Saúde da Mulher

A influência da gestação tranquila na hora do parto

Mulher grávida segurando um palito com um coração grudado.
Escrito por Eu Sem Fronteiras
O sonho de ser mãe está presente no íntimo de muitas mulheres; gerir uma vida, carregar por muitos meses uma criança no próprio ventre e, depois de nascida, ter uma parte sua crescendo e aprendendo com você da mesma forma que você aprende com ela. Enquanto a maioria das pessoas pensa no que acontece depois que o bebê nasce, para a mãe importa bastante o período da gestação. Estar saudável e feliz neste momento é imprescindível para que, no próprio parto, ocorra tudo da melhor maneira possível.

Sendo mãe de primeira, segunda, terceira ou seja lá de que viagem – ou melhor, filhos, que sejam –, é preciso ter acompanhamento médico e estar atenta aos cuidados que devem ser tomados na gestação, para evitar alguns riscos que podem acometer a mamãe nesta fase, como anemia, hemorragia e diabetes gestacional. De início, é vital que haja alimentação saudável durante toda a gravidez. Médicos e especialistas afirmam que as mulheres devem acrescentar cerca de 300 calorias em sua dieta diária, distribuídas em cinco refeições preparadas com ingredientes que forneçam proteínas, ferro, cálcio e outras vitaminas, preferindo os alimentos com baixo teor de gordura, para nutrir o bebê em desenvolvimento e ainda manter a saúde da gestante.

Barriga de uma mulher grávida.

Durante a gestação, ainda é possível garantir o bem-estar da mãe e do bebê de diferentes formas, como a prática da ioga e de exercícios físicos, pois ambos auxiliam a grávida a manter as articulações em um bom funcionamento e geram uma conexão mais profunda entre mulher e seu corpo, mas lembre-se: toda atividade deve ser acompanhada por profissionais e aprovada pelo médico que está cuidando da gestação, para que não haja risco de lesão e outras complicações. Na ioga, por exemplo, as posturas que exigem torção do abdômen, as posições de cabeça para baixo (invertidas) e as que são realizadas de barriga para baixo estão proibidas.

As recomendações mais conhecidas para as mulheres se manterem ativas durante a gestação são mais simples do que parecem e você pode fazê-las em casa: alongar o corpo antes de se levantar da cama ao acordar ou após passar um longo período em repouso, lembrar-se de alongar as costas e as panturrilhas pelo menos uma vez por dia, além de caminhar, mantendo sempre o corpo hidratado antes, durante e depois de sair andando, sem exagerar na duração da caminhada nem na intensidade.

Além dos diversos benefícios físicos que estas atividades fornecem durante a gravidez, ainda são consideráveis os efeitos que as ações podem causar em questões mais íntimas e emocionais da mulher: o relaxamento adquirido ajuda diminuir os níveis de estresse que podem acometer as mulheres nesta fase e concede um sentimento de tranquilidade e paz, aumentando o equilíbrio das emoções que estão afloradas. Levando a gestação desta forma, cada mês será lembrado mais positivamente do que o contrário, pois a experiência da mamãe será mais leve e confortável e ela aproveitará melhor as descobertas da gravidez.

Para manter o bem-estar sempre em alta e evitar os probleminhas que mais acometem as grávidas, como o famoso enjoo matinal, a sugestão é ingerir bolachas de água e sal ou chá de gengibre enquanto ainda se estiver na cama. Depois de driblar o enjoo, o ideal é tomar um café da manhã rico em nutrientes. O ferro, encontrado em cereais, frutas secas e na gema do ovo, auxilia na produção de células sanguíneas; a fibra, encontrada em pães e biscoitos integrais, cereais e frutas, ajuda a reduzir o colesterol e a regular o intestino. Viu? Não é tão difícil assim encontrar alimentos gostosos e que façam bem para a mãe e para o bebê!

Após esta gestação saudável e feliz, vai chegando a hora do tão aguardado parto… Mas e agora? Qual parto é o melhor? Para a alegria (ou confusão) das mamães de plantão, existem cerca de 7 tipos de parto, que devem ser escolhidos de acordo com a preferência da grávida, após pesquisar sobre todos eles. Os principais são estes:

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Mulher grávida ao lado do berço.

Cesárea ou cesariana: apesar de ser o mais conhecido, a cesárea só deve ser feita nos casos em que o parto normal oferece risco para a saúde da gestante e do bebê, pois é uma cirurgia com corte profundo, em que o bebê é retirado através do abdômen, ou, mais precisamente, do ventre e do útero da mãe. A mulher é anestesiada, entretanto a anestesia chamada peridural permite que a gestante fique acordada e acompanhe o nascimento do filho.

Parto normal: o bebê nasce através das contrações do útero, saindo pelo canal vaginal. Geralmente é feito em hospital e pequenas doses de anestesia ou analgésicos podem ser administradas para a mulher suportar as dores. Uma das grandes vantagens do parto normal é a recuperação no pós-parto ser mais rápida e a mãe poder voltar à sua rotina em menos tempo. Os benefícios deste tipo de parto é que não há uso de anestesias ou de fórceps – conferir o que é esta ferramenta abaixo -, nem a realização de episiotomia. A mãe pode contar com formas não farmacológicas para o alívio da dor das contrações, como banhos mornos, controle da respiração, meditação, música e massagens. O principal risco é que pode acontecer algum imprevisto durante o trabalho de parto e colocar em risco a criança ou mãe. Por causa disso, partos em casa exigem uma estrutura pronta para uma intercorrência e transferência da mãe para um hospital, a fim de receber atendimento médico rapidamente.

Parto humanizado: esta modalidade é como o parto normal, mas não permite intervenção clínica. Este tipo de parto normalmente é feito em casa mesmo, mas algumas maternidades e hospitais já se equipam de médicos, doulas – companheira de parto – e quartos especializados para realizarem este procedimento. Este tipo de parto é o mais procurado ultimamente pelas grávidas, pois seu objetivo é respeitar a fisiologia do parto e a mulher, dando autonomia à grávida ao respeitar as suas escolhas e oferecer uma assistência levando em conta suas necessidades na hora do nascimento. Ao contrário do que acontece em muitos hospitais, no parto humanizado a mulher pode escolher onde quer ter o bebê, quem deve ser o acompanhante e qual deve ser a melhor posição para o processo. Além de a mãe poder opinar se aceita a realização da episiotomia (corte feito na região do períneo – área muscular entre a vagina e o ânus – para ampliar o canal de parto), se quer um anestésico e também se quer comer alguma coisa durante o trabalho de parto.

Parto de cócoras: a futura mamãe fica na posição de cócoras (agachada), pois isso facilita a saída do bebê do útero, porque o ‘caminho’ fica a favor da gravidade. As vantagens deste parto são que a dor é menor nesta posição, que o parto pode ocorrer mais rapidamente e que, segundo especialistas, há menos risco de comprometimento do períneo. Entretanto é preciso verificar se o bebê está posicionado com a cabeça para baixo, se a mãe apresenta a dilatação necessária (10 centímetros) e se o bebê não é muito grande (até cerca de 4 quilos).

Bebê recém-nascido deitado no colo da mãe que está na banheira.

Parto dentro d’água: com a água em temperatura morna, a mulher entra na banheira quando começa a sentir as dores de contrações. A vantagem deste parto, que sempre deve ser acompanhado por médico ou outro profissional preparado, é oferecer ao bebê uma transição agradável entre a barriga da mãe e o exterior. Os principais benefícios deste parto, para a mãe, são que a água promove uma melhor irrigação sanguínea; relaxamento muscular; maior flexibilidade do períneo; e maior dilatação do colo uterino, o que ajuda a aliviar as dores da contração, acelera o parto e gera uma sensação maior de bem-estar. Ao optar por esse tipo de parto, é importante que a gestante procure uma maternidade que ofereça esse serviço e que o parto aconteça sob assistência médica.

Parto Leboyer: este parto também é como o parto normal, mas feito em um ambiente agradável para a chegada do bebê: vale uma luz mais fraca e música ambiente. Muita calma e tranquilidade devem deixar a mãe tranquila, fazendo com que bebê chegue ao mundo sem traumas. Em vez de receber uma palmada no bumbum, o bebê recebe uma massagem e o corte do cordão umbilical só é cortado quando parar de pulsar.

Parto com fórceps: esta modalidade é utilizada principalmente em maternidades públicas, nas quais os médicos ainda procuram incentivar a chegada da criança via parto normal. O fórceps é um instrumento que encaixa a criança como se fosse um ‘pegador’ – por ventosa ou sistema semelhante ao da pinça – e puxa o bebê do ventre materno. O fórceps atualmente é usado apenas no finalzinho do parto, para dar uma ajudinha ao bebê. Seu uso é indicado para aliviar a mãe e a criança em momentos em que o bebê já está dando sinais de sofrimento. Quando bem utilizado por um médico treinado para tal intervenção, pode salvar a vida do bebê e evitar lesões cerebrais por falta de oxigenação durante o nascimento.

Ufa… Após esta enxurrada de informações importantíssimas sobre como manter a saúde e o bem-estar durante a gestação e saber um pouco mais sobre os diferentes tipos de parto, dá até uma tranquilidade maior saber que a gravidez pode ser só alegria, não é? Às futuras mamães: um feliz Dia da Gestação! Aproveitem ao máximo este momento único proporcionado pela bênção de gerar uma vida.

Escrito por: Juliana Delgado Santos da equipe EuSemFronteiras

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