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Maçonaria e o ser maçon segundo Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Símbolo da maçonaria.
OpenClipart-Vectors / Pixabay

“Se não sabe o que está falando, se não conhece o que sai da sua mente, faça silêncio, pois se sua mente te oferece uma noção baseada em informações soltas e maldosas, melhor que faça silêncio, pois o sábio cora suas palavras.”

Muitos infelizmente ainda possuem uma noção distorcida do que é a maçonaria. Utilizam-se de informações soltas, onde falam cada coisa esdrúxula sem base, sem fundamento. O fato é que a maçonaria é uma instituição filantrópica, filosófica, iniciativa e fraternal, uma verdadeira irmandade. Não é religião.

Nela o homem aprende a cavar masmorras aos vícios e a levantar templos à virtude. O homem aprende nos estudos filosóficos a ser um homem melhor em sociedade, na família, na profissão, na religião para a qual professa fé. É, enfim, um lugar para homens livres e de bons costumes. O ser maçom não tem nada a ver com o que falam por aí. Ao contrário, a maçonaria é uma instituição histórica que trabalha para melhorar a vida da sociedade por meio de vários projetos pelo mundo afora. A maçonaria não é uma instituição secreta, ela é discreta. Muitos perguntam sobre os símbolos utilizados nas reuniões em loja. Os símbolos obviamente possuem seus significados para serem estudados no sentido de melhorar a versão do homem enquanto turno em vida.

Assim como em qualquer instituição, a maçonaria possui seu modo de trabalho, sendo que suas reuniões são apenas para os maçons e todo estudo, tudo que é dito, ensinado, fica entre os irmãos da ordem.

Quando há reuniões abertas para o público, aí, sim, são sessões abertas para que a sociedade possa ter essa aproximação com a instituição que tanto já fez e faz pela sociedade. A ordem maçônica é discreta e não precisa se promover em sociedade no sentido de ter uma intenção de ser reconhecida popularmente. Ela é percebida por olhares atentos. Ela ajuda a sociedade em diversos momentos importantes, assim foi desde sua criação. Inclusive, caso queiram saber sobre os detalhes da história, basta pesquisar como nasceu a maçonaria. Como diz o salmo 133 “Quão bom seria os irmãos andarem em união”, em outras palavras, a maçonaria preza pelos bons costumes e só pode se tornar um dia maçom homens livres e de bons costumes, que acreditam em Deus, seja qual for a religião. Na ordem maçônica, Deus é denominado “GADU” (GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO).

A relação entre a maçonaria e a religião é muito boa. Dentro da ordem maçônica temos pastores da Assembleia de Deus, Metodista, Presbiteriana, Batista, Pentecostal, bem como membros das igrejas neopentecostais. Sem falar dos membros que são budistas, espíritas, dentre outras religiões. Só não se aceitam ateus.

Essa história de que a maçonaria faz rituais satânicos, que nega a divindade de Cristo, tudo isso é conversa fiada. Essas coisas bizarras são coisas mentirosas. Outra questão é que a maçonaria não tem nada a ver com Illuminatis. Basta o pesquisador ter o cuidado de ler a história da maçonaria e ver como e de onde ela nasceu, e depois ver a intenção da maçonaria, que é completamente diferente de tudo que se fala por aí. Também pesquise em fontes confiáveis sobre a história dos Illuminatis e veja qual é a intenção deles. A maçonaria, portanto, não tem nada a ver com eles. Enfim, esse meu artigo é para esclarecer como pesquisador e filósofo, que a ordem maçônica é uma instituição séria, onde só entram homens sérios e comprometidos com a sociedade no sentido de unir forças para auxiliar sua comunidade por meio dos trabalhos e ações e, óbvio, devem ter inclinação aos estudos da filosofia e por vezes vão bater de frente com suas convicções anteriores, de sorte que precisam ser imparciais para com suas paixões no mundo profano. No espírito do homem maçom existe uma espiritualidade e um equilíbrio diferente dos homens profanos, de sorte que não há impedimentos para entrar em estudos, sejam estudos filosóficos, esotéricos, históricos e outros; pois se há liberdade não há impedimentos para aprimorar a própria versão humana por meio do conhecimento.

Templo maçônico.
Erik Mclean / Pexels

O maçom é um sábio que faz silêncio e sabe a hora de entrar e sair, de falar ou de se calar. Nenhuma coisa boa torna torna seu possuidor feliz, a menos que sua mente esteja habituada com a possibilidade de perda. O maçom sabe tratar bem as pessoas, pois ele aprende em loja a ser um homem excelente. Ele é pacífico, paciente, tardio em se irar, sabe ser compreensivo e naturalmente possui em seu espírito a compaixão, o amor pelo próximo; de sorte que é caridoso e no momento oportuno faz caridade. Ele é conselheiro, amigo da justiça, reto, ético, íntegro e respeita as pessoas como elas são. Cada loja da maçonaria pertence a uma potência, cada qual dentro de seu rito. Existem as lojas onde acontecem as reuniões, existem as grandes lojas e hoje a maçonaria está em todos os continentes do planeta, uma grande irmandade, fraternidade. Os maçons se cumprimentam como irmãos e as esposas dos maçons são chamadas de cunhadas, seus filhos são chamados de sobrinhos. A maçonaria, inclusive, tem muitas atividades e trabalhos para ajudar a sociedade, onde contam com toda família, esposas, filhos. Existem algumas vertentes, se podemos rotular assim, como por exemplo o Demoley, que trabalha com os jovens, e também outras vertentes que as mulheres “cunhadas ” trabalham em projetos onde se desenvolvem muitas coisas boas para a sociedade. A maçonaria ajuda asilos, orfanatos, presídios, instituições culturais, dentre outros. Promove eventos e elabora projetos para ajudar a sociedade, assim como faz o Rotary Club Internacional, do qual sou membro. O fato é que a maçonaria faz muito mais que o próprio poder público. Por conta da pandemia ainda na data presente deste artigo, 24 de junho de 2021, muitos projetos estão aos poucos retomando suas atividades.

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Penso, enfim, que a sociedade precisa se atentar para a importância da maçonaria, em ter maçons em sua comunidade. O maçom tem um olhar atento sobre os pontos cegos, vê detalhes onde o homem comum não vê, não entende, não pode ser percebido senão por um maçom. Isso faz sentido e dá vida à teoria de que “somos muitos” e de que o “olhar de Deus está em todo lugar, os olhos que tudo veem”, no sentido de ter atenção para observar esses pontos cegos que precisam ser trabalhados a fim de melhorar o convívio em sociedade da própria pessoa humana em sociedade, no mundo que lhe cerca, na comunidade, na sua realidade. Uma outra questão é que o maçom faz muito pela sociedade, no entanto o que a mão direita fizer a esquerda não precisa saber, isto é, não precisa fazer alarde de suas boas feitorias no sentido de querer aparecer, inflar o próprio ego. Ao contrário, o maçom faz como se fosse para Deus.

Termino aqui, teria muito ainda para escrever. Como filósofo deixo esse registro para história e este artigo estará aqui podendo ser pesquisado no Google utilizando o título que se encontra nos altos.

“A vida só se justifica se for repleta de heroísmos, faça sua vida valer a pena, não fique preso à mediocridade dos impedimentos. DEUS é liberdade. Apocalipse 11.”

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

Podem também pesquisar no Google: filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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