Com certeza você já reparou a sua volta a oferta crescente de produtos sem glúten, assim como deve ter amigos ou parentes que optam por uma dieta livre desse composto.
Atualmente observa-se um número crescente de pessoas intolerantes ao glúten, além dos celíacos.
Os portadores da doença celíaca têm um grau de intolerância elevado de tal forma, que o mínimo contato com glúten pode colocar sua vida em risco, desencadeando diarreia, fechamento de glote, cólicas e diversos outros sintomas.
Os intolerantes podem apresentar anemia, enxaqueca, artrite, infertilidade, depressão, fadiga e vários outros desconfortos, porém não precisam de um controle tão rígido, não necessitando investigar se existem traços de glúten em tudo que consomem.
![Trigo em campo, focado na imagem.](http://www.eusemfronteiras.com.br/wp-content/uploads/2020/06/close-up-4363299_1280-1024x682.jpg)
Já parou para se perguntar por que isso está acontecendo?
Diante do crescimento da intolerância ao glúten, vários estudos passaram a ser realizados em busca de um fator que justificasse esses dados.
No livro “Barriga de trigo”, o cardiologista William Davis acredita que o desenvolvimento dessa intolerância está ligado à mudança genética que o próprio trigo sofreu ao longo dos anos.
Davis aponta diversos problemas que o consumo de glúten pode acarretar, mesmo para quem não é intolerante:
- Dependência (tal qual substâncias viciantes)
- Obesidade
- Acnes e espinhas
- Doenças cardiovasculares
- Lipogênese
- Envelhecimento precoce
- Diabetes
- Resultado metabólico de natureza acídica
Contudo, mesmo diante dos estudos apresentados, pode parecer desafiador optar de forma espontânea pela redução do consumo de glúten.
Deixar o pãozinho de lado, a pizza de domingo, assim como as pastas da mamma, é algo que não passa pela cabeça.
Porém, indo além dos estudos, existe um convite para você experimentar e provar como se sente ao reduzir o consumo de glúten no seu dia a dia, avaliando e percebendo como seu corpo se comporta, para então fazer uma escolha consciente, baseada na sua experiência.
Vou dizer que faz dez anos que optei por deixar o glúten fora das minhas refeições. Meu nível de vitalidade, imunidade e bem-estar cresceu de forma exponencial, mas essa é a minha percepção.
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Diante de minha escolha, ao longo desses anos, desenvolvi diversas receitas que trazem satisfação e prazer.
Uma delas é o pão de amêndoas. Anota a receita, pega o avental, e vamos para a cozinha!
Pão de amêndoas
Serve: 6 pães
Ingredientes
- 1 xícara de chá de farinha de amêndoa
- 1/2 xícara de chá de aveia em flocos médios
- 3/4 de xícara de chá de polvilho doce
- 1/4 de xícara de chá de azeite
- 2 colheres de chá de sal
- 1 sachê de fermento biológico para pão
- 1 colher de sopa de açúcar
- Mix de sementes a gosto
Modo de preparo
- Em um bowl pequeno, misture o fermento com o açúcar.
- Adicione 1/2 xícara de chá de água morna e misture. Reserve.
- Em um bowl grande, coloque a aveia, a farinha de amêndoa, o polvilho doce e o sal. Misture.
- Adicione o azeite, 1/2 xícara de chá de água e o fermento dissolvido em água.
- Misture, integrando todos os ingredientes.
- Unte 6 aros de modelar alimentos, de 8 cm de diâmetro, com azeite e farinha de mandioca.
- Distribua os aros sobre uma assadeira untada.
- Distribua a massa, preenchendo os seis aros por igual.
- Polvilhe a superfície dos pães com o mix de sementes.
- Deixe descansar por 15 minutos.
- Leve ao forno preaquecido a 180°C por cerca de 45 minutos.
- Retire do forno e distribua os pães sobre uma grade.
- Espere esfriar antes de cortar (o pão continua seu processo de cozimento, depois que sai do forno).
Dicas
- A água a ser misturada no fermento deve estar morna, com uma temperatura agradável para mergulhar o dedo, de forma que não desestabilize o fermento.
- O pão pode ser armazenado em recipiente fechado por até 5 dias na geladeira, ou dois dias em temperatura ambiente.
- Você pode enriquecer o seu pão, acrescentado algumas sementes à massa.
- Você pode optar por assar o seu pão em uma forma de bolo inglês, no lugar dos aros.
Bom apetite!