Comportamento Convivendo Saúde Mental

A geração que mais sente e menos é ouvida

Imagem de um estetoscópio sobre o desenho de uma cabeça humana. A foto traz o conceito de saúde mental.
Hidesy / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Carla Marçal

Apesar de parecerem bem, muitos jovens estão adoecendo em silêncio. Exaustos, ansiosos e solitários, aprendem a disfarçar a dor num mundo acelerado e exigente. Cuidar da saúde mental dessa geração começa com algo essencial: escutar com presença e empatia.

Estão chamando de epidemia silenciosa. E não é exagero. Ansiedade, exaustão, insônia, crises de identidade. Cada vez mais jovens estão adoecendo emocionalmente, mesmo quando, por fora, parecem estar bem.

Segundo uma pesquisa global da Verywell Mind publicada agora em 2025, 63% das pessoas entre 18 e 29 anos afirmaram que sua saúde mental esteve abaixo do ideal no último mês. Não são números frios. São relatos reais de quem sente que não está conseguindo sustentar o próprio cotidiano.

A Organização Mundial da Saúde já havia apontado que o suicídio é a terceira causa de morte entre adolescentes e jovens no mundo. E ainda assim, muitos seguem sendo rotulados como frágeis, mimados ou “cheios de drama”.

Enquanto os adultos esperam que essa geração seja mais resiliente, o que ela realmente precisa é de escuta. Porque o que está em jogo não é força de vontade. É o peso de crescer em um mundo hiper conectado, acelerado e instável, onde a comparação é constante, a autoestima é corroída e o futuro parece cada vez mais incerto.

Essa geração aprendeu a performar para dar conta. Sabe sorrir para a câmera mesmo quando o peito aperta. Sabe usar ironia e memes para disfarçar o desespero. Sabe falar sobre ansiedade como quem comenta o tempo. Mas saber nomear não é o mesmo que saber lidar. E a naturalização do sofrimento emocional virou parte do problema.

Além da pressão estética, da cobrança por sucesso precoce e da superexposição digital, há outro fator que pesa silenciosamente: a sensação de solidão. Mesmo com acesso a milhares de conteúdos, amigos e conversas por mensagem, muitos jovens se sentem profundamente isolados. Isso não acontece por falta de gente. Acontece por falta de conexão real. A presença virou uma raridade.

Outro ponto alarmante é a relação com o sono. Estudos recentes mostram que adolescentes e jovens estão dormindo cada vez menos. A insônia virou parte da rotina. Seja pela ansiedade, pelo uso excessivo de telas ou pela dificuldade de relaxar, o descanso tem sido adiado em nome de uma produtividade que ninguém consegue sustentar. O corpo cobra. A mente grita. Mas poucos escutam.

Imagem de uma jovem mulher deitada na cama ao lado do seu esposo. Ela não consegue dormir. A foto traz o conceito de insônia.
Kampus Production / Pexels / Canva

Apesar disso, é também essa geração que tem buscado mais terapia, falado abertamente sobre saúde mental e criado espaços de apoio mútuo. São eles que vêm questionando padrões ultrapassados, denunciando ciclos abusivos e pedindo por uma vida mais honesta. Há potência nesse movimento. Mas há também muita dor.

Entender a saúde emocional dessa geração é urgente. Porque o sofrimento não vai desaparecer com frases motivacionais, conselhos genéricos ou diagnósticos apressados. Ele precisa ser compreendido no contexto em que nasce. E, principalmente, precisa ser validado.

A ideia de que todo jovem é naturalmente feliz, energético e entusiasmado não corresponde à realidade atual. Muitos estão cansados antes mesmo de começarem. Carregam inseguranças que não são só deles, mas herdadas de uma sociedade que ainda pune a sensibilidade, valoriza o desempenho acima do afeto e finge que tudo está sob controle.

Cuidar da saúde mental da juventude é cuidar do futuro. E isso começa com algo simples, mas cada vez mais raro: parar para escutar de verdade.

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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