Famosa no ambiente profissional e também na vida pessoal, a conhecida “zona de conforto” é muitas vezes identificada em diversas situações da vida cotidiana. Frequentemente, sem perceber, estamos presos à certos limites e por lá ficamos, sem nos mover.
O que é a zona de conforto?
Mas afinal, o que é a zona de conforto? O termo é usado para designar um estado que nos induz a ficar lá, sem mudar as circunstâncias em quaisquer necessidades, sem avançar ou retroceder. Simplesmente, estagnados.
Por estarmos seguros ou estáveis em tal condição, tendemos a temer a mudança, e o único esforço feito é em prol de manter o que já existe e é bem estabilizado.
Exemplos
Claros e comuns são os exemplos do dia a dia. Seja numa rotina corrida ou mais calma, é reação comum ao ser humano estacionar após certas conquistas e contentar-se com o que se tem.
No trabalho, quando parecemos ter a certeza de nossa posição e não nos sentimos ameaçados por quaisquer mudanças de cargo ou cortes da empresa, ficamos menos preocupados em evoluir e “mostrar serviço”. Acabamos por assumir menos tarefas e não nos empenharmos tanto naquilo que nos é designado.
Na vida pessoal, nos limitamos às amizades de sempre, não damos muita chance para pessoas novas que surgem com o interesse de trocar experiências. Acabamos por fechar nosso círculo de amizades e, muitas vezes, nos tornamos apáticos.
Nas lutas da vida em geral, seja comprar algo que deseja ou alguma mudança pessoal, se a meta soa muito distante ou difícil, é capaz que a deixemos de lado e nos mantenhamos exatamente onde estamos atualmente.
Sinais de conforto
Como identificar a entrada na zona de conforto? Alguns “sintomas” demonstram que você está há algum tempo na mesma situação e não luta para sair dela. Saiba identificá-los e modificá-los:
- Rotina batida: sua rotina é sempre a mesma e você se incomoda com a instabilidade de qualquer mudança, mesmo as menores. Ter de apresentar um trabalho novo ou engajar-se em novos projetos não lhe atrai nem um pouco. Viagens em família são um terror, pois quebrarão o que já está “em ordem” e exigem muito planejamento.
- Não enfrentar medos: surgir dos medos e traumas é outro sinal. Não falar de seus problemas e/ou defeitos com ninguém e se irritar quando alguém toca no assunto.
- Temer o novo: nada de comer em outro restaurante e sim no de sempre, nada de buscar outro emprego (nem se está insatisfeito com o atual), nada de vestir uma roupa de um estilo totalmente diferente do seu, afinal, isso tudo exige muita coragem e disposição.
- Fechar-se: ausência de vontade de conhecer novas pessoas, novos lugares e ter novas conversas. Para evitar o novo é capaz de dar preferência à solidão, ficando muito tempo em casa ou sozinho em ambientes já familiares.
Malefícios
Estar acomodado não faz bem à ninguém. Ao longo do tempo, a zona de conforto pode gerar problemas psicológicos como falta de vontade crônica e desânimo com a vida em geral.
Além disso, você deixa de se conhecer, de saber seus limites e vontades. A ansiedade e o exagero surgem como refúgios que podem ser depositados na alimentação, consumo ou sentimentos compulsivos.
Por que mentir?
Quando estamos na zona de conforto, podemos não percebê-la ou até mesmo mascará-la propositalmente, como se não quiséssemos admitir a falta de coragem para mudar ou avançar em novas tarefas. Afinal, a falta de disposição para dar um novo ponta pé não é algo para se orgulhar.
A fim de esconder tais circunstâncias e fazer com que esse não seja mais um peso, temos a tendência de mentir e ocultar comportamentos pessoais.
As cinco mentiras mais comuns que parecem enganar, mas não enganam a ninguém, são:
1. Hora errada
Costumamos justificar nossa indisposição com frases como: “Não está na hora”; “Irei esperar o momento certo”.
Nada disso! Isso só prova a falta de vontade de correr atrás de seus sonhos. Não devemos adiar o que podemos fazer já. A vida passa rápido demais e com ela vem e vão oportunidades as quais devemos saber aproveitar.
2. Sem motivo
Outro papo é: “Não há razões que me motivem a fazer isso…”. Quem procura, acha, e se procurarmos, encontraremos mil motivos para iniciar uma nova tarefa ou fase. Essa mentira nada mais é que base para ficarmos onde já estamos.
3. Incapacidade
Dizemos sermos incapazes de realizar algo, não ter habilidade ou aptidão para tal atividade. Como saber se nunca tentarmos? Não invente defeitos que você não conhece e não tema arriscar-se em experiências, mesmo que totalmente novas.
4. Dependência
“Dependo de fulano para fazer tal coisa…”. Você já tentou fazer sozinho? Em nossa vida, muitas coisas só podem ser realizadas por nós mesmos, principalmente quando se tratam de metas pessoais.
Não dependa de ninguém e não use esta desculpa para deixar de seguir com seus próprios desafios.
5. Fechar os olhos
“Não sei fazer”; “Não gosto disso”, “Não gosto daquilo”. Mais uma vez, negamos sem conhecer. Por temor ou mero conforto, o novo parece inadequado. Não é bem assim, o ser humano é um tanto quanto adaptável e muito bem aprimorado diante de treino. Não bloqueie a oportunidade de desenvolvimento de seu corpo e mente.
Como sair
Identificou seu comportamento como zona de conforto? A mudança é necessária em prol de você mesmo! Para melhorar a situação, busque criar atalhos para suas tarefas e tornar suas metas mais realistas. Podemos sonhar alto, porém é importante planejar o passo a passo. Quanto mais perto o sonho parecer, mais animados estaremos para continuar a seguir por ele.
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Não deixe nunca de acreditar em si. Afirme o tempo todo suas próprias qualidades e ressalte, na prática, tudo aquilo que sabe fazer. Quando faltar coragem, pelo menos inicie, as idas e vindas do caminho lhe trarão força para continuar.
Não tema o novo e também não tenha medo de desistir. Se algo não te agrada, não adianta prosseguir, admita o fim e então novas tarefas virão, com aprendizados e oportunidades diferentes da anterior.