Energia em Equilíbrio Yoga

Yamas e Niyamas: Os Fundamentos Éticos do Yoga

Mulheres sentadas em fileira, fazendo Yoga.
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Escrito por Giselli Duarte

Os Yamas e Niyamas são os princípios éticos e morais do Yoga. Yamas referem-se a restrições externas, como não-violência e honestidade. Niyamas são observâncias internas, como auto-disciplina e contentamento. Ambos guiam a prática para um equilíbrio holístico.

No Yoga, além das posturas físicas e das técnicas de respiração, existem princípios éticos fundamentais conhecidos como Yamas e Niyamas. Esses princípios, que têm raízes antigas na filosofia do Yoga, oferecem orientações valiosas para vivermos uma vida significativa e alinhada com nossos valores mais profundos.

Vamos mergulhar nesses princípios e explorar sua importância em nossa jornada de crescimento pessoal e espiritual.

Yamas: Restrições Éticas

Os Yamas, que podem ser traduzidos como “restrições” ou “condutas sociais”, são cinco princípios éticos que nos ajudam a cultivar relacionamentos harmoniosos com o mundo ao nosso redor:

Ahimsa (Não-violência)

O primeiro e mais fundamental dos Yamas é a prática da não-violência em todos os níveis – físico, mental e emocional. Isso envolve não apenas se abster de prejudicar os outros, mas também cultivar compaixão, empatia e gentileza em nossas interações cotidianas.

Mulher sentada em tapete de Yoga, com as mãos juntas.
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Satya (Veracidade)

Satya refere-se à prática da honestidade e da verdade em todas as nossas palavras, pensamentos e ações. Isso inclui não apenas ser honesto com os outros, mas também ser honesto consigo mesmo, cultivando uma autenticidade genuína em nossa vida.

Asteya (Não-roubo)

Asteya nos lembra da importância de não roubar, não apenas fisicamente, mas também emocional e energeticamente. Isso significa respeitar os direitos e posses dos outros, bem como evitar o desejo excessivo e a ganância.

Brahmacharya (Autocontrole)

Brahmacharya é muitas vezes traduzido como moderação ou continência. Isso envolve o controle dos sentidos e a moderação em nossos desejos e impulsos, permitindo-nos direcionar nossa energia para fins mais elevados.

Aparigraha (Não-apego)

O último dos Yamas é Aparigraha, que nos lembra da importância de não se apegar excessivamente às posses materiais e às identidades transitórias. Isso nos liberta da ganância e da avareza, permitindo-nos viver de forma mais desapegada e livre.

Niyamas: Observâncias Éticas

Os Niyamas, por outro lado, são cinco observâncias éticas que nos ajudam a cultivar um relacionamento saudável e compassivo com nós mesmos. Vamos examinar cada um deles:

Saucha (Pureza)

Saucha refere-se à pureza física, mental e espiritual. Isso envolve a limpeza do corpo por meio de práticas como a higiene pessoal e a purificação do ambiente em que vivemos. Além disso, Saucha também inclui a purificação da mente por meio da prática da meditação e do pensamento positivo.

Pessoa sentada em tapete, fazendo gesto de Yoga com os dedos.
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Santosha (Contentamento)

Santosha é a prática do contentamento e da satisfação com o que temos, em vez de desejar constantemente mais. Isso nos ajuda a cultivar uma atitude de gratidão e apreciação pela vida, independentemente das circunstâncias externas.

Tapas (Disciplina)

Tapas é o cultivo da disciplina e do autodomínio em nossas vidas. Isso envolve a prática de autocontrole e a renúncia a comportamentos prejudiciais ou indulgentes. Tapas nos ajuda a desenvolver força de vontade e a alcançar nossos objetivos com determinação e perseverança.

Svadhyaya (Autoestudo)

Svadhyaya é a prática do autoestudo e da investigação interior. Isso envolve a reflexão sobre nós mesmos, nossas ações e nossas relações com os outros. Svadhyaya também inclui o estudo dos textos sagrados do Yoga e a busca pelo conhecimento espiritual.

Ishvara Pranidhana (Devoção a Deus ou ao Divino)

O último dos Niyamas é Ishvara Pranidhana, que se refere à devoção a uma força superior ou divina. Isso pode ser interpretado de várias maneiras, dependendo das crenças individuais, mas envolve geralmente a rendição ao fluxo da vida e a confiança no plano maior do universo.

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Os Yamas e Niyamas são os alicerces éticos do Yoga, oferecendo orientações valiosas para vivermos uma vida significativa e alinhada com nossos valores mais profundos. Com eles, podemos cultivar relacionamentos mais harmoniosos, encontrar paz interior e avançar em nossa jornada espiritual com sabedoria e compaixão.

Namastê.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

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Meditação para quem não sabe meditar

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