Hoje, 21 de setembro, Dia da Árvore, caminhando pelo Parque Municipal do Mindu, em Manaus, senti algo que não se mede em metros ou hectares. É um sentimento alegre, antigo, silencioso, bom, que habita o coração de quem observa as árvores com atenção.
Olhei para uma sumaumeira imensa, logo no início do Parque, e percebi não apenas seu tronco, suas folhas ou sua sombra, mas a força invisível que carrega: o enraizamento no chão, a memória da terra, a paciência que atravessa décadas.
E naquele ambiente ecológico, cercado de prédios por todos os lados, no coração de Manaus, percebi que cada árvore é um mestre silencioso. Ensina que a vida precisa de raízes, mesmo quando os ventos tentam arrancá-las.
No Parque, observando os animais que circulavam livremente, percebi que a paciência não é fraqueza, mas sabedoria. E que a beleza verdadeira não grita, mas se espalha em silêncio, como um verde que acalenta os olhos e a alma.
A conexão com a natureza, nesses momentos, se torna quase espiritual. É como se a árvore nos lembrasse de que fazemos parte de algo maior: o ciclo do ar, da água, da luz, do vento.
Olhando para suas copas que se erguem em direção ao céu, sinto que a vida é, ao mesmo tempo, humilde e grandiosa. Cada folha que cai, cada galho que balança, carrega um ensinamento: crescer não é apenas subir, mas compreender, aceitar e integrar-se ao mundo ao redor.
Neste Dia da Árvore, percebo que plantar uma muda não é apenas um gesto ecológico, é um ato de esperança e filosofia. É semear paciência, raízes e sabedoria para quem virá depois de nós.
As árvores nos lembram que somos passageiros, e que o nosso verdadeiro legado está naquilo que ajudamos a sustentar e a proteger porque, no silêncio do seu verde, a vida fala mais alto do que qualquer palavra.
No coração do Brasil, a Amazônia pulsa como uma imensa árvore ancestral, respirando vida e equilibrando o clima, as águas e os solos de toda a nação. Suas árvores não são apenas plantas; são guardiãs do ar que respiramos, do ciclo dos rios que alimentam cidades e fazendas, e do equilíbrio que sustenta a diversidade da fauna e da flora brasileiras.
Proteger a Amazônia é, portanto, cuidar da harmonia da vida brasileira. É reconhecer que cada árvore derrubada ali não afeta apenas uma floresta distante, mas o coração do país inteiro, sua água, seu clima, sua riqueza de espécies e a própria sobrevivência das futuras gerações. E é nesse entendimento que se revela a verdadeira sabedoria da natureza: respeitar, preservar e aprender com suas raízes profundas.
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Enquanto percorria as trilhas do Parque Municipal do Mindu, cada sombra, cada folha e cada canto de pássaro lembrava a força viva da Amazônia. A terra úmida parecia sussurrar que preservar a natureza é preservar a vida.
Saí do Parque com a certeza de que cada árvore cuidada e cada raiz protegida conecta o presente ao futuro. E assim, enquanto houver árvores de pé e raízes firmes, haverá vida, aprendizado e esperança, um legado verde para as próximas gerações.
