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Como saber se você está em uma relação abusiva?

relação abusiva
Escrito por Carolina Zambelo

Acredito que, em maior ou menor grau, quase 100% das mulheres que eu conheço já viveram uma relação abusiva, inclusive eu! Os homens, claro, também são vítimas, mas em menor número. Por isso, e por ser mulher, vou tratar o texto como tal, mas serve para todos os tipos de relacionamentos, héteros, homoafetivos, porque, neste caso, não importa o sexo e gênero, e sim as atitudes dos envolvidos.

O tema vem ganhando cada vez mais espaço, o que é importantíssimo, uma vez que a informação é essencial para qualquer processo de mudança e autoconhecimento. E é sobre isso que esse texto vai tratar, mas não vou trazer as grandes atitudes e manifestações, quero alertar para um outro viés:

Você sabe a tênue diferença entre um casal teoricamente incompatível que está tentando se acertar e um relacionamento abusivo?

Faço essa pergunta, por que é muito fácil apontar um abusador quando esse é protagonista de escândalos com xingamentos e violência física, mas existem aqueles que agem de forma tão sútil que passam despercebidos por todos, inclusive, e principalmente, pela vítima.

Analise seu relacionamento e responda os seguintes grupos de questões:

1 – Você está sempre propondo programas, seja um cinema, uma viagem, um churrasco com amigos ou um jantar romântico a dois que constantemente são negados?

Os programas que vocês fazem, os lugares, dias, horários e as pessoas são só os propostos pelo parceiro?

Você se sente incomodada, triste, sem graça e/ou com a sensação de que está sempre cedendo, sem nunca ser atendida?

2 – Em uma conversa, seja online ou pessoalmente, os assuntos são sempre relacionados à outra pessoa?

Quando você tenta dividir algo, recebe pouca ou nenhuma atenção?

Você se sente incomodada, triste, sem graça e/ou com a sensação de que está sendo negligenciada?

3 – Quando você nega alguma conversa sexual ou o próprio sexo, seu parceiro fica irritado, bravo, insinuando que você já não o ama mais, fazendo chantagem emocional?

Mesmo falando que não está com vontade de transar, ele força a barra até você ceder?

Você se sente incomodada, triste, sem graça e/ou com a sensação de que foi violada e desrespeitada de alguma forma?

4 – Você é alvo de “brincadeiras” sem graça, tanto a dois como em público, que de alguma forma te desqualificam, como por exemplo ser chamada de burra, gorda, feia e ao reclamar ainda ouve que não tem senso de humor e que fica irritada por qualquer coisa?

Seu parceiro usa outras pessoas e situações para lhe causar ciúmes, como elogiar a colega de trabalho, amiga de infância, vizinha com comentários simples, do tipo “ela cozinha muito bem”, “você viu como ela se cuida?” 

Você se sente incomodada, triste, sem graça e/ou se questionando sobre suas reais qualidades?

relação abusiva

A questão é, existem inúmeras formas de sofrer abusos dentro de uma relação, o mais importante é você identificar como vem se sentindo dentro dessa dinâmica relacional, se há medo, receio, tristeza, angústia, se você está sempre medindo, pensando e planejando suas atitudes em decorrência da reação do outro, há algo errado aí, pode ter certeza.

Um relacionamento que cerceia a liberdade de ser quem você é, nem de longe pode ser algo saudável. Estar ao lado de alguém, mesmo amando muito, tem que ser leve, divertido, que te faça feliz!

Claro que existirão, sim, questões a serem resolvidas e alinhadas, afinal, estamos falando de pessoas diferentes, mas tome cuidado na avaliação entre arestas a serem aparadas e abuso.

E sempre, sempre converse com alguém da sua confiança se algo estiver acontecendo. Pode ser uma amiga, mãe, ou nós aqui! Às vezes, estamos tão envolvidas que não conseguimos enxergar a realidade e ficamos relativizando todas as atitudes daquela pessoa, “ahhhh mas a mãe abandonou ele quando era criança”, “a ex-namorada deixou ele traumatizado”, NÃO, vou te dizer, NÃO faça isso, nada nessa vida justifica atitudes assim! E vou te contar um segredo, você não vai conseguir mudá-lo, não dessa maneira que está esperando, é duro, mas é a realidade.

O melhor a fazer? Manter uma distância saudável, priorizar você, sua saúde física, mental e espiritual. Nada nesse mundo vale a nossa paz.

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E vou te contar outro segredo, estou falando tudo isso, mas sei que não é fácil, nem simples, já passei por isso e demorou muito tempo entre perceber que eu estava em uma relação abusiva, aceitar, entender e terminar! A gente chora, sofre, mas vai por mim, passa, e você será uma pessoa muito melhor!

E precisando, não hesite! Estou por aqui!

Nasmatê


Você pode gostar de outro artigo da autora. Acesse: As nossas escolhas realmente definem quem nos tornamos?

Sobre o autor

Carolina Zambelo

Uma eterna buscadora de mim mesma em constante desenvolvimento. Otimista por vocação, com muita fé em Deus e na vida e sempre em busca da minha melhor versão. Coloco-me a serviço, compartilhando minha própria jornada e oferecendo meus conhecimentos e estudos para ancorar e sustentar a transformação de outras pessoas.

Atuo como facilitadora de jornada de autoconhecimento, professora, mentora e pesquisadora sobre os temas: autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Reikiana, thetahealer e escritora.

Cursos e vivências: Psicologia Positiva, thetahealing, inteligência emocional, Reiki, escrita curativa, círculo de mulheres, sagrado feminino, cura por meio da dança, desenvolvimento por meio da criatividade.

Desde pequena sou ligada aos assuntos que envolvem esse mundo “oculto”. Sempre acreditei em forças superiores e que a vida é algo muito além do que nossos olhos são capazes de enxergar — pelo menos os olhos físicos.

Meu desejo é que meus conhecimentos humanos, espirituais e profissionais possam levar muita coisa boa para o maior número de pessoas possível e transformar vidas.

Que essa missão perpetue e que seja incrivelmente linda para todos nós.

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