Saúde da Mulher

Fogachos na menopausa: o que são e como lidar com o sintoma

Mulher com calor
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Temida por muitas mulheres, a menopausa representa o fim do período fértil no organismo feminino. Por mais que esse seja um processo natural, existem sintomas nada agradáveis dessa transformação, que integram o fogacho na menopausa. O melhor jeito de garantir uma boa qualidade de vida, mesmo nesse período, é se informar sobre os detalhes dessa mudança. Tire suas dúvidas, a seguir.

Os fogachos são definidos por súbitas ondas de calor pelo corpo, que podem ser considerados comuns em determinadas situações, como descarga de adrenalina, vergonha, euforia, ingestão de bebidas e alimentos quentes etc.

No entanto, existe um tipo específico de fogacho que é característico da fase da menopausa, ou seja, a fase em que o corpo feminino cessa permanentemente a menstruação.

Para saber o que é o fogacho, conhecer os sintomas e entender o que fazer para tratá-lo e lidar melhor com os calores da menopausa, acompanhe o artigo!

O que é fogacho?

Mulher se abanando com calor.
Valerii Honcharuk / Canva

Fogacho é o nome que damos às ondas de calor no corpo, sejam elas decorrentes de esforços físicos, adrenalina, vergonha, estresse, ansiedade e outras situações. Essas ondas de calor normalmente são sentidas em áreas como rosto, pescoço e peito.

O fogacho é um dos sintomas característicos da menopausa, o ciclo importante em que o corpo feminino cessa as menstruações. Estima-se que cerca de 80% das mulheres enfrentam esse sintoma durante a menopausa. Ele é tão comum que, muitas vezes, é o que ajuda algumas pessoas a identificarem que o corpo está passando pelo estágio da pré-menopausa, conhecido como “climatério”.

Em 80% dos casos, os fogachos da menopausa duram por mais de um ano. Na maioria das vezes, o fogacho dura por dois ou três anos. Entretanto, 25% das mulheres sofrem com esses calores por mais de cinco anos, e 10% continuam sentindo os sintomas até depois dos 70 anos.

A intensidade dos calores da menopausa pode variar de pessoa para pessoa, principalmente considerando histórico genético, níveis hormonais, uso de medicamentos e saúde geral de cada pessoa, como nível do peso corporal e estilo de vida.

Quais as causas do fogacho?

O corpo feminino passa por diversos ciclos e processos naturais, que são até bonitos de acompanhar. Os fogachos são apenas um dos fatores que compõem esse ciclo natural, já que ele surge devido às mudanças nos níveis hormonais que ocorrem durante o climatério e a menopausa.

Um dos hormônios que passam por essas alterações é o estrogênio, que regula algumas funções importantes do corpo — e uma delas é justamente a temperatura corporal. Quando os níveis de estrogênio começam a cair, nesse período de transição para a menopausa, o sistema de regulação da temperatura do corpo começa a ser afetado, fazendo com que o cérebro entenda que o corpo está superaquecendo.

Em resposta a esse processo, o corpo aciona mecanismos para se resfriar, a fim de normalizar a sensação térmica, dilatando vasos sanguíneos e ativando a sudorese (suor excessivo).

Quais as características do fogacho?

As características mais comuns dos fogachos da menopausa são:

  • Ondas súbitas de calor
  • Distúrbio do sono (insônia)
  • Estresse e irritabilidade
  • Suor excessivo
  • Palpitações no coração
  • Rubor facial

Vale relembrar que, como dito no tópico anterior, a intensidade dessas sensações pode variar significativamente de pessoa para pessoa.

Como tratar o fogacho?

Vitamina E.
sasirin pamai’s Images / Canva

Para os casos mais críticos, há alternativas de tratamento disponíveis para amenizar as ondas de calor e fornecer mais qualidade de vida. Porém, é sempre importante discutir as possibilidades com um profissional de saúde especializado, para encontrar a melhor opção para o seu caso.

Confira as possibilidades de tratamento para fogachos:

Reposição de estrogênio: na terapia de reposição hormonal (TRH), é possível equilibrar os níveis de estrogênios e manter a temperatura corporal regulada. No entanto, por conta dos efeitos colaterais, a alternativa é recomendada apenas por curtos períodos, para mulheres com sintomas leves; para as que enfrentam ondas de calor mais fortes, o período de uso pode ser maior. Vale lembrar que pacientes com histórico de doença cardiovascular, trombose ou câncer de mama não podem fazer reposição de estrogênio.

Vitamina E: essa vitamina pode ajudar a diminuir os fogachos na menopausa, mas é necessário se atentar ao ingerir a vitamina E pois sua ingestão pode ter efeitos colaterais, como o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo.

Mudar estilo de vida e perder peso: como o nível de gordura corporal é um fator importante na medição da intensidade das ondas de calor, se você está acima do peso, é recomendado se dedicar a perder peso. Ter alimentação equilibrada, hidratação adequada, menos consumo de bebidas alcoólicas e parar de fumar também colaboram para a diminuição dos fogachos.

Cuidado e paciência com o processo

Apesar de desafiadores, os fogachos são apenas consequências de mudanças naturais no corpo feminino. É uma jornada que se torna melhor com cuidados, acompanhamento médico, mudanças no estilo de vida e, claro, muita positividade e paciência com o processo do seu próprio corpo, até que ele se adapte à sua nova fase.

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Para que mais pessoas tenham acesso a essas informações pertinentes acerca dos calores da menopausa, não deixe de compartilhar este artigo!

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