Além de ser o nome de um filme, “sexto sentido” é o termo utilizado para se referir a um pressentimento, a uma intuição ou a uma sensação que uma pessoa tem sobre alguém ou alguma coisa. Existem questionamentos sobre a veracidade dessa percepção, já que ela teria uma certa relação com a vidência e com aspectos sobrenaturais. A ciência, no entanto, traz uma visão diferente sobre o tema.
Para o neurologista Martin Portner, o conhecido como sexto sentido seria uma sensação que funciona juntamente aos outros cinco sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). O médico confirma não só a existência de um sexto sentido, mas também a eficácia dele para informar uma pessoa sobre algum fato ou acontecimento sobre o qual, a princípio, ela não teria conhecimento.
Além disso, Portner garante que pesquisas científicas em todo o mundo indicam que as mulheres teriam o sexto sentido mais desenvolvido, em comparação aos homens. Essa diferença foi identificada a partir da análise do corpo caloso, uma parte do cérebro por onde transitam mais informações no intelecto feminino do que no masculino. Nesse sentido, a intuição das mulheres seria mais predominante.
O sexto sentido é identificado em uma pessoa quando ela tem a sensação, aparentemente inexplicável, de que deve fazer uma coisa de um jeito diferente, deixar de ir para um lugar ou conferir se uma pessoa está bem e segura, entre outras. Nessas ocasiões, é possível que a intuição esteja assumindo o controle em vez da razão, ou seja, o sexto sentido está agindo sobre a pessoa que o tem.
Quando uma pessoa identifica que tem um sexto sentido desenvolvido, ela pode fazer um trabalho para aprimorar essa característica.
Flávia Penedo, terapeuta e especialista em astrologia, sugere que um local tranquilo e uma mente relaxada são ideais para quem deseja controlar o sexto sentido. Dessa forma, é possível que todas as sensações sejam percebidas e interpretadas, desenvolvendo o sexto sentido de forma mais apurada, sem a influência de fatores externos.
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É importante, no entanto, atentar-se para a recomendação de David Myers, psicólogo e professor da Hope College (EUA). Para ele, o sexto sentido pode ser interpretado de forma positiva e negativa. A diferença da intuição em relação ao sistema racional da mente é que ela não precisa de esforço para ser colocada em prática, é um movimento rápido e associativo do cérebro, baseado em experiências passadas da própria pessoa. O problema do sexto sentido é a perda da análise racional, que pode levar uma pessoa a tomar atitudes e a adotar comportamentos sem considerar os riscos. Ainda assim, essa intuição pode ser utilizada para exercitar a criatividade e auxiliar nas escolhas racionais.