Saúde Integral

Refletindo sobre o processo de cura

Mulher usando blusa de mangas compridas e cachecol, com uma mão no peito e a outra em frente de sua boca. Em sua frente, em uma mesa, vários lenços de papel amassados, e embalagens de medicamentos.
Escrito por Frederico Rodrigues

A dependência no uso de medicamentos têm se tornado uma realidade, seja no tratamento crônico de doenças, como na diabetes, ou no rompimento de sintomas agudos, como na dor de cabeça. Isso nos leva a crer que os fármacos possam ser utilizados, em alguns casos, como método rápido para resolução de problemas, sem intuito de investigação do problema em si. O que isso significa?

Diversas cartelas de medicamentos de cores, tamanhos, formas e apresentações diferentes.

Vamos pensar sobre a insônia, muito comum hoje em dia. Resolvemos o problema da ausência de sono logo de cara com comprimidos revestidos que rapidamente cumprem o que prometem, sem antes compreender o motivo pelo qual nossas mentes não se desligam dos problemas diários. Nesse caso, desconsideramos a prática de atividades físicas, os benefícios da meditação ou a ingestão de alimentos saudáveis.

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Por mais resolutivo e benéfico que possa parecer, os medicamentos agem na modificação biológica, ou seja, no desequilíbrio para causar equilíbrio, e vice-versa. Além disso, têm efeitos adversos, interações com outros medicamentos/nutrientes e possui características não uniformes, ou seja, atuam de modos diversos em pessoas de diferentes localizações e culturas.

Hipócrates, filósofo e considerado pai da medicina citou: “Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer”. É de se imaginar que em um cenário onde 79% das pessoas acima de 16 anos fazem uso de medicamentos sem indicação profissional esse pensamento fora esquecido (ICTQ, 2018).

A ideia central não é que imaginemos os medicamentos como inimigos -jamais serão-, mas como substâncias para aplicação em situações realmente necessárias, onde todos os meios para decifrar nossos problemas já tenham sido experimentados anteriormente.

Homem em escritório, cobrindo sua boca com a mão esquerda para tossir. em sua frente, alguns frascos de medicamentos e lenços de papel.

Por isso, há grande necessidade que os profissionais da saúde estejam atualizados e em conformidade com princípios éticos que poupem os enfermos de armadilhas geradas pelo marketing industrial no setor farmacêutico.

Fonte: ICTQ

Sobre o autor

Frederico Rodrigues

Farmacêutico especializado em clínica e prescrição de medicamentos, pós-graduando em docência e prática da meditação, mestrando em ensino de ciências da saúde e do ambiente.

Atuante como farmacêutico hospitalar no acompanhamento para uso racional de medicamentos em pacientes de risco.

Pesquisador sobre metodologias ativas de ensino aprendizagem em instituições de ensino superior.

Amante das práticas holísticas, meditação, mindfulness, ikigai, etc.

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