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Autoestima e quarentena: como lidar com esse desafio?

Garota se olhando no espelho
Min An / Pexels / Canva
Escrito por Andrea Pavlo

Depois de muitos dias de um lockdown severo em São Paulo, vi-me assim: as unhas de fibra caíram, deixando toquinhos que deixam meus dedos roliços; fios e mais fios brancos misturados a um resto de cabelo loiro do ano passado; quatro quilos a mais na balança (na verdade, seis) trazendo umas dores esquisitas nas pernas e, claro, uma completa falta de vontade de usar um sutiã novamente. Percebi uma “eu” mais rústica, menos urbanizada e, ouso dizer, bem estranha.

Minha primeira reação foi pensar que a culpa do meu desânimo e a do lance do sutiã eram por isso, pois toda vez que eu passava perto de um espelho, tinha vontade de sair correndo. Deve ser isso, mas segui com a vida. Analisando mais a fundo a situação, porém, percebi que não. Espera, se não é isso, o que é?

De fato, minha vida mudou bastante ultimamente e essa mudança não tinha a ver com a minha aparência. Com o fato de ficar em casa, mexo-me menos e isso diminuiu meus hormônios da felicidade. Dessa forma, passei a começar uma série de exercícios e a coisa só piorou, pois tive uma queda de imunidade e isso gerou uma crise de herpes zoster. Se você acha que cabelo branco é ruim, imagine a pele cheia de perebas que coçam e doem como o diabo!

Mulher observando seu reflexo no espelho
John Foxx / Photo Images / Canva

Percebi que sim, estava toda ferrada. Alguma coisa dentro de mim, porém, ainda topava curtir um banho, mesmo com a dor da água batendo na ferida, e comer uma comida mais confortável. Sentei-me diante da TV para descansar, já que minha imunidade estava baixa e isso representava um risco ainda maior se eu me expusesse.

E mesmo assim, lá no fundo, eu ainda estava bem. Sabia que tudo ia passar, que eu poderia pintar o cabelo como eu gosto, eliminar a doença e colocar minhas unhas de volta, afinal tudo ficaria bem. Ainda era eu. Era a Andrea, velha de guerra, talvez um pouco cansada das lutas recentes. E quando estamos cansados, o que fazemos, portanto, é descansar e não desistir.

Autoestima não está em nenhum dos detalhes acima. Autoestima é um amar-se a si mesmo, sim, mas em outro nível. Um amor que sabe que vai começar tudo de novo, independentemente de quantas vezes você caia. Um poder pessoal que sabe que, um dia, as cabeleireiras estarão de volta aos seus salões. É saber que somos alguém que foi criado por Deus, filho diretaço dele, e que temos direito ao melhor.

Mulher feliz ao se olhar no espelho
Bruce mars / Pexels / Canva

Autoestima traz paz, mesmo que nada esteja muito certo. E não é que eu precisasse deixar de fazer qualquer coisa, ainda posso ter minhas pequenas vaidades, mas mesmo que elas não existam, ainda está tudo bem. Eu me amo sem elas. Eu me amo apesar delas. E mesmo assim ainda posso querer perder os 4 quilos (ops, 6) e voltar a ser loira.

Procure sua autoestima internamente, esse poder pessoal. Vaidades são do ego, do externo e são úteis, mas não são tudo. Amar-me e aceitar-me tão completamente que eu até posso mudar, porque será só por mim mesma. Ou não. Amar a mim mesma não é usar meu corpo para aparecer nas redes sociais, porque prefiro ficar sem me depilar e quero impor isso a você. Não precisa. Quem se ama, até faz isso, mas não precisa. Se alguém perguntar, só responde, mas não precisa levantar uma bandeira porque não está fora. Nada está fora. É só isso.

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Amar-se é se sentir inteira. Autoestima é isso. É estar bem, feliz na própria pele, no próprio espírito, independentemente de qualquer outra coisa, com ou sem quarentena. Ah, e aproveite para ainda ficar em casa!

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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