Desde a nossa infância esperamos ansiosamente pelo período do ano que é um pouco depois do Carnaval, geralmente em abril. É o mês de ganhar chocolates e de comemorar em um domingo com um grande almoço em família. Na escola desenhávamos coelhos com os ovinhos de chocolate e papéis coloridos em volta, com toda a visão lúdica e infantil interessante o suficiente para as crianças amarem essa data.
Todos sabemos que essa data especial é chamada de Páscoa, que tem um grande significado em muitas religiões, como a relação que existe com o Renascimento de Jesus. Mas muitas vezes a verdadeira história da Páscoa passa despercebida por trás de ovos de chocolate cada vez mais elaborados que acabam ganhando mais importância e atenção.
Realmente é difícil encontrar alguém que não goste de saborear um bom chocolate, porém é importante entender o que motivou a existência desses ovos e desta comemoração anual. Certamente não foram os coelhos que esconderam chocolates por aí para as crianças encontrarem.
Ressurreição de Jesus Cristo
Os católicos celebram a Páscoa devido à Ressurreição de Jesus Cristo três dias após a morte dele. Na realidade o período pascal dura 50 dias, entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes.
A verdadeira história da Páscoa, segundo a Bíblia, começa com Jesus Cristo, que viveu anunciando os ensinamentos de Deus, foi condenado de forma injusta e morreu crucificado. Ele foi sepultado na sexta-feira, considerada até hoje a Sexta-Feira Santa. Algumas mulheres que foram ungi-lo com aromas chegaram ao local onde ele havia sido sepultado e viram que o corpo não estava mais lá.
De acordo com a história, Jesus foi crucificado e desceu até o reino dos mortos no terceiro dia, que condiz com o Domingo de Páscoa. Depois, durante 40 dias Jesus teria aparecido para algumas pessoas mostrando que a ressurreição havia acontecido e, em seguida, teria subido aos céus, onde permanece vivo até hoje, em espírito, segundo os cristãos. Para a maioria desses religiosos, a festa propõe reflexão sobre transformação e nova chance, sendo um momento de refletir sobre a vida, de ter esperança e de agradecer a Jesus pelo sacrifício que libertou a humanidade e deu vida a ela.
Algumas religiões, como Umbanda e Candomblé, seguem o catolicismo e por isso comemoram a data da mesma forma. Alguns centros que cultuam essas crenças funcionam com comemorações na Páscoa, mas muitos terreiros não abrem para comemorar e entregar ovos.
No judaísmo a data é conhecida também como “Festa da Libertação”, já que é celebrada a libertação do povo judeu da Escravidão do Egito, que ocorreu há mais de três mil anos. Na noite que costumam celebrar a data, as casas são mantidas limpas e organizadas e o consumo de alimentos fermentados é proibido no dia. Outro hábito é jejuar um dia antes para homenagear os primogênitos que não foram prejudicados pela última praga egípcia.
Certas religiões não costumam comemorar a data, como é o caso das testemunhas de Jeová e dos budistas. Os muçulmanos também não a comemoram, os quais têm o Ramadã como uma de suas cerimônias mais importantes. Já a religião evangélica difere entre comemorar ou não, de acordo com cada igreja.
Mensagem da Páscoa
Além da gratidão a Jesus pela possibilidade que ofereceu a todos para serem salvos e terem vida, segundo os católicos, é também uma data para refletirmos sobre situações, atitudes e palavras na nossa vida que devemos deixar para trás, não nos acrescentam mais ou não nos pertencem.
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Apesar dos finais, sempre existem recomeços, e a energia dessa data comemorativa nos possibilita exercitar a transformação pessoal e acreditar que é possível plantar algo lindo depois de outra coisa ter terminado.
Que seja possível comemorar esta data lembrando tanto dos ovos de Páscoa quanto do verdadeiro significado desse momento, certamente essencial para a nossa evolução, autoconhecimento e transformação na vida.