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Setembro Amarelo: por que falar de saúde mental pode salvar vidas

Na imagem, há as mãos de uma pessoa segurando o laço amarelo que representa o Setembro Amarelo (Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio).
Fabián Montaño / Fabian Montaño / Canva
Escrito por Carla Marçal

Setembro Amarelo nos convida a refletir: por que falar sobre saúde mental pode ser tão transformador? O silêncio protege ou aprisiona? Descubra como pequenos gestos de escuta e acolhimento podem salvar vidas. Continue a leitura e veja por que falar, de fato, salva.

Setembro se tornou um mês simbólico para refletir sobre a prevenção do suicídio. Apesar de ainda ser um tema envolto em silêncio, cada vez mais cresce a consciência de que falar é necessário. O suicídio raramente acontece de forma repentina. Na maioria das vezes, é resultado de um sofrimento prolongado, que poderia ter sido percebido, acolhido e cuidado.

Esse cuidado começa pela atenção. Muitas vezes, a pessoa que pensa em tirar a própria vida envia sinais de forma direta ou indireta. E quem convive com ela pode se tornar um ponto de apoio, desde que saiba observar e acolher sem julgamentos.

Sinais que merecem atenção

Mudanças bruscas de comportamento, frases carregadas de desesperança, afastamento de pessoas próximas, desinteresse por atividades que antes eram importantes. Também podem aparecer sinais no corpo: dificuldade para dormir, alterações no apetite, descuido com a saúde e até a entrega de objetos pessoais de valor afetivo.

Esses sinais não devem ser tratados como “drama” ou “fraqueza”. Eles revelam que alguém está carregando um peso que não consegue mais sustentar sozinha. A escuta atenta pode fazer a diferença.

O papel da escuta

A imagem foca na mão de uma mulher sobre o ombro de outra mulher, simbolizando suporte, apoio.
Pressmaster / Canva

Escutar não significa ter todas as respostas. Muitas vezes, a pessoa em sofrimento precisa apenas de alguém que esteja disposto a estar presente, sem minimizar o que ela sente. Frases como “vai passar” ou “pense positivo” não ajudam. O que ajuda é abrir espaço para que ela fale, com calma, sem ser interrompida ou julgada.

Essa escuta, porém, não substitui o cuidado profissional. Psicólogos e psiquiatras são preparados para lidar com situações em que a dor já está intensa demais. Reconhecer os limites do que conseguimos oferecer como amigos ou familiares é também um gesto de cuidado.

Por que buscar orientação psicológica?

Quando alguém enfrenta pensamentos de morte ou uma tristeza profunda que não cessa, a orientação psicológica se torna essencial. A terapia ajuda a compreender o que está por trás desse sofrimento, a reorganizar a forma de lidar com pensamentos e emoções, e a encontrar novos caminhos.

Em alguns casos, o acompanhamento psiquiátrico também é necessário. Isso acontece quando o sofrimento atinge o corpo de forma tão intensa que precisa de suporte medicamentoso para estabilizar o funcionamento do organismo. Longe de ser sinal de fraqueza, buscar ajuda psiquiátrica é um ato de responsabilidade e cuidado com a própria vida.

Quebrando o silêncio

Na imagem, há uma mulher dando suporte a uma amiga que está triste.
Photo By: Kaboompics.com / Pexels / Canva

Um dos maiores desafios ainda é o tabu. Muitas pessoas acreditam que falar sobre suicídio incentiva, quando, na verdade, é o contrário. O silêncio aumenta a solidão de quem sofre. A conversa abre possibilidades de apoio. É justamente o diálogo responsável que pode salvar vidas.

Por isso, em setembro e em todos os meses, precisamos falar sobre saúde mental. Precisamos ensinar crianças e adolescentes a reconhecerem suas emoções. Precisamos oferecer espaços seguros de conversa para jovens e adultos. E precisamos lembrar aos mais velhos que pedir ajuda não diminui ninguém.

O que você pode fazer por alguém próximo

Se você percebe que alguém está em sofrimento, aproxime-se com delicadeza. Pergunte como essa pessoa se sente, esteja disponível para ouvir. Ofereça companhia para procurar ajuda profissional. E lembre-se: você não precisa carregar tudo sozinha, mas pode ser o elo que conecta quem sofre a um caminho de cuidado.

Da mesma forma, se você mesma tem vivido pensamentos de morte ou se sente presa em um ciclo de desesperança, acolha o fato de que esse é o momento de buscar apoio especializado. Reconhecer a necessidade de ajuda é sinal de maturidade e de amor-próprio.

Setembro Amarelo é um apelo coletivo para olharmos com atenção para a vida. Reconhecer sinais, escutar sem julgamentos e incentivar a busca por ajuda psicológica e psiquiátrica pode mudar destinos.

Cuidar da saúde mental é cuidar daquilo que sustenta nossas escolhas, nossos vínculos e a forma como enfrentamos os desafios da vida. Se em algum momento a dor parecer insuportável, saiba que não é preciso atravessar isso sozinha. Há profissionais preparados para ajudar.

E quando falamos em prevenção do suicídio, cada gesto de escuta, cada palavra de acolhimento e cada decisão de buscar ajuda fazem diferença. Falar salva vidas. Escutar salva vidas. E escolher cuidar de si mesma é também escolher viver.

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Carla Marçal, Psicóloga
CRP 06/35821-9

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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