Autoconhecimento Convivendo

Tudo começou antes mesmo de começar

Homem preparado para largar na pista de corrida
Paulus Rusyanto / 123rf
Escrito por Giselli Duarte

Tudo começou quando eu decidi doar todos os meus pares de sapatos. Eram inúmeros, altos, finos, mas machucavam meus pés. Depois, eu doei pilhas e pilhas de roupas. Não estava fazendo o menor sentido ter tantas roupas em um guarda-roupa abarrotado de coisas, as quais, muitas delas, nunca usei.

Em seguida, deixei tudo de uma antiga casa para trás e segui com, apenas, uma pequena bagagem de mão. Na verdade, tudo começou lá atrás com uma intenção de mudar. Tudo.

A sensação? Indescritível!

Nunca havia feito uma coisa tão grandiosa assim. Nunca havia tomado tantas decisões ao mesmo tempo e, consequentemente, saído com as mãos quase vazias, porém com o coração transbordando e o espírito livre!

De lá para cá, isso tem sido uma mania muito louca, no melhor sentido dos mundos. Fazer-me e me desfazer. Construir e desconstruir. Aprender…desaprender e reaprender. Adquirir e conquistar, mas também saber deixar para lá e seguir meu caminho com apenas uma pequena bagagem de mão. Aprender a viver de forma minimalista no mundo material e com aquilo que não vemos, mas sentimos, ou seja, intuímos.

Caminhando pelos vales e pelos planaltos, aprendi a deixar para trás tudo aquilo o que é pesado e o que não é realmente importante. Essencial. Para a alma. Depois que passamos por uma iniciação como essa, os próximos eventos acabam tornando-se detalhes na enorme teia que tece a vida.

Passar a olhar para todas as situações e sentir que cada uma é um aprendizado diferente torna a vida mais leve e fluída.

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Afinal, a vida é para ser leve e o caminho, prazeroso. Estamos aqui só de passagem…

“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. Nosso objetivo é observar, aprender, crescer e amar… E depois vamos para casa.” Provérbio Aborígene

Ahow.

Tanzgeist

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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