Convivendo

Testes em Animais

Coelho em uma caixa de vidro
Elnur Amikishiyev/123RF
Escrito por Luciana Pessutti

A seguir vamos elucidar um pouco sobre os testes em animais. São inúmeros os tipos de testes que a grande maioria das pessoas desconhece. Nosso intuito com este texto é conscientizar o máximo de pessoas possível sobre o assunto para que façam escolhas por empresas que não utilizem essa prática.

Um exemplo atual que está constantemente nas mídias é o da descoberta de uma vacina para combater a pandemia do coronavírus (Covid-19). Para chegar a uma vacina eficiente, esse processo passa por inúmeros testes, sendo que a maioria deles é feita em animais.

Não somente o caso dessa vacina como também a pesquisa da maioria de medicamentos, cosméticos e muitos outros itens passam por esse procedimento (testes), mas temos outras alternativas, que estarão em links para verificação abaixo do texto.

No decorrer da história existem vários relatos de que muitos medicamentos que foram testados em animais tiveram sucesso, mas infelizmente isso não ocorreu com os humanos.

São diversas as espécies de animais que são utilizadas nessa prática, como cachorros, gatos, coelhos, ratos, macacos, porcos, entre outros.

Algumas das razões para ser contra testes em animais são: 1. Testes em animais e os resultados nos humanos concordam somente de 5 a 25% das vezes.

2. 95% das drogas homologadas por testes em animais são imediatamente descartadas como desnecessárias ou perigosas para os humanos.

3. Pelo menos 50 drogas no mercado causam câncer em animais de laboratório. Mas elas são permitidas, porque é admitido que testes em animais não são relevantes.

Caso você tenha maior interesse sobre o assunto, encontrará no link a seguir no mínimo 25 razões para ser contra essa prática:

Fonte: 25 razões para ser contra testes em animais | Tudo sobre Cachorros

TIPOS DE TESTES EM ANIMAIS

Teste Draize de Irritação dos Olhos

Ratinho de laboratório em uma gaiola
Kirill /123RF

É utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. São observadas as reações causadas na pele e nos olhos de animais. Em testes para a irritação dos olhos, os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Durante o período do teste, que normalmente dura uma semana, os animais podem sofrer de dor extrema e mutilação e geralmente ocorre a cegueira. Para impedir que os bichos arranhem os olhos, eles são imobilizados em suportes, de onde somente a sua cabeça se projeta. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente por meio de clipes de metal, que seguram suas pálpebras. O teste normalmente causa danos irreparáveis aos olhos dos animais, deixando-os ulcerados. No final do período, eles são mortos para averiguação dos efeitos internos das substâncias experimentadas. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize porque são baratos e fáceis de manusear: seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para os olhos humanos. A espessura, a estrutura de tecido e a bioquímica das córneas do coelho e do humano são diferentes. Coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas). Resultados de testes são sujeitos a interpretações ambíguas. O que aparenta ser um dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro. Lembra do xampu que não arde no olho do bebê?

Pois é…. ardeu, torturou e matou milhares de animais!

Teste Draize de Irritação Dermal

Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em pele raspada e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). Substâncias são então aplicadas diretamente à pele tosada e ferida do animal. Esse teste é amplamente utilizado para cremes hidratantes, perfumes e xampus.

Testes de toxicidade alcoólica e por tabaco

Coelho em uma caixa de vidro e em sua frente vidros com liquido
Elnur Amikishiyev/123rf

Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar para que depois sejam dissecados. Você fuma? Aprecia bebida alcoólica? Que tal repensar por você e por eles?

Teste LD 50

Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Percent (dose letal 50%). É o teste para detectar qual a quantidade de substância que matará a metade do grupo de animais,

num tempo predeterminado, se ingerida ou inalada forçadamente ou exposta de alguma maneira. Criado em 1920, o teste serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. Durante o período de teste, os animais normalmente sofrem de dores angustiantes, convulsões, diarreia, supuração e sangramento nos olhos e boca. No fim do teste, os animais que sobrevivem são sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais nos EUA são obrigados a inalar e a ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o corpo, creme dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente tóxicas. Mesmo quando o LD 50 é usado para testar substâncias claramente seguras, é praxe buscar a concentração que levará a metade dos animais à morte. Assim os animais têm de ser expostos a exorbitantes quantidades de substâncias proporcionalmente impossíveis de serem ingeridas acidentalmente por um ser humano. Esse teste prova ser ineficaz porque os resultados variam muito, dependendo da espécie de animal utilizada. Um prognóstico seguro da dose letal para os humanos é impossível de ser detectado com testes em animais. Vamos rever a marca do nosso detergente, sabão em pó, xampu, creme hidratante e outros? O que temos a perder? E os animais a ganhar com a nossa conduta?

Experimentos na área da psicologia

Estudo comportamental, incluindo privação da proteção materna e privação social na inflição de dor, ou seja, afastar os animais da convivência de outros animais para a observação do medo; uso de estímulos aversivos, como choques elétricos para aprendizagem; e indução dos animais a estados psicológicos estressantes, como afastando-se os filhotes recém-nascidos de sua mãe, por exemplo. Cursos de psicologia usam animais para capacitar seus alunos. Para que isso a essa altura da história?

Experimentos armamentistas

Coelho tomando injeção por uma veterinária
Olga Yastremska/123RF

Os animais são submetidos a radiação de armas químicas e biológicas, assim como a descargas de armas tradicionais. São expostos, ainda, a gases e são baleados na cabeça para estudo da velocidade dos projéteis.

Pesquisas dentárias

Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcares e hábitos alimentares nocivos para, ao final, adquirirem cáries e terem gengivas descoladas e a arcada dentária removida.

Teste de colisão

Os animais são lançados contra paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são arrebentados e mortos nessa prática horrenda.

Dissecação ou Vivissecção

Animais são dissecados vivos nas universidades e em outros centros de estudo. Os cursos de medicina, medicina veterinária, biologia, química fazem isso corriqueiramente.

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Práticas médico-cirúrgicas

Milhões de animais são submetidos a cirurgias nas faculdades de medicina. Muitas delas absolutamente desnecessárias e realizadas por alunos inexperientes que impingem sofrimento atroz às cobaias. Comprovadamente tal prática é desnecessária para a aprendizagem dos futuros médicos e veterinários, que podem acompanhar procedimentos realmente necessários sob a intervenção direta de um professor sem qualquer risco ao paciente, seja ele humano ou não.

Fonte: http://evolucaosustentavel.blogspot.com/2010/06/testes-em-animais-tipos-de-testes.html

Listamos abaixo links em que poderão ser encontrados motivos e alternativas sobre testes em animais:

50 Consequências Fatais de Experimentos com Animais

“A pesquisa científica com animais é uma falácia”, diz o médico Ray Greek

Suíço prova que existem alternativas à experimentação animal

Ineficácia de testes em animais é denunciada em seminário na OAB/RJ

Nova tecnologia promete acabar com testes em animais

Impressões em 3D de miniaturas de órgãos podem finalmente anunciar o fim dos testes em animais

Podemos notar que algumas matérias têm quase dez anos e mesmo com esse tempo infelizmente não podemos presenciar na prática mudanças evolutivas a esse respeito em muitos setores. Vamos fazer escolhas éticas e incentivar empresas que não realizam testes em animais. No caso de dúvida, envie e-mail solicitando informações da empresa sobre esse assunto, questionando se a empresa realiza, terceiriza ou se fornecedores realizam essa prática. Não demora cinco minutos e podemos salvar vidas com essa atitude.

“Eu sou contra testes em animais, porque eles não funcionam. Eles não têm nenhum valor científico… E todo bom cientista sabe disso.”

– dr. Robert S. Mendelsohn, médico (citado no documentário “Lethal Medicine”, 1997).

“O laboratório de um vivissector é uma verdadeira câmara de terror. É um bordel da pseudociência. Testes em animais não são menos cruéis e vergonhosos do que os horrores cometidos em nome da fé na Idade das Trevas.”

– dr. W. Dodge, médico (“The Open Door”, jan. 1913, nº 6; citado em “1000 Doctors (and Many More) against Vivisection”, p. 157).

Sobre o autor

Luciana Pessutti

Oi, meu nome é Luciana Pessutti, sou vegana desde abril de 2011.

Desde criança não achava correto ter os “bichinhos” no meu prato, porém somente depois de adulta fui conhecer o veganismo e, desde então, divulgo por meio da internet informações dos bastidores da indústria de laticínios, ovos, mel e demais explorações

que acontecem com os animais, visando conscientizar para o fato de podermos ter uma vida ética e saudável sem precisar explorar ou matar animais.

Uma das minhas frases preferidas é:

“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles.”

– Philip Ochoa

Contato: lluzinha39@gmail.com
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