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Cólica, pra que te quero?

Escrito por Juliana Ferraro

Namastê, leitoras e leitores.

Neste breve artigo vamos pensar sobre a importância e o valor das cólicas menstruais. Aquele sinal que nos diz: “agora chegou a hora, seu útero está se purificando. Pare”.

Pare??

Mas eu tenho que ir trabalhar. Produzir, limpar, cozinhar, cuidar, estudar, socializar, me exercitar! Não paro. Tomo uma pílula, a dor passa, sigo meu dia. Fica tudo tão automático, que se não fosse essa leve pontada no meu útero, eu nem saberia que estava sangrando. E falando nisso, em que lua estamos mesmo?

Mulheres, a cada mês temos o presente da natureza de poder deixar morrer o que não nos serve mais. Aquilo que explode na tensão pré-menstrual é justo uma amostra do que estávamos guardando embaixo do tapete o resto do mês. Tudo fica à flor da pele, inclusive as espinhas. As emoções. Isso que aparece é uma oportunidade de tomar consciência sobre nossas sombras e observar se precisamos de mais tempo sozinhas.

A gente consegue domar essa fera aparentemente, mas internamente a gente sabe, não é fácil. Não se esconda, tome consciência e seja sábia de si mesma. Depois de todos esses dias que parecem anos, vem aquela dorzinha de cólica, a sensação de que sabemos que o mau humor vai embora.

cólica

Todo mundo reclama das cólicas. Tem um monte de remédio para aliviar e sempre a informação que fica no inconsciente coletivo é a de que menstruar e ter cólicas é ruim. Porém, não vejo mais as coisas dessa forma e vejo além: gostar de menstruar e respeitar os sinais do seu corpo te dizendo para parar um pouco nesses dias é uma forma de respeito próprio, de autoamor, que é uma maneira de sair da prisão em que estamos, nós, mulheres. Uma prisão colocada para tirar nosso poder criativo, intuitivo, amoroso.

Nós não somos presas ao nosso feminino e seus ciclos, eles nos libertam. Todas as fases do ciclo, quando vividas, são momentos de vida e morte. De morte do que não serve mais, limpeza de padrões energéticos e familiares, de crenças. Na menstruação. E depois de renascimento, de criação, de expansão. Como você vai expandir e brilhar se não entrou na caverna? Como vai sair na superfície, se não tocou o pé no fundo?

Nós não somos presas ao nosso feminino e seus ciclos, eles nos libertam.

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A minha conclusão é que as cólicas menstruais são bem-vindas e eu adoro. Elas me dizem para deitar, respirar e relaxar. Me falam que tá na hora de mentalizar o que estou limpando com meu sangue. Me mostram minha condição humana, porque a dor nos deixa bem mais humildes. Me traz a oportunidade de olhar para dentro e honrar os ciclos. Sempre tem uma mensagem para aquele mês.

Eu te encorajo, querida mulher, querido homem, a respeitar esse momento, esse dia, essas horas de repouso e aproveitar. A natureza é sábia!

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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