Convivendo

Exclusões nas eleições

Pessoa de costas em meio a uma multidão.
Bits And Splits / Shutterstock
Escrito por Fátima Cardoso

A vida vem fluindo, fluindo, fluindo… Até que as células do seu pai e da sua mãe se unem para um novo projeto de vida: você! E por alguns meses você mora no útero de sua mãe.

Chegou o grande dia, você nasceu! Abrindo o foco em relação à moradia, à medida que a sua consciência se amplia, você se dá conta que já morou dentro da mamãe, agora passou a morar no sítio ou na rua pertencente a cidade “A”, cidade essa que pertence ao estado “B”, pertencente ao país Brasil ou outro país… planeta Terra.

Seu relacionamento mais direto era com a mamãe, agora a rede de contatos se ampliou para muito além da mãe. Você interage com a mamãe ou outra pessoa que faz a função materna, com o papai ou outra pessoa que executa a função paterna, talvez alguns irmãos, muitos parentes, amigos e vizinhos da família.

Mulheres conversando entre si.
StockSnap / pixabay

Essa rede de relacionamentos vai ampliando ainda mais. É chegada a hora de ir para o mundo: creche, escola, casas de amigos, trabalho, viagens etc. Como resultado dessas interações, podem acontecer “estreitamentos dos laços com fita bonita” com algumas dessas pessoas; mas talvez com outras pessoas, você fique preso por “nós” de questões mal resolvidas.

Existe o antes de você e o depois de você, falei sobre o depois de você, depois do seu nascimento, e antes de você chegar aqui na Terra? Voltando o foco para antes do nascimento, também podemos percorrer os olhos pelo caminho que a vida fluiu indo do micro para o macro. Você e seus pais, três vidas; abrindo mais o foco, vamos enxergar os pais dos seus pais, seus avôs, sete vidas.

Olhando mais além, os pais dos pais deles, seus bisavôs, quinze vidas, e assim segue até muito, muito longe… Há milhões de anos, a vida vem fluindo até chegar em nós. Você e eu somos apenas um grão de areia dado o tamanho da população mundial. Em alguma geração passada, os caminhos dos seus parentes e dos meus parentes já se cruzaram; afinal, viemos da mesma raça humana, logo, de alguma forma, somos um grande sistema familiar.

Nossa população/grande família brasileira está vivenciando um momento importante da nossa história, podendo, mais uma vez, votar para escolher quem serão os(as) governantes da nossa “grande casa”, nosso maravilhoso país Brasil. Nossa família de origem — na qual nascemos — nos passou muitas informações; dentre elas, genéticas, culturais, socias, alguns valores que nos levam a optar pelo(a) candidato(a) “X”, “Y” ou “Z”.

Bert Hellinger nos fala nas leis do amor por meio das Constelações Sistêmicas Familiares sobre o respeito à hierarquia, para que a ordem se mantenha. Ele nos fala também sobre os desequilíbrios causados pelas exclusões. Essas leis atuam sobre o micro, a família de cada indivíduo, e o macro, a grande família Brasil.

Pessoas erguendo pequenas bandeiras do Brasil.
Denisfilm de Getty Images Pro / Canva

Podemos escolher votar no(a) candidato(a) “X”, “Y” ou “Z”, isso é harmonioso, uma vez que o Brasil é regido pela democracia, mas se somos agressivos com quem optou por um(a) candidato(a) diferente, será que não estamos excluindo essa pessoa? Será que não estamos criando “nós”? Segundo as leis sistêmicas, estamos nos emaranhando se excluirmos aqueles que pensam de maneira diferente. No entanto, se evitarmos essas exclusões, poderemos dar um “laço bonito” rumo à nossa evolução material e espiritual como cidadãos e como nação.

Quantos cancelamentos no mundo digital e na vida real, quanta agressividade nas palavras, ofensas de candidatos(as) para candidatos(as), ofensas distribuídas livremente entre eleitores, ofensas entre eleitores e candidatos(as). As exclusões nos enfraquecem, geram desordens e sofrimentos, mas é por meio da ordem e do amor que nos unimos e nos fortalecemos.

Mesmo sendo indivíduos únicos — fazendo escolhas diferentes, podendo não concordar com a escolha do irmãozinho —, não podemos lhes negar o direito de pertencimento. Afinal, somos uma grande família e temos algo grande e belo em comum, queremos a ordem, o amor e o crescimento para o nosso amado lar Brasil.

Ao se perguntar “Em quem eu vou votar para governar nosso grande lar, o Brasil?”, é provável que surja outra pergunta “qual o(a) melhor candidato(a)?”. Para responder essa segunda pergunta, será criado um processo um tanto trabalhoso. Isso exige que você estude as propostas, os planos de governo de todos(as), que os compare e, então, decida pelo melhor plano de governo.

Para evitar todo esse trabalho, você e muitos de nós pegamos um atalho, simplificamos, votando nos(as) candidatos(as) de que gostamos mais. Desse modo, a decisão passa a ser mais emocional do que racional.

Uma urna eletrônica.
Paralaxis de Getty Images Pro

E uma vez terminado o período eleitoral, com aqueles(as) que receberam o maior número de votos, tornando-se os(as) governantes, a hierarquia deve ser respeitada mesmo que não tenhamos votado no(a) candidato(a) eleito(a).Dessa forma, convido vocês a olhar com amor para essa grande família que somos e estreitar os laços com uma “fita bonita”, mesmo sabendo que isso não é tão fácil.

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A Constelação Sistêmica Familiar pode ajudar no seu posicionamento harmonioso na família e no mundo.

Fátima Cardoso é facilitadora de Constelação Sistêmica Familiar e Cinesiologia Quântica.

Sobre o autor

Fátima Cardoso

Fátima Cardoso é facilitadora de Cinesiologia Especializada pela escola Three in One Concepts. Facilitadora em Cinesiologia Quântica pela Conexão Harmônica, Massoterapia e Reflexologia pelo Senac, e também Reiki e Metafísica da saúde. Facilitadora de Constelação Sistêmica Familiar presencial e online. Além disso, fez participações no programa Kabballah Egípcia na Rádio Mundial.

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