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Troque a positividade tóxica por aceitação e acolhimento

Mulher alegre fazendo um coração com as mãos
PeopleImages / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Giselli Duarte

Há tempos que eu me incomodo com a forma com que muitas pessoas têm levado certas questões sobre o caminho do autoconhecimento. Algo como transformar a própria vida, da noite para o dia, moldada por certos padrões por anos e talvez décadas, apenas usando afirmações positivas.

“Não posso postar isso para não atrair aquilo”, “Imagina eu falar que estou triste, não posso. Tenho que mentalizar good vibes e mostrar que estou bem”, “Se eu falar que estou assim, atrairei mais disto na minha vida”, “Eu sou feliz, feliz feliz”, dentre tantas outras coisas já lidas, ouvidas e vistas por aí que podemos traduzir como “Prefiro não ‘encarar’ isso agora para não atrapalhar essa minha nova forma de maquiar as coisas e mostrar que eu estou bem, mesmo sabendo que não estou”.

Quando a gente começa a querer beber mais da fonte do saber do autoconhecimento, a gente acaba se deparando com muitas coisas. Assim é em qualquer lugar. Aprender a separar o joio do trigo é uma tarefa que precisa ser feita com o auxílio e o discernimento do Altíssimo para não cair em ciladas. Pois sim, assim como em qualquer lugar, existem pessoas que querem ajudar de fato e outras que querem apenas obter benefício próprio às custas daqueles que estão sedentos pela verdade. Isso é antigo. “Nada de novo no front”, sabemos.

Com tantas novidades para tapar o sol com a peneira, têm sido muito divulgadas formas mirabolantes para atingir o ápice de uma vida feliz e próspera, apenas fazendo coisas superficiais.

Mulher feliz se abraçando
Albina Gravilovic / Getty Images / Canva

Todavia, se você quiser mesmo mudar a sua realidade, será preciso fazer mais do que simplesmente decorar frases positivas para cocriar uma vida com mais sentido. Não há nada de errado em querer decorá-las, apenas saiba que as coisas vão começar a ter um novo sentido quando você de fato começar a trabalhar nas camadas subterrâneas do seu ser.

O primeiro passo para começar a viver em plenitude é praticar a autoaceitação e o acolhimento de si mesmo.

Pare de fugir das emoções e dos pensamentos que surgem para você. Ao invés disso, aceite-os, acolha-os e compreenda o motivo pelo qual eles surgiram para ti.

Ainda bem que eu conheci as sábias palavras de Eckhart Tolle antes da positividade tóxica virar uma tendência. Se você já leu “O Poder do Agora” ou “Um Novo Mundo”, você já sabe do que eu estou falando, mas ainda assim deixo aqui um pequeno deleite:

Seja qual for o conteúdo do momento presente, aceite-o como se você o tivesse escolhido. Sempre trabalhe com ele, não contra ele. Torne-o seu amigo e aliado, não seu inimigo. Isso vai milagrosamente transformar toda a sua vida”

-Eckhart Tolle
Mulher sorrindo enquanto tira selfie
Dean Drobot / Canva

Nós fortalecemos tudo aquilo que combatemos, enquanto todas as coisas a que resistimos persistem.”

-Eckhart Tolle

Ao invés de fugir, acolha amorosamente a ti mesmo por inteiro. E trabalhe para tudo o que precisa ser transmutado, seja.

Através das terapias, sejam elas as tradicionais, as alternativas ou as duas juntas ao mesmo tempo, com bons profissionais habilitados e capacitados, é possível acessar as suas sombras, abraçá-las, aceitá-las, ressignificá-las para que a partir de agora você possa transformar o seu SER integralmente.

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Nós só conseguimos mudar a nossa rota com trabalho e desenvolvimento de dentro para fora, com amor, paciência e a ausência de tudo o que ainda possa sustentar possíveis autossabotagens disfarçadas de preconceito no processo.

Troque a positividade tóxica por aceitação, acolhimento e uma boa dose de orientação para ver de fato a “mágica” acontecer na sua vida. Só depende de você.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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