Autoconhecimento Psicanálise

Ela não estará comigo!

Young mother and her two little daughters reading a book by a Christmas tree in cozy living room in winter
Escrito por Valéria Schil

As festas chegando…

Todos enlouquecidos, pensamos em tudo, da futilidade ao profundo.

Claro que tudo depende da sua cultura, dos costumes, da tradição, dos desejos e de tudo em que se acredita. Todos dando um jeito para comparecer a confraternizações, enfrentar o trânsito, as compras, as listas de presentes, os cardápios, os amigos e os familiares. Por falar em lista de familiares, aqui vai minha reflexão:

Trabalho muito o desapego e me considero uma pessoa que já caminhou bastante nesse quesito, mas tenho consciência de que estar no caminho não significa ter chegado.

Tenho um problema com datas comemorativas, com essa necessidade monstruosa de estar junto das minhas filhas nessa época. Aniversários, Páscoa, no Natal nem tanto, mas a vinda Ano Novo sem elas mexe comigo. Nunca fica inteiro, completo e pleno sem que todas estejam comigo.

Já passamos várias viradas de ano separadas, mas é sempre doloroso para mim. Apego? Sim, apego!

O apego – ou exigências emocionais – traz o medo da não-satisfação, traz o aborrecimento, traz a preocupação, a ansiedade e a inquietude; afinal, ninguém quer ser frustrado, né?! Analiso por vários ângulos, revejo em quê me apego e expando minha consciência em busca de mim mesma, para que eu possa entender, bem lá no fundo, o quê e onde pega?

Tenho a sensação de que não terei o suficiente para estar feliz se eu estiver sem elas ou longe de uma delas nessa data. Penso na energia despendida com meus sentimentos nos altos e baixos dos dias que se seguem, após saber que uma, duas, três, ou mesmo as quatro filhas não estarão comigo num dia tão especial.

Hoje, depois de um ano de tantas conquistas, desafios e mudanças, soube que uma delas não estaria comigo. Então, percebi como ainda vibro baixo em meu caminho rumo a um padrão de consciência mais elevado. Pois é, ainda estou bem distante daquilo que espero. Ainda tenho muito chão pela frente, sim!

Tão distante ainda do que gostaria, o que posso fazer, por onde ir, como mudar esse sentimento? Eu sei que um apegado não tem a chance de uma vida feliz, então quero sair dessa situação!

Comecei a usar meu conhecimento a meu favor. Para torná-lo verdadeiramente eficaz, tenho que exercitar. Comecei a repetir para mim mesma frases do tipo: “Estou me libertando, estou descobrindo de que modo o apego domina a minha consciência, criando uma versão ilusória do mundo mutável de pessoas e situações que me cercam, saúdo a oportunidade (mesmo se penosa) que as minhas experiências cotidianas me oferecem de tornar-me consciente dos apegos que devo reprogramar, a fim de que possa me libertar de meus padrões emocionais automatizados”; e assim por diante.

Consciente, quero ser competente!

“Eu sei que um apegado não tem a chance de uma vida feliz, então quero sair dessa situação!”

E agora, nesse momento de vida viva, aqui e agora, vim escrever esse texto, sentindo minha razão dar as mãos à minha emoção. Sinto paz em meu coração e me sinto feliz. Confesso que comecei o texto com lágrimas rolando soltas pelo meu rosto.

Sinto que, ao repetir a frase conscientemente, consegui relembrar onde mora a minha felicidade e onde morava meu sofrimento, além de lembrar onde ela estava o tempo todo, onde habita. Habita aqui, exatamente aqui e agora, pois isso é real.

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Não sinto meu desejo de tê-las perto de mim vão, tolo ou só apegado, pois é delicioso estar com elas, mas escolho senti-las num lugar de onde jamais saíram: em meu peito, sem sofrimento ou apego. Afinal, sofrimento não combina com o que sentimos ao estarmos todas juntas. Nesse momento, as reconheço apenas em amor, vibrando em mim, sem tempo/espaço.

Eu sou feliz, sou inteira, completa, plena, sozinha ou com elas no Amor Vivo!

Busco alcançar padrões imagináveis de amor, serenidade, paz, sabedoria, eficiência e felicidade contínua para a minha vida. Procuro olhar para dentro, para o momento, desapegar da presença e degustar a onipresença do nosso Amor Vivo.

Tô por ti, vamos nessa?!

#EMTREINAMENTOCONTINUO

PS. Dedico esse texto a todos aqueles que, por um motivo ou outro, não estarão com quem amam nesses dias de comemoração. Espero que tenham força para também escolher o Amor Vivo, sem apegos, aqui e agora, onde mora a felicidade.

Sobre o autor

Valéria Schil

Ana Valéria Vieira Schil, Psicanalista Clínica, Gestora em RH, Gestora em Pessoas, Docente em Cursos de Formação, Conferencista,Terapeuta Holística com formação em: Máster em Reiki; Máster em Reiki Tradicional Japonês Dentho; Reiki-Ryoho; Karuna Cirúrgico; Reflexologia Podal;Auriculoterapia; Florais de Bach; Feng Shui.

Atua com terapia em adultos, casais, grupos, com métodos de acesso ao inconsciente; Hipnose, Regressão, Terapia de vidas passadas;Terapia de Memória Simbólica.

E-mail: valeriaschil@gmail.com