Maternidade Consciente Saúde Integral

10 incríveis benefícios da amamentação

Mulher amamentando seu bebê.
Foto: 123RF/rawpixel
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Enquanto algumas mulheres encaram a amamentação como algo doloroso, cansativo, e para algumas novas mamães, como uma atividade psicológica e fisicamente impossível, muitos especialistas concordam que essa é a maneira mais saudável de alimentar os recém-nascidos nos primeiros seis meses, já que, segundo o The American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), o leite materno os protege de infecções e alergias, além de fornecer os ingredientes necessários para o crescimento e de reduzir o risco da síndrome da morte súbita infantil.

Os bebês não são os únicos beneficiados da amamentação. De acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal Maternal & Child Nutrition sobre a evolução das doenças entre as mulheres que amamentam, as mães também recebem benefícios incríveis.

Então, aqui estão todas as vantagens da amamentação para você, não só como mulher, mas também como ser humano.

Mulher vista de cima amamentando seu bebê recém-nascido.
Foto de seeseehundhund em Needpix

Diminui o risco de câncer de mama. De acordo com os autores do Maternal & Child Nutrition, a lactação contribui com o tecido mamário completamente maduro, e as mulheres que nunca tiveram essa experiência apresentam uma probabilidade maior de desenvolverem tumores cancerígenos. Esse é o motivo pelo qual a amamentação reduz 4,3% seu risco de câncer de mama por ano, tendo 7% menos chance para cada filho que tiver.

Diminui o risco de câncer de ovário. De acordo com Melissa Bartick, M.D, professora assistente de medicina da Cambridge Health Alliance, autora principal da Maternal & Child Nutrition, a amamentação suprime a ovulação, o que diminui suas chances de ter câncer de ovário. Além disso, os pesquisadores também descobriram que amamentar acaba com os altos níveis de um anticorpo específico de uma proteína encontrada nas células cancerígenas no ovário. Isso significa que a amamentação aumenta sua resistência para certas doenças, e ainda organiza seu sistema imunológico.

Queima muitas calorias. Obviamente, o leite materno não aparece do nada; nos bastidores, o seu corpo se esforça muito para encher seus seios com um leite rico em nutrientes, que de acordo com o ACOG, durante a amamentação chega a queimar até 500 calorias. Isso melhora o seu metabolismo de glicose e a sua sensibilidade à insulina. Em outras palavras, você se torna mais eficiente em transformar comida em combustível. Onde está a sobremesa, mesmo?

Diminui seus riscos de desenvolver a diabete tipo 2. Os corpos das mulheres grávidas armazenam gordura na barriga como um combustível extra para a produção de leite, porém, o excesso de gordura pode aumentar o risco da futura mamãe de desenvolver diabete tipo 2. Mas, já que a amamentação ajuda a reduzir a gordura da barriga, ela também acaba reduzindo os riscos relacionados.

Reduz o risco de pressão alta tanto agora quanto em longo prazo. Os mesmos hormônios que o seu corpo usa para produzir leite (oxitocina e prolactina) têm um superpoder secreto: eles também são responsáveis por baixar a sua pressão arterial de forma duradoura.

Mulher sentada no quintal durante o dia amamentando seu bebê.
Foto de Wendy Wei no Pexels

Minimiza seu risco de ataque cardíaco. O Doutor Bartick diz que para manter o coração da mulher saudável, a amamentação afeta a gordura corpórea e os hormônios, “resetando” o corpo após a gravidez, a fim de restaurar o metabolismo e a saúde cardíaca. Não há remédio tão bom quanto esse.

Encolhe a barriga. A amamentação libera um hormônio chamado oxitocina que faz com que o útero, estendido durante a gravidez, volte ao seu tamanho normal mais rapidamente. Esse benefício pode até acabar com o sangramento após o nascimento do bebê.

Você economiza. O leite materno é de graça, mas comida não, e o custo disso, de acordo com algumas estimativas, pode chegar até R$ 5600 durante os primeiros 12 meses de vida do bebê. Algumas mães relatam que gastam até R$ 330 por semana com os leites especiais. Tudo isso depende do quanto o bebê come e qual produto é mais adequado para sua idade. Pois é, bebê$.

Você também pode gostar

*Pode* te proteger da depressão pós-parto. As mães que conseguem amamentar são menos propensas a desenvolver depressão quando comparadas àquelas que não podem. Entretanto, de acordo com Alison Stuebe, MD, professor assistente de medicina materna fetal da University of North Carolina, na Chapel Hill School of Medicine, não é certo o que vem primeiro, as dificuldades para amamentar ou humor depressivo. O que os especialistas sabem é que a amamentação libera oxitocina, que ajuda o deslocamento do leite para fora do peito, reduzindo os níveis de estresse e promovendo a ligação de mãe e filho(a) — coisas boas tanto para as mamães quanto para os bebês. Além disso, baixos níveis de oxitocina são ligados à depressão e pode ser um sintoma desenvolvido pelas dificuldades na amamentação. 

*Pode* ajudar a contornar outras doenças crônicas. Mesmo que as mulheres amamentem desde o início dos tempos, os cientistas se propuseram a estudar isso só recentemente. De acordo com Eleanor Bimla Schwarz, M.D, especialista em doenças internas do Department of Medicine Davis Medical Center, e co-autora do estudo Maternal & Child Nutrition, é possível que a amamentação apresente ligações com um menor risco de doenças autoimunes como a artrite reumatoide e esclerose múltipla. Mas isso é apenas um bônus adicional.

É verdade que amamentar pode ser cansativo, doer e parecer impossível no primeiro momento, entretanto, depois de conhecer todos esses benefícios é bem improvável que você não comece a amamentar com gosto. Seu corpo, e seu filho(a) agradecem.


Texto escrito por Amanda Magliaro Prieto da Equipe Eu Sem Fronteiras

Sobre o autor

Eu Sem Fronteiras

O Eu Sem Fronteiras conta com uma equipe de jornalistas e profissionais de comunicação empenhados em trazer sempre informações atualizadas. Aqui você não encontrará textos copiados de outros sites. Nossa proposta é a de propagar o bem sempre, respeitando os direitos alheios.

"O que a gente não quer para nós, não desejamos aos outros"

Sejam Bem-vindos!

Torne-se também um colunista. Envie um e-mail para colunistas@eusemfronteiras.com.br