Convivendo

Uma lição de coragem, sem perder a vaidade

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Conheça a história da Graziela Kretschmer, que após a descoberta de um câncer criou uma página na rede social chamada ‘Lutando com Vaidade’, que fala de vaidade e de como lutar com força contra o câncer.

Eu sem Fronteiras: Me conte um pouco de você, quem é, o que gosta de fazer, onde mora, com que vive, o que faz?

Grazieli Kretschmer: Moro em Joinville, SC, com minha filha Marina de 6 anos e meu marido Alfane, sou micropigmentadora e atuo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Adoro viajar, conhecer lugares novos, ter contato com pessoas e poder ajudar elas de alguma forma. 

ESF: Como foi receber o diagnóstico com câncer?

GK: Aos 25 anos fui diagnosticada com câncer de mama e não foi nada fácil, pois estava vivendo uma nova fase da minha vida que me exigia muito, mas depois percebi uma força enorme dentro de mim e fui à luta.

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ESF: Como nasceu a ideia de criar o blog ‘lutando com vaidade’? e por que você o criou?

GK: Quando completei um ano de tratamento decidi criar um blog pois muitas pessoas me chamavam para conversar no meu Facebook pessoal, e foi então que criei o blog para falarmos de autoestima, vaidade e como lutar com muita força.

ESF: O que compartilha na página?

GK: Eu tento sempre compartilhar coisas boas e com isso muitas pessoas me escrevem mensagens de força, mas também muitos me perguntam como lidar com o tratamento, como lidar com um familiar que está doente e assim vai, ali trocamos experiência incorporada e também força e fé.
E isso tem me ajudado muito a enfrentar o câncer, pois não é nada fácil, mas tento enfrentar sempre com muita vontade de viver.

ESF:  Qual foi o momento mais difícil até agora?

GK: O pior momento para mim foi escutar os médicos dizerem que nenhum tratamento que eu fizesse iria me curar e sim me dar qualidade de vida por um tempo. Mas isso também me deu mais força, inspiração para ajudar outras pessoas, pois eu tenho uma filha linda que precisa me ver bem e eu me fortaleço ao vê-la sorrindo, ela é a minha força, minha filha é tudo para mim.

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ESF: O que mais te inspira?

GK: Com certeza sem o apoio e o amor da família e amigos tudo seria mais difícil, talvez impossível. Eu penso que se eu tivesse chance de mais tempo eu queria ver minha filha crescer, aproveitar mais a minha família, as pequenas coisas, pois eu tenho fé que Deus faz milagres e que a minha fé me sustentou até aqui e que é muito importante no tratamento.

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ESF: Fique à vontade para escrever algo.

GK: Só paramos para ver as pequenas coisas quando elas já são quase impossíveis para nós, então o câncer me ensinou a viver sim, viver o hoje, as pequenas coisas, o amor, por isso não culpo  e nem me pergunto “Por que eu?” e sim “Obrigado meu Deus por não me abandonar em nenhum momento”. Eu vivo sempre assim, agradecendo e vivendo cada dia como se fosse o último, pois sei que eu tenho câncer mas ele não me tem.


  • Entrevista concedida a Angélica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras.

Imagens: Reprodução Facebook

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