na relação.

Quando a paixão acaba e não há indícios de amor ou outro interesse comum, a relação chega ao fim naturalmente, como fogo que se apaga de um lado ou de ambas as partes.

Nos relacionamentos em que há um compromisso karmático, sempre terá uma fagulha que continuará a aquecer e dar continuidade ao vínculo, pelos compromissos assumidos em outras vidas.

No envolvimento do chacra médio e superiores, outras vertentes passam a influenciar e movimentar o relacionamento. Os conflitos surgem derivados das limitações que cada um carrega em seu espírito e que são trazidas à tona à medida que o convívio fica mais íntimo. É um aprendizado mútuo que tem por objetivo fazer brotar o amor incondicional.

Chacra Anahata (centro cardíaco)

O amor incondicional é emanado por este chacra. Nele habita o sentimento compassivo. É a essência espiritual que pulsa. Unindo as emoções dos chacras inferiores a razão e espiritualidade, ele é o transformador dos desequilíbrios e apaziguador das relações.

Através do Anahata a cura se manifesta e os laços eternos de amor são criados.

Nos chacras superiores a consciência atua conforme seu padrão mental e condição espiritual, que definirão a capacidade de compreensão e respeito  que o espírito traz pelo parceiro.

A qualidade de reconhecer a responsabilidade pelos seus sentimentos; para se abster de julgamentos, preconceitos e crenças limitantes. A aceitação do outro.

Chacra Vishudha (centro laríngeo)

Comunicação e expressão em nossas relações. Concentra emoções e razão. Crenças, valores que o espírito carrega como “verdade” e que se manifestam neste chacra, influenciando no jogo da paixão e do amor.

Desenho de pessoa sentada com as pernas cruzadas, e os chacras marcados com pontos e linhas.
Pixabay/Gerd Altmann

Chacra Ajna (entre as sobrancelhas, centro frontal)

Sede das forças mentais mais elevadas, da consciência expandida que se manifesta no coração. Neste chacra o espírito traz a capacidade de sair dos condicionamentos mentais e emocionais que atrapalham a relação.

Chacra Sahashara (alto da cabeça)

Conexão espiritual com o Divino que nutre o coração amoroso, para a compaixão e a reconexão com o Todo.

Os desequilíbrios dos chacras inferiores e superiores impedem o fluxo do amor incondicional. A paixão deseja, é possessiva e ciumenta. Ela flui no egoísmo e  precisa do amparo da consciência desperta para que não resulte em tragédia, violência, dor e sofrimento. A razão deve acompanhar o desenrolar de uma paixão direcionando-a para o coração.

Consciência, amor incondicional e paixão quando em sintonia revelam casais unidos pela plenitude de corpo e espírito. Este é o tripé que mantêm uma relação entre um casal. Com consciência, dosar o amor com o tempero da paixão. Esse é o aprendizado que todos vivenciamos. Viver entre os desejos da paixão, os julgamentos da mente e o amor incondicional que brota para curar.

Trazemos de vidas passadas, os dramas que a paixão desenfreada e nutrida no egoísmo resultaram. Vemos no mundo, as consequências da falta de amor. Paixões que ferem e destroem as relações. A cada encarnação temos a oportunidade de desfazer os laços de ódio que ficaram das paixões, substituindo pelos laços de amor.

Desenho em papel branco de corpo humano esboçado em cinza, e os pontos coloridos representando os chacras no centro do corpo.
123rf/Monika Wisniewska

A paixão nos vincula energeticamente ao outro,  por cordões fluídicos nos chacras inferiores. O amor incondicional nos une no chacra Anahata. Nada contra a paixão, porque ela nos vitaliza. Paixão pela vida, pela profissão, pelas pessoas. Mas, se o egoísmo toma as rédeas, por limites muito tênues, a paixão se torna uma doença. Quantos casos assistimos de violência passional? Quantos corações destroçados pela paixão avassaladora?

Paixão sim, mas com muito amor! Na evolução da convivência conjugal, os espíritos aprendem o objetivo maior, pelo qual estamos aqui.

Viver a experiência do amor na paixão do corpo.

Sobre o autor

Nadya Prem

Formada em Administração de Empresas e Gestão de Recursos Humanos, Técnica em Naturopatia, Acupunturista. Estudiosa e pesquisadora dos estados alterados de consciência, mediunidade e psicopatologias. Unindo ciência e espiritualidade, desenvolvi junto aos meus guias a ORIENTTI (Orientação Terapêutica Transpessoal Integrativa). Há mais de 30 anos de atuação na esfera transpessoal, médium ostensiva de incorporação e cura, desde a adolescência, buscadora do entendimento e desenvolvimento transpessoal. Atendimento presencial em São Paulo e Itupeva e a distância por skype ou e‐mail. Para mais informações sobre orientação e terapia, agendamento e valores, envie um e‐mail.

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